O artigo que nos propusemos a escrever visa falar sobre o sentimento que tem atingido muito as criança e adolescentes, assim como, aos adultos-criança-adolescentes, a partir da boneca Barbie e o mal que esta foi e tem sido até os dias atuais para muitos ao que concerne a síndrome do consumo.
O brinquedo,
boneca, foi o primeiro inventado e usado em rituais de magia negra. O boneco
era espetado com uma agulha para que o desafeto fosse atingido com dores. Há uma
magia econômica que conduz as faixas de idade acima mencionadas ao sentimento
incontrolável de consumo. Há um “feitiço” no marketing que determina o
comportamento de muitos. A pessoa enfeitiçada deixa de ter pensamentos próprios.
Ela pensa na boneca que “dá as ordens” e faz tudo para obedecê-la.
A Barbie é uma
boneca sempre incompleta, invadida por um sentimento de profunda tristeza. Sendo
esta a estratégia do modelo econômico, fazer com que as pessoas se sintam
insatisfeitas com o que tem e assim, crie uma ávida ansiedade para adquirir,
desconsiderando aquilo que um dia trouxe alegria e continua ainda ali.
A menina está
sempre pedindo, pedindo, quer porque quer. Sem limites! “Por favor, compra mamãe”. “Compra
papai!” Quando a falta de limites é atendida, percebe que os pais ficaram enfeitiçados, muitos se enrolando em dívidas,
porque a Barbie é muito poderosa. Ela enfeitiça o olhar das crianças e hipnotiza
os pais com as repetições: “compra, compra,
compra, compra”. Condicionados pelos pedidos ininterruptos a mãe ou o pai
cede à estratégia que o capitalismo produz: A imperativa vontade de ter e “fazer
a diferença” através daquilo que possui.
Começa então
aquelas humilhações de uma criança para outra: “Eu tenho você não tem”.
As roupas da
Barbie, a banheira, o secador de cabelo, o make-up da Barbie, o guarda-roupa, o jogo de sala de estar, a cozinha, a cama,
dois maridos um moreno e um loiro que podem ser alternados, etc. A Boneca da
insatisfação. Possuidora de profundos conflitos de desejos, sempre à busca do
constante objeto de prazer, sem saber na verdade qual é, a Barbie experimenta
total incompletude em sua existência com tantas coisas conquistadas.
Barbie é um produto
de um capitalismo que consegue de maneira muito habilidosa alcançar o seu
objetivo: Uma boneca que dá ordem aos pais. Caso contrário eles “sentirão as
agulhadas” da magia.
Será que o
modelo capitalista teria a coragem de criar para a Barbie um cemitério
particular, onde ela pudesse ser enterrada com todos os seus pertences, declarando
que tudo que ela conquistou nunca lhe trouxe satisfação permanente? A menina pensa
os “pensamentos” da Barbie. Não me sento feliz. Só serei se eu tiver. O único
jeito é comprar. Pai, mãe compra, compra,
compra, compra, compra. Essa história tem se repetido porque os pais não
estabelecem limites não percebendo que eles são alvos de manipulação de um
capitalismo impiedoso, ainda que não seja com a Barbie, todavia, ela é a grande
referência.