segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BARBIE



O artigo que nos propusemos a escrever visa falar sobre o sentimento que tem atingido muito as criança e adolescentes, assim como, aos adultos-criança-adolescentes, a partir da boneca Barbie e o mal que esta foi e tem sido até os dias atuais para muitos ao que concerne a síndrome do consumo.
O brinquedo, boneca, foi o primeiro inventado e usado em rituais de magia negra. O boneco era espetado com uma agulha para que o desafeto fosse atingido com dores. Há uma magia econômica que conduz as faixas de idade acima mencionadas ao sentimento incontrolável de consumo. Há um “feitiço” no marketing que determina o comportamento de muitos. A pessoa enfeitiçada deixa de ter pensamentos próprios. Ela pensa na boneca que “dá as ordens” e faz tudo para obedecê-la.
A Barbie é uma boneca sempre incompleta, invadida por um sentimento de profunda tristeza. Sendo esta a estratégia do modelo econômico, fazer com que as pessoas se sintam insatisfeitas com o que tem e assim, crie uma ávida ansiedade para adquirir, desconsiderando aquilo que um dia trouxe alegria e continua ainda ali.  
A menina está sempre pedindo, pedindo, quer porque quer. Sem limites! “Por favor, compra mamãe”. “Compra papai!” Quando a falta de limites é atendida, percebe que os pais ficaram  enfeitiçados, muitos se enrolando em dívidas, porque a Barbie é muito poderosa. Ela enfeitiça o olhar das crianças e hipnotiza os pais com as repetições: “compra, compra, compra, compra”. Condicionados pelos pedidos ininterruptos a mãe ou o pai cede à estratégia que o capitalismo produz: A imperativa vontade de ter e “fazer a diferença” através daquilo que possui.
Começa então aquelas humilhações de uma criança para outra: “Eu tenho você não tem”.
As roupas da Barbie, a banheira, o secador de cabelo, o make-up da Barbie, o guarda-roupa,  o jogo de sala de estar, a cozinha, a cama, dois maridos um moreno e um loiro que podem ser alternados, etc. A Boneca da insatisfação. Possuidora de profundos conflitos de desejos, sempre à busca do constante objeto de prazer, sem saber na verdade qual é, a Barbie experimenta total incompletude em sua existência com tantas coisas conquistadas.  
Barbie é um produto de um capitalismo que consegue de maneira muito habilidosa alcançar o seu objetivo: Uma boneca que dá ordem aos pais. Caso contrário eles “sentirão as agulhadas” da magia.
Será que o modelo capitalista teria a coragem de criar para a Barbie um cemitério particular, onde ela pudesse ser enterrada com todos os seus pertences, declarando que tudo que ela conquistou nunca lhe trouxe satisfação permanente? A menina pensa os “pensamentos” da Barbie. Não me sento feliz. Só serei se eu tiver. O único jeito é comprar. Pai, mãe compra, compra, compra, compra, compra. Essa história tem se repetido porque os pais não estabelecem limites não percebendo que eles são alvos de manipulação de um capitalismo impiedoso, ainda que não seja com a Barbie, todavia, ela é a grande referência.