O tema visa compartilhar com você, visitador deste BLOG, algo que eu já experimentei, como alguém que mostra a verdade, mas que um grupo pequeno que me ouve não gostaria de ter-me ouvido. Todavia, de maneira compreensiva, sempre entendi que eles são vítimas de um vício, de uma cachaça, que após a tontura, desequilibra aceitando qualquer direção pois acostumaram a viver debaixo dessa droga não proibitiva. Entretanto, aconselho de imediato ao ler este artigo conhecer a matéria seguinte: ÚTERO: LUGAR DE JUSTIÇA OU INJUSTIÇA? Assim fazendo você, meu querido leitor, compreenderá melhor o que foi escrito aqui.
O que eu quero compartilhar com você é mais uma análise sobre a GRAÇA MARAVILHOSA DESSE DEUS que qualquer adjetivo de exaltação estaria fora da realidade, de quem Ele é realmente, porque não conseguiríamos atingir de maneira profunda os seus atributos morais. Logo, somente através do antropopatismo tentamos adjetivá-Lo, por colocarmos nEle sentimentos de natureza nobre, porém humanos, logo limitados.
Entretanto, gostaria fazer uma abordagem teológica -interpretativa sobre um assunto que talvez venha se tornar um objeto de inúmeras discussões, sobre o Deus da Bíblia e a malignidade de um homem chamado Manassés. Espero então, que o que será exposto possa alcançar o seu entendimento conduzindo-o a experimentar a verdade inspirada, que muitas das vezes não faz sucesso. Essa, ou seja, a verdade, não ocorre porque a mentira é mais fácil de ser aceita. E aí o que fazer? Com o que ficar? Vejamos:
Tinha Manassés [eleito de DEUS] doze anos de idade, quando começou a reinar, e cinquenta e cinco anos reinou em Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme às abominações dos gentios que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos de Israel. Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha derrubado e levantou altares aos Baalins, e fez bosques, e prostou-se diante de todo exército dos céus e os serviu. E edificou altares na casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha falado: Em Jerusalém estará o meu nome eternamente. Edificou altares a todo o exército dos céus, em ambos os átrios da casa do SENHOR.
Lançou seus filhos ao fogo (razão da imagem acima) no vale de Hinom e usou de adivinhações e de agouros e de feitçarias e consultou adivinhos e encantadores e fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR, para provocar à ira (...) E falou o SENHOR a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos. Assim o SENHOR trouxe sobre eles os capitães do exército da Assíria, os quais prenderam a Manassés com ganchos nas narinas e, amarrando-o com cadeias, o levaram à Babilônia. Ele, angustiado, orou ao SENHOR seu Deus e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais E fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino (2 Crônicas 33.1-6,10;11-13).
De quem Manassés era filho? Do Rei Ezequias. Como foi Ezequias diante do SENHOR? Vejamos um diminuto comentário sobre esse Rei:
Depois do reinado de Roboão vários reis governaram o povo Judeu, até então chegar ao Rei
Ezequias filho de Acaz, ele começou reinar após os 25 anos e reinou durante 29 anos sobre Judá, cuja capital era Jerusalém. A escritura registra em I Reis 12 versículo 5 que, antes dele, não houve um rei com tantos feitos e com tanta confiança no Senhor Deus como ele e nem depois em todo o reinado de Judá, tudo o que ele fazia agradava os olhos de Deus. O grande fato que está registrado no reinado dele foi as pelejas contra Senaqueribe o rei da Assíria que subiu contra as cidades fortificadas de Judá e as tomou. E grande vitória Judá teve sobre a Assíria mesmo sem pelejar, pois o Senhor Deus enviou o seu anjo ao arraial dos Assírios e naquela noite morreram 185 mil homens.
Percebemos que o Rei Ezequias era um homem que foi um exemplo para o seu filho Manassés, entretanto, este, enveredou-se por caminhos antagônicos, sem dar ouvido às recomendações de Deus. O que levaria um filho ser tão antagônico ao conviver com seu pai durante o reinado e ver a sua submissão dele a Deus e ele (o filho) enveredar por sendas tortuosas da maldade e da malignidade? Como teria sido os primeiros seis anos de idade do menino Manassés? "A criança é o pai do adulto". Para nós, freudianos esse período etário é muito determinante na vida adulta. Contudo, não é o nosso interesse traçar o perfil que conduziu Manassés a determinadas pulsões, pois ele nunca deixaria de ser responsável pelos seus atos.
MANASSÉS HOMEM DIABÓLICO
Manassés foi talvez o homem mais diabólico em toda a Bíblia. Ter a coragem de lançar os seus filhos ao fogo em sacrifícios a outros deuses é algo extremamente inaceitável e de muita crueldade num ritual de "magia negra," categoricamente hediondo. Observe que destaquei o pronome de posse em azul seu DEUS, para evidenciar que ele era do SENHOR, contudo encontrava-se completamante ausente do convívio com o ELE. Algumas perguntas poderiam surgir, como exemplo: Pode alguém ser um eleito de Deus e cometer tamanhas crueldades? Sim. Sem dúvida alguma! Quer ter certeza disso leia Atos 8.1-3 e a seguir Gálatas 1.15 e responda quem era esse homem que se encontra nos dois exemplos bíblicos citados.
Vale ressaltar aqui, para não esquecermos, que Manassés encontra-se em Mateus 1.10 fazendo parte da genealogia de Jesus.
Gostaria de reportar-me ao um fato ocorrido alguns atrás com um ator de novela Guilherme de Pádua, juntamente com sua ex-mulher Paula Tomaz em matéria publicada, onde lemos:
Condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato da atriz Daniella Perez, filha da novelista Glória Perez, em 1992, Guilherme de Pádua tenta mostrar que se tornou um novo homem. Com a fala mansa, cabelos milimetricamente penteados e expressão tranquila, o ex-ator parece querer fugir o quanto pode da imagem do homem que, apaixonado pela colega de elenco na novela “De Corpo e Alma”, a assassinou a golpes de chave de fenda, junto com a ex-esposa Paula Thomaz.
Após ter cumprido apenas um terço da pena, Guilherme diz estar “libertado” há 10 anos e tornou-se obreiro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, onde congrega desde 2001. “Fiz bobagens, mas sou inofensivo. Andei fora do caminho de Deus, mas na nossa igreja não existe pecadinho e pecadão. Todos estão perdoados, não a partir do momento do batismo, mas perdoados por Deus”.
A religião acabou se tornando a única alternativa para o ex-ator, que lembra que, em meio aos julgamentos da sociedade, com xingamentos e até fezes atiradas contra ele, sempre haviam dois ou três crentes com a Bíblia, pregando a paz. “Eu os achava uns malucos, mas quem mais me tratava como gente?”, questiona.
Seus conhecimentos na área de informática o levaram à Gerência de Tecnologia da Igreja Batista e hoje ele é um dos responsáveis pelo portal lagoinha.com. Sobre a época em que estava na cadeia, Guilherme conta que pegou sarna, micose, dividiu a cela com um tuberculoso e sofreu com dores de dentes sem nenhuma chance de ser atendido por um dentista. A possibilidade de suicidar-se também passou pela cabeça do ex-ator. “Olhei para uma torneira alta na cela e me passou pela cabeça amarrar a calça ali e me enforcar. Mas aí pensei nos meus pais, já tinha dado desgosto suficiente”.
Há três anos, Guilherme se casou com a produtora de moda Paula Maia, sua colega de culto. Para ele, a experiência de um novo casamento foi transformadora. “Amei pela primeira vez”, destaca, lembrando que não basta amar a própria mulher, “é preciso não cobiçar as outras. Eu me doutrino”.
Observemos que tanto no caso de Manassés e de Guilherme há uma violenta crueldade. Seriam esses homens eleitos do Senhor? Parece que sim! O Espírito do Senhor os conduziu ao arrependimento.
CAINDO EM SI.
" E caindo em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abudância de pão, eu aqui pereço de fome" (...) viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou ( Lucas 15.17, 20).
Quando se cai em si é porque se está fora de si! Logo, tanto o filho pródigo narrado por Jesus em sua parábola, envolvido com prostitutas (Luc. 15.30) e depois dentro de um chiqueiro, tendo em sua companhia a "amizade" dos porcos, Guilherme de Pádua com frieza e calculista comete o homicído, Manassés com todos seus envolvimentos macabros, todos os mencionados aqui, sofreram consequências pelos atos praticados, todavia, eles já eram eleitos de Deus. Sendo assim, torna-se inaceitável por muitos que tais pessoas sejam agraciadas por Deus. Ao ler sobre o filho pródigo, Manassés, a frieza de Davi em adulterar com a mulher de seu fiel companheiro o General Urias e ainda mandar matá-lo, sendo Davi considerado homem segundo coração de Deus, podemos ter certeza de que Deus nunca é pego de surpresa. Ele sabe o que seus eleitos podem fazer e o que iriam fazer, nos exemplos já mencionados. Entretanto, sofreriam as duras consequências pelos atos praticados. Contudo, Deus nunca deixa de ser Deus deles e pai por terem sido escolhidos antes da fundação do mundo. " Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo..." (Efésios 1.4).
Muitos então, mesmo lendo o texto bíblico não aceitam o que está escrito, porque ELES PREFEREM FICAR COM ELES, COM SUAS JUSTIÇAS, MAS NÃO FICAM COM A BÍBLIA, A PALAVRA DE DEUS. Deus torna-se um SER não aceitável com a sua atitude de misericórdia. Por isso que os feitos dos homens sendo bons ou maus, não garantem o céu, mas somente o arrependimento (só se arrependem os eleitos) e a fé, (esta também dada somente aos eleitos) ambos vindo de Deus, única maneira de serem introduzidos no Reino dos céus.
Talvez você esteja fazendo uma pergunta neste momento: A fé e o arrependimeto partem de Deus? Sim. A fé e o arrependimento são dons de Deus. Vejamos:
Fé - "Pela graça sois salvos por meio da fé e isto [a fé] não vem de vós é dom de Deus" Ef. 2.8
Arrependimento - " E, ouvindo esta coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida." Atos 11.18
FICOU COMPREENSÍVEL? É SOMENTE LER COM ATENÇÃO!
OS QUE NÃO ACEITAM QUE UM EX CRIMINOSO, UMA PROSTITUTA COMO RAABE, UMA BENÇÃO NAS MÃOS DE DEUS, CUJO ADJETIVO MERETRIZ FOI MANTIDO PELO ESCRITOR AOS HEBREUS 11.31, UM EX TRAFICANTE, UM EX LADRÃO E ETC, MUITOS ACHAM QUE NÃO DEVEM SER ACEITÁVEIS POR TEREM PRATICADO ATOS HEDIONDOS. AÍ QUE ESTÁ O PROBLEMA DO INFERNO, POIS É PARA LÁ QUE OS QUE TENTAM JUSTIFICAR-SE PELOS ATOS MERITÓRIOS E POR DIZEREM NÃO TER PRATICADO NENHUM DESVIO ÉTICO, E NÃO TEREM COMETIDO NENHUM ILÍCITO, ESSES SIM, SEGUNDO A BÍBLIA IRÃO, PARA O SOFRIMENTO ETERNO POR SE ACHAREM MERECEDORES, PORQUE ISSO NÃO É EVANGELHO É RELIGIÃO! A RELIGIÃO ESTÁ FUNDAMENTADA EM: PODE E NÃO PODE, OU SEJA, EM OBRAS.
Vamos analisar dois versos para melhorar a sua compreensão e entender a diferença entre religião e evangelho em João 6.28,29:
" Disseram-lhe pois [a Jesus]: que FAREMOS para executarmos AS OBRAS de Deus? v.28 Jesus respondeu e disse-lhes: A OBRA é esta: que CREIAIS naquele que ele enviou. v.29
Vamos observar com cuidado os versos acima e os destaques em vermelho:
Observe que um grupo chega diante de Jesus perguntando sobre o que fazer, razão do vermelho em destaque. Outro destaque é o substantivo obras (plural). Ok? Vamos lá! A resposta de Jesus é o substantivo obra em destaque no singular. Em vez de fazer, Ele (Jesus) usa o verbo crer em destaque.
Concluindo:
O verso 28 é religião. Por quê? Porque na religião se FAZ AS OBRAS. A religião é plural.
verso 29 é Evangelho. Por quê? Porque no Evangelho A OBRA É CRER. O Evangelho é singular.
Infelizmente muitas igrejas "evangélicas" têm vivido a essência da religião e não do evangelho. Jesus não é salvador do religioso (Lucas 18.11,12) mas daquele que é alcançado por sua graça (Lucas 23.39-43), isto é , pelo favor imerecido.
ONDE ENTÃO FICA AS OBRAS NO EVANGELHO?
"Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas" (Ef.2.10)
Mas uma vez peço a sua atenção ao verso acima. Perceba que foi Deus que preparou as boas obras antes que viéssemos à existência para que andássemos nelas. Por que será que Deus tomou a iniciativa de preparar até as boas obras?
Para tirar do homem qualquer mérito: " não vem de obras humanas para que ninguém se glorie" Ef. 2.9
Visto estas coisas voltemos e tenhamos em memória, a questão da natureza humana, aos referidos personagens bíblicos, como Manassés, Davi, Raabe, Jacó, o jovem pródigo da parábola entre muitos, cujos desvios deônticos não os fizeram excluídos de Deus mas eleitos amados.
O NOSSO SER APARENTE.
As mudanças repentinas às vezes nos assustam. Quando parece que as coisas estão correndo muito bem, há umas tomadas de decisões, que muitas das vezes, são de pessoas que apresentam um certo grau de desiquilíbrio mental. Todavia, a mudança do filho pródigo parece ter sido algo muito repentino, ao dizer: Pai quero minha parte da herança... quanto a essas mudanças repentinas o psiquiatra suiço Paul Tournier, faz o seguinte comentário:"complexos, fantasias secretas, tentações, sonhos vaidosos e inconfessáveis, todo um mundo de impulsos mais ou menos conscientes, muitas vezes sem forma definida, se desenvolvem em nós. Estes desafiam a censura de nossa vontade nós nos sentimos em confusão. É um outro eu, que vive em nós nos sentimos confusos. É um outro eu, que vive em nós , que não podemos apagar e que tememos que seja descoberto. Porque nós temos pensamentos horríveis, e parece que não suportaríamos a vergonha se eles fossem revelados. Ele [o marido] se descobre capaz de dizer à esposa, no auge de uma discussão, palavras maldosas de perfídia e mesmo grosseiras incríveis. Com é possível? Ele que é sempre tão fino, tão distinto, tão senhor de si. Jamais ele se conduziria assim como uma outra pessoa. E justamente porque a ama, a paixão furiosa pode tomar conta dele até tal ponto. Estranha inversão do amor! Ele fica aterrado, não somente com o seu comportamento, mas principalmente pelo fato de existir dentro de si coisas inaceitáveis. Nós temos pequenos caprichos e sonhos ingênuos, como crianças; e pequenas covardias que cobrimos sob uma capa de gracejos ou de respostas evasivas, porque não ousamos nos mostrar tais como somos. O que nos humilha não é somente o que descobrimos em nós mesmos, mas, mais ainda, a nossa impotência de fazer uma unificação, de apagar esta dualidade entre o nosso ser escondido e o nosso ser aparente".
