sábado, 11 de maio de 2013

Dia das Mães (In Memorian) 




Sempre vou me lembrar dos seus olhos verdes,

Que me infundiam esperança pra caminhada.

Como esquecer os passeios ao locais floridos de que você tanto gostava?

Nunca o sol se punha no Ocidente sem que eu a tivesse beijado, lembra?

Você foi minha maior incentivadora nos estudos.

E sempre me encorajava quando eu cogitava desistir.

Por isso dediquei todos os meus diplomas, merecidamente, a você.

Ainda me sinto tocado por sua desmedida ternura e seu amor pelo belo.

Herdei de você o gosto pelas artes, especialmente a música e a poesia.

Longeva e lúcida você, aos noventa, ainda recitava de cor longos poemas,

Proeza que jamais chegarei a igualar.

Sabe? Sinto orgulho da mulher que você foi; obrigado, querida!

Você me ensinou o que nenhum dicionarista poderá jamais explicar:

O definitivo significado da palavra “mãe”.

Lembro das suas vigílias esperando minha chegada;

E de quando você me surpreendia com a comida de que eu tanto gostava.

Com sua partida, os céus se enriqueceram mas minha existência empobreceu.

Consola-me sabê-la aos pés Daquele por quem você viveu;

E consola-me ainda mais a inabalável certeza de que um dia estaremos juntos novamente;

E relembraremos felizes as aventuras vividas neste mundo de Deus.

Até lá sentirei a inescapável batida da solidão na porta da minha saudade:

Saudades de você, querida mamãe!