terça-feira, 17 de julho de 2012

A Religião em Karl Marx e Nietzsche



     Nesta matéria, enaltecemos os pensamentos de Marx quanto ao de Nietzsche no que concerne a RELIGIÃO. Cremos que esta é "o ópio do povo" assim como também cremos que o "Deus" da religião está morto e sepultado em muitos templos.

Karl Marx nasceu em 5 de maio de 1818 e falece em 1883. Para Marx, a religião é uma consciência errônea do mundo. Ela age como sedativo: “a religião é o ópio do povo”. A religião hipnotiza os homens com falsa superação da miséria e assim destrói sua força de revolta. Ela faz a conservação no campo econômico favorecendo a classe dominante que com suas pregações oferecem saída às dores desse mundo violentando os bolsos dos fies.  O religioso suspira por uma felicidade ilusória presente para esquecer sua desgraça presente.

Vejamos alguns conceitos:

Superestrutura – “conjunto das construções situadas acima de qualquer coisa. A superestrutura justifica a infraestrutura”. Esta é a maneira   de dominação religiosa.
Infraestrutura – “parte inferior, geralmente invisível de qualquer construção ou estrutura. Aquilo que garante a existência de determinado grupo, instituição, base”.
    
Marx afirma que a religião é apenas o reflexo fantástico, na cabeça dos homens. Segundo Marx,  o Deus da religião nada mais é que uma consolação interesseira. A classe dominante oferece o consolo e os dominados, iludidos, enganados que se encontram na categorias dos fiéis drogados, consequentemente anestesiados não percebem a função da ideologia religiosa.
                                                                                     
Friederich Nietzsche e a Religião
    
    Nietzsche, nascido em 15 de outubro de 1844, viveu por algum tempo de sua vida numa lar luterano. Desejou, assim, como Feuerbach ser pastor luterano. Durante anos de estudo se apaixonou pelo helenismo. Estudou filologia clássica. Foi também teólogo e filósofo. Teve contato com as obras de Schopenhauer, decidindo pelo ateísmo, separando-se de todos os ensinamentos teológicos e bíblicos recebidos. Morreu em 25 de agosto de 1900 com pneumonia.

O homem
    
       Para Nietzsche, o homem é um ser de enfermidades porque se desviou de seus instintos para se submeter às imposições arbitrárias impostas pela moral religiosa. As regras da  religião faz do homem uma patologia ambulante devido as repressões a ele impostas.
    A crítica que Nietzsche faz da religião é um vínculo de sua concepção de vida e de religião. A vida para Nietzsche é um valor supremo. Mas a religião é destruidora da vida. Ele afirma que “foi da inquietação humana e das necessidades que a religião surgiu. Foi através dos erros da razão que a religião se insinuou na existência”.


Deus está morto
    

       Para Nietszche, a religião é a destruição de tudo quanto há de nobre, de alegre, na vida humana. Por isso é inimiga mortal da humanidade, numa profunda corrupção do homem. Afirma também que a religião é um crime contra a humanidade do homem, transformando-o em covarde e escravo. Sendo assim, a morte do “Deus” da religião significará a liberdade do homem. A morte desse “Deus” religioso é a única condição de manter o homem emancipado.
      A morte do “Deus” da massa religiosa é o fim da moral que enfermiça o homem, sendo o “Deus” da religião apenas um conceito que nada corresponde. Deve-se então destruir os antigos valores para que nasça um novo. A deficiência principal dos antigos valores está em sua metafísica em sobrepor o sentido e à realidade da vida. A aceitação de novos valores devem se voltar para a vida permitindo ao homem ser homem significando a sua existência com o “Deus” morto. Não existindo Deus, os instintos da vida podem desenvolver-se porque nada os reprime. A felicidade do homem está em seguir seus próprios instintos. O importante agora é uma nova ética para a libertação definitiva do homem e da sua alienação religiosa.

A moral

No seu livro A genealogia da moral Nietszche faz várias afirmações contra a moral racionalista as quais se destaca que esta se ergueu com finalidade repressora, impedindo o exercício da verdade. A moral racionalista continua ele, transformou tudo o que é natural e espontâneo nos seres humanos em vício, falta, culpa e impôs a eles, com os nomes de virtude, tudo o que oprime a natureza humana. Nietszche afirma que a moral racionalista foi inventada pelos fracos para controlar e dominar os fortes, cujos desejos, paixões e vontade afirmam e dá sentido à vida. E que a moral dos fracos é produto do ressentimento, que odeia e tem a vida, envenenada com a culpa e o pecado. No seu desabafo, Nietszche, veemente imperativa seu pensamento declarando que a sociedade governada por fracos hipócritas, impõe aos fortes modelos éticos que os enfraquecem e os tornem prisioneiros dóceis da hipocrisia da moral vigente. Ele então classifica essa moral dos fracos que teme o corpo, o desejo e as paixões de moral dos escravos, pois tal moral renuncia à verdadeira liberdade ética. Entre algumas, ele classifica a moral de posicionamento religioso judaico-cristã,  como a dos débeis e enfermos.