sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

SÍNDROME DO PÂNICO

É errado afirmar que a Síndrome de Pânico é somente um distúrbio por mau funcionamento dos processo neuroquímicos do cérebro. A maneira como a pessoa dialoga com a vida, o que esta tem feito da sua existência contribuirá para o quadro da Síndrome de Pânico, chamada por Freud, Neurose de Angústia.A palavra "Pânico" vinda do grego tem o seu étimo significando "tudo". Quando uma pessoa vivencia este momento há uma somatização, digamos, quase que generalizada.

Vejamos alguns exemplos: há um aumento dos batimentos cardíacos. Há também uma mudança na distribuição do sangue pelo corpo. Na superfície cultânea o sangue se torna quase que ausente, ocorrendo da mesma forma com os pés e mãos. A falta de ar que ocorre, é em virtude, da velocidade como a respiração se mantém, encurtando-se, por isso, as tonturas, sensação de sufocamento. Acontece também da visão ficar afetada. Há um excesso de transpiração. Os músculos se enrijecem tranzendo dores musculares. Quanto ao aspecto digestivo há uma dimunição de saliva, consequentemente a boca fica seca. Há uma sensação de plenitude estomacal, gerando vontade de vomitar.

Os distúrbios na propriedade auto-reguladora do organismo que permite manter o estado de equilíbrio do indivíduo geram, com o passar do tempo, uma fragilidade, a qual se faz sentir nos momentos em que a pessoa se depara com sentimentos que exigem um esforço maior de adaptação. A partir da ocorrência da primeira crise o indivíduo entra num círculo vicioso no qual o medo de ter crise acelera a própria crise.

As crises não tratadas evoluem para uma série de fobias, ficando o indivíduo refém da sua liberdade, podendo enclausurá-lo em sua própria casa por muito tempo.O uso de medicação é utilizada para aliviar o sofrimento imposto pela síndrome do pânico, porém os fatores geradores deste quadro não são modificados. O especialista para o uso de psicofármaco responsável por este tipo de tratamento é o Psiquiatra, que geralmente utiliza uma associação de antidepressivos e ansiolíticos.

O psiquiatra Augusto Cury faz a seguinte declaração sobre a SP:

"A Síndrome do Pânico gera o teatro virtual da morte. Ela traz um enorme sofrimento, capaz de controlar completamente a vida de pessoas lúcidas e inteligentes. Entretanto, não é difícil resolver a síndrome do pânico, mesmo que tenha havido tratamentos psiquiátricos com insucesso. Já tratei de vários pacientes resistentes. O segredo está em enfrentar os focos de tensão, desafiar o medo e reeditá-lo e não apenas tomar antidepressivos."
No entanto, o acompanhamento por um psicanalista ou psicólogo é de grande importância, para que os fatores geradores desse quadro seja trabalhado e o sofrimento solucionado.