terça-feira, 27 de dezembro de 2011

INTESTINOS




 O tema a ser tratado aqui sofreu uma atulização da mantéria anterior: PRISÃO DE VENTRE.

Antes mesmos de fazermos as considerações sobre a prisão de ventre que ocorre no intestino grosso, vejamos algo, que julgamos importante saber sobre o intestino delgado.

No intestino delgado ocorre a conclusiva digestão dos alimentos através de divisão destes e sua assimilação. Interessante é a semelhança que há entre o intestino delgado e o cérebro. Ambos têm tarefas idênticas. O cérebro “digere” os componentes no imaginário, enquanto o intestino delgado digere os componentes materiais. Distúrbio neste intestino é um alerta por estarmos sendo demasiadamente analíticos. Por trás dessa ênfase analítica das coisas e as críticas excessivas há um tema existencial: o medo de não aproveitar bem o alimento e continuar com fome.

Há também os casos das diarréias também associadas ao intestino delgado. Na diarréia está simbolicamente presente o medo. Quando se tem medo não se tem tempo para mais nada, mas somente para deixar  o quadro diarréico seja expelido. Vai-se para um lugar solitário afim de deixar os acontecimentos seguir o seu fluxo. Ao fazer isso, perde-se líquido. Este simboliza a flexibilidade necessária para transpor barreiras que infundiu o medo. O medo está associado à limitação e ao apego. Na análise se pontua, intervém, junto ao analisando, de maneira que ele encontre a resposta, afim de que ele se desapegue e se torne flexível deixando as coisas acontecerem. Embora, não podemos ignorar a noradrenalina ou norepinefrina neurotransmissor que provoca um relaxamento nos órgãos abdominais, neste caso, o intestino delgado, com a famosa frase :”fulano se cagou de medo”. Mas a base está no emocional.

INTESTINO GROSSO

No intestino grosso a digestão propriamente dita é encerrada. É nele que é retirada a água dos alimentos não digeridos. O distúrbio mais freqüente no intestino grosso é a prisão de ventre.
O intestino grosso que muitas das vezes chamado de cólon (não sendo a mesma coisa, logo, errado achar que o intestino grosso é sinônimo de cólon),  vem a ser a ilação do tubo digestivo. O cólon por sua vez é a maior parte do intestino grosso. No intestino grosso se encerra a digestão propriamente dita. O distúrbio que mais ocorre nessa área é a prisão de ventre. Desde Freud, a psicanálise interpreta a defecação como um ato de doação e generosidade. O fato de os excrementos terem relação simbólica com dinheiro logo se torna evidente quando pensamos na expressão “ele caga dinheiro” ou o conto de fadas que o asno defeca moedas de ouro. Estas simbologias entre fezes e dinheiro, entre o ato de defecar e dar algo, fazem com que se entenda a correlação que há entre elas. A prisão de ventre é uma doença muito comum, ou seja, é um sintoma que aflige a maioria das mulheres. Ele evidencia um apego excessivo às coisas materiais e à incapacidade de conseguir desapegar-se desse tipo de diálogo com a vida.



Nesse caso as vítimas da prisão de ventre têm dificuldades de deixar o que é seu. O tratamento analítico é categoricamente aconselhável, desde que o paciente faça conjuntamente o tratamento para curar a prisão de ventre, para que de maneira análoga os conteúdos inconscientes se evidenciem. Por que da prisão de ventre? Numa leitura psicanalítica há uma resistência em não se querer tornar visível o conteúdo inconsciente. A prisão de ventre deixa claro a dificuldade que se tem para dar e receber.



Acima afirmamos que as mulheres são as maiores vítimas da prisão de ventre. Todavia, há muitas explicações porque dessa relação conflituosa com a evacuação dificultosa em manifestar-se.
No período pré-menstrual uma grande números de mulheres apresentam uma súbita avidez por carboidratos, podendo nesse período haver uma elevação do peso, podendo resultar numa disbiose. Mal funcionamento intestinal.


Há correntes históricas que relacionam a prisão de ventre na mulher como uma questão de asseio. Ser mulher limpa, em muitas sociedades era uma exigência, afim de que se evitasse ser considerada imunda. Foi até mesmo criada a idéia se a mulher  não fosse asseada teria morte puerperal.


Numa lenda européia o homem poderia escolher a mulher que comia queijo sem casca para ser sua esposa. Diz a lenda que os queijos eram colocados diante de três mulheres. As que comessem com casca seriam descartadas, pois seriam consideradas sem asseio.




Elas são beliscadeiras, são mais “olho grande” consomem muito carboidratos, podendo assim, desequilibrar a flora intestinal resultando a prisão de ventre, disbiose, sendo este um desequilíbrio grave na flora intestinal. Por que grave? A retenção de fezes no cólon facilita a passagem de bactérias ao intestino. Também o uso da pílula anovulatória provoca a  permeabilidade intestinal e a diminuição da vitamina B6, responsável também na formação de serotonina,  que mediante a tal situação, a mulher sentirá muito desejo de ingerir carboidratos devido a presença de um quadro depressivo, sem que perceba a razão de comer carboidratos.

A falta de alegria resultante de quadro depressivo pode ser conseqüência da disbiose. Os microorganismo podem diminuir a formação do neurotransmissor serotonina, sendo responsável por essa baixa os radicais livres (resíduos de combustão).. Está comprovado que a serotonina não tem sua sede de fabricação somente no cérebro. O intestino é quase que absoluto na formação desse neurotransmissor. Afirmam que 90% da serotonina é formada nele, tendo um importante papel na motilidade intestinal, que em excesso pode resultar em diarréia.

Fica evidente o ciclo existente na mulher que sofre de prisão de ventre, ao verificarmos a relação com a depressão, o aumento de peso e a disbiose. Logo, devem elas procurar um bom analista e um bom médico clínico, conjuntamente, para evitar que haja mais sofrimento no período do climatério.