quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A DEPRESSÃO

UMA PESSOA TRISTE NÃO SIGINIFICA QUE ELA ESTEJA COM DEPRESSÃO, NO ENTANTO, UMA PESSOA "ALEGRE", NUM ESTADO EUFÓRICO, PODE ESTAR DEPRIMIDA!

A Depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, oa mor, o sexo e também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido. A pessoa deprimida não tem ânimo para os prazeres e para quase nada na vida, de pouco adiantam os conselhos para que passeie, para que encontre pessoas diferentes, para que freqüente grupos religiosos ou pratique atividade exóticas. No entanto, não são todos os quadros depressivos que causam "paralisia" no agir.


SENTIMENTOS DEPRESSIVOS


Os sentimentos depressivos vêm do interior da pessoa e não de fora dela e é por isso que as coisas do mundo, as quais normalmente são agradáveis para quem não está deprimido, parecem aborrecedoras e sem sentido para el. A Depressão é medicamente mais entendida como mal funcionamento cerebral do que uma má vontade psíquica ou uma cegueira mental para as coisas boas que a vida pode propocionar. O quadro da Depressão é o mais variável possível, de acordo com a personalidade da pessoa deprimida. Da mesma forma, como cada um de nós reage diferente aos sentimentos, cada um terá uma maneira pessoal de manifestar sua depressão. Há pessoas que ficam caladas diante das suas preocupações, outras choram, outras contam suas dificuldades para todo mundo, outras ficam eufóricas, outras sentem dor de estômago, algumas têm aumento da pressão arterial, enfim, cada uma reagirá diferentemente diante de suas emoções.


Podemos fazer uma comparação didática entre a depressão e a alergia. A alergia é um tipo de resposta de nosso organismo à alguma coisa capaz de irritá-lo. Embora várias pessoas possam ser alérgicas, cada qual manifestará sua alergia de maneira particular e reagirá a diferentes elementos; algumas terão rinite, outras asma, outras ainda urticária ou simples coceiras e assim por diante. O fenômeno em pauta é um só: a alergia. Entretanto, cada organismo tem sua própria maneira de manifestá-la.


Aquela velha mania das pessoas ficarem comparando entre si o que sentem não é suficiente para que se dê o diagnóstico de depressão. Para alguns ela se manifesta através da Síndrome do Pânico, por exemplo, sem tristeza, sem desânimo e sem choro, enquanto, para outros se apresenta sob a forma típica, com tristeza, choro e apatia. Outros ainda, podem apresentar sintomas físicos e assim por diante. A depressão típica se apresenta através de sintomas afetivos diretamente relacionados ao humor. Pode haver angústia, acompanhada ou não de ansiedade, tristeza, desânimo, apatia, desinteresse e irritabilidade. Não é obrigatória a presença de todos esses sintomas ao mesmo tempo.


Na esfera intelectual há uma certa preguiça do pensamento, tornando-o lento e trabalhoso. Há diminuição da memória, a qual pode falhar e confundir as coisas, dificuldade para resolver problemas antes considerados fáceis e tendência a pensamentos negativos ou pessimistas. Por causa desses pensamentos negativos surge insegurança e auto-estima diminuída. Fisicamente pode aparecer indisposição geral, apatia, sensação de peso ou pressão na cabeça e zonzeira . Não é raro uma queixa de "bolo na garganta", como uma coisa que não sobe nem desce. É comum também impotência sexual ou frigidez, devido ao desinteresse ou mesmo a falta de energia para o sexo. Todo o organismo é prejudicado, podendo haver até maior tendência à infecções viróticas ou bacterianas (herpes, gripes, resfriados, etc).


A depressão geralmente se instala, em conseqüência de uma sensação de perda. A sensação pode advir de um sentimento de decepção em relação aos outros ou a si mesmo. Os estados depressivos associam-se a um rebaixamento da auto-estima, com maior ou menor grau de perda ou abalo da imagem idealizada que se tenha de si mesmo.


A DEPRESSÃO E O DIÁLOGO COM A VIDA


Ela (a depressão) também surge como uma manifestação existencial diante dos desatinos da própria vida. Há três ocorrências a serem consideradas: melancolia, nostalgia e luto.
Na melancolia a pessoa sofre por aquilo que não viveu. Todavia, a nostalgia se dá contrário à melancolia. É a dor pelas recordações das situações vividas.

A nostalgia seria uma vivência em que o passado é trazido ao presente. No luto a depressão é considerada reativa, ou seja reage a determinadas situações ocasionais e esporádicas. Nesse sentido, quando se localiza o fator externo que possa estar determinando os aspectos básicos da depressão, se encontra também uma explicação considerada plausível. Se tomarmos duas pessoas que tenham sofrido perdas financeiras, teremos configurações e reações diferentes em cada uma delas. Uma poderá cair num quadro de profunda depressão e apresentar muita dificuldade não apenas para tentar se reerguer financeiramente como até mesmo para superar o quadro depressivo. A outra pessoa poderá, contrariamente, apresentar uma reação bastante determinada no sentido da superação desse desatino financeiro como até mesmo da própria superação de seu quadro depressivo.


Na depressão a falta de significado de cada empreendimento e de emoção, e a falta de significado da própria vida se tornam evidentes. O único sentimento que resta neste estado despido de amor é a insignificância. Freud, no início de seu texto, avisa-nos que não pretende dar uma compreensão sobre toda variedade dos tipos depressivos. Desde seu texto, muito foi investigado sobre depressão, na psicanálise e na psiquiatria. Mas as idéias de Freud são incrivelmente aplicáveis em inúmeros casos ainda hoje.

O tratamento psiquiátrico, por sua vez, enfoca aspectos bioquímicos da doença. Somos seres movidos pela energia que flui por nossas redes de neurônio.Só que nossos neurônios têm a particularidade de não serem cabos diretamente conectados uns nos outros. Entre um e outro, há um espaço chamado de sinapse. Mas como a energia de um neurônio passa para outro se há um espaço entre eles? Por um processo que transforma a energia que flui pelo neurônio em energia química. Serotonina, Dopamina, Noradrenalina são alguns neurotransmissores. O anti-depressivo que surgiu revolucionando foi o Prozac, atualmente é o Cymbalta ambos inibidores seletivos de recaptação de serotonina. Nossos organismos são programados para pegar a serotonina, soltar e levar para dentro do neurônio. Um inibidor seletivo de recaptação de serotonina lentifica este processo, de tal forma que sobra mais serotonina livre nas sinapses, o que faz com que a energia flua melhor entre os neurônios.
O Dr.Hélion Póvoa através de uma investigação científica acredita, que o impedimento da fabricação de serotonina, noradrenalina, dopamina e outros neurotransmissores são as deficiências nutricionais ele ainda declara ao afirmar que a infelicidade pode acontecer a partir de um problema gastrintestinal, porque na verdade, cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino. A serotonina é o neurotransmissor responsável pelo bom humor.
Para que tenhamos uma boa fabricação da serotonina é importante que se combata os radicais livres. Estes não combatido contribuem para o quadro depressivo.
Afirma o Dr. Hélion Póvoa que a descoberta dos radicais livres, que deu origem à utilização de antioxidantes para o tratamento da prevenção de doenças (...) hoje sabemos que a origem de praticamente todos os distúrbios está no fato que produzimos radicais livres.
Ora, se há um aumento de radicais livres no intestino, eles impedirão a boa fabricação de serotonina, que contribuirá para o quadro depressivo. Sendo assim, podemos afirmar como já afirmado que o intestino é o segundo cérebro.
Concluímos que o tratamento conjunto do médico que tem o conhecimento do exposto acima e o do psicanalista produzirão os melhores resultados.


O chocolate e a serotonina


Uma das grandes razões que fazem o chocolate ser tão consumido, é que ele, entre outras coisas aumenta a produção de serotonina, é uma substância do cérebro ligada à sensação de prazer e, com isso, alivia a depressão e ansiedade. Além de elevar os níveis de serotonina as calorias elevam os teores de endorfinas, o que explica a tal sensação de prazer citada por absolutamente todos os consumidores de chocolate

A serotonina eleva o humor. Outros tipos de doce, segundo as pessoas que devoram
chocolate, não oferecem o mesmo tipo de “alívio”. Podemos dizer que a baixa auto-estima está na raiz da maioria dos problemas emocionais que atinge os seres humanos, o caso dos comedores compulsivos de chocolate, não é diferente. As pessoas, sem exceção, precisam para ter prazer em viver, de se sentirem amadas, aceitas e valorizadas como elas são.


A grande maioria dos consumidores compulsivos de
chocoate, possuindo uma auto-estima saudável, se torna pessoas tímidas e inseguras ou por compensação agressivas, arrogantes e rebeldes. No íntimo, alguns acreditam que não merecem o amor de ninguém, porque não fazem nada direito e se negam o direito à felicidade e ao sucesso. Esses tipos de sentimento que nutrem com respeito a si próprios, podem fazê-los deprimir e os tornar muito ansiosos. Este quadro na prática, comumente tende a comprometer os relacionamentos com a família, a busca ou manutenção de um parceiro ou a auto-afirmação como profissionais. E é um comportamento comum a todos os compulsivos alimentares.

A DEPRESSÃO DISTÍMICA,

Muitas vezes o termo "distimia" substituiu outros como "Neurose Depressiva", "Depressão Neurótica", "Neurastenia", "Melancolia", "Transtorno Depressivo de Personalidade"...etc.
Qual é a fama da pessoa Distímica?
A pessoa com Distimia passa a vida sendo considerada pelos outros como sendo Down, melancólica, que vê tudo pelo lado negativo. Muitas vezes são pessoas que na adolescência eram melancólicas "profundas", ou griladas. As vezes são pessoas perfeccionistas e que não têm muita tolerância para as imperfeições dos outros. Além disso, em geral, a auto-estima de tais pessoas é baixa. Evitam festas, pois tem dificuldade para se confraternizarem. Graças ao seu comportamento, acabam recebendo estímulos negativos no trabalho, nas atividades sociais, nos namoros,e, por essas razões, a pessoa fecha-se ainda muito mais para a vida. Distimia atrai isolamento social, rejeição, falta de convites, etc. Afirma o médico psiquiatra Augusto Cury:
É difícil conviver com as pessoas com " depressão distímica", devido ao negativismo, insatisfação, baixíssima auto-estima e a enorme dificuldade que têm de elogiar as pessoas e os eventos que a circundam (...), é mais difícil tratá-los, devido à desesperança que esses pacientes carregam, à baixa colaboração no tratamento e à dificuldade que sempre tiveram de extrair o prazer dos pequenos detalhes da vida.

DEPRESSÃO CICLOTÍMICA

A “depressão ciclotímica” é um transtorno emocional flutuante. Alterna períodos ou fases de depressão com euforia. Cada fase pode durar dias ou semanas e pode haver intervalos entre eles sem crises. Na fase de depressão, os sintomas são semelhantes aos que já citei. Na fase eufórica, ocorrem sintomas opostos aos da fase depressiva, como: excesso de sociabilidade, de ânimo, de comunicação, de auto-estima. Nessa fase, as pessoas se sentem poderosas e tão excessivamente animadas e otimistas que compram tudo o que está à sua frente e fazem grandes projetos sem alicerces para materializá-los (Men`s Health).