sábado, 12 de julho de 2008

MOEDAS DE OURO DEFECADAS POR UM ASNO




O assunto que nos propomos escrever tem por objetivo explicar o por que, quase, que geralmente a prisão de ventre está relacionada ao apego material. Temos ouvido pela sabedoria popular que alguém esta se "cagando de medo". Entretanto, não é o caso da prisão de ventre. Fica mais fácil visualizar na situação mencionada que há um problema relacionada a uma certa situação fóbica. O ventre aprisionado, como já mencionado, tem uma relação ao apego. À análise visa conduzir o analisando(a) ao desapego a uma flexibilidade, todavia, necessário que ele se perceba e sinta-se como presa na situação.
No intestino grosso (não o delgado) a digestão chega ao seu final. Nele a água encontrada é trazida dos alimentos que ainda não realizaram a digestão. A variável indesejada que ocorre frequentemente no intestino grosso é a prisão de ventre. A psicanálise tem a sua hermenêutica própria, relacionada a defecação, como sendo um ato de doação e generosidade. A relação simbólica existente que há entre as fezes e o dinheiro, encontramos no conto de fadas que o burro (asno) defeca moedas de ouro.
A prisão de ventre tem uma relação excessiva com quase todas as pessoas que sofrem desse drama, evidenciando que as tais são muito apegadas a bens materiais, independente, de serem bem financeiramente ou não. Neste caso, o conto de fadas, não se aplica a elas. Contudo, há uma consideração a ser feita quanto ao uso de determinados psicofármacos. Alguns cujo seu elemento químico é Clomipramina, antidepressivo tricíclico (possui três anéis de átomos), este pode causar como efeito colateral a prisão de ventre.
Thorwad Dethlefsen declara: "Se, no plano físico, o intestino grosso simboliza o inconsciente, o nosso 'lado sombrio', as fezes então correspondem aos conteúdos do inconsciente. Aqui podemos reconhecer com nitidez o outro significado da prisão de ventre: o medo de permitir que o conteúdo do inconsciente venha à luz do dia (...) A prisão de ventre nos mostra que temos dificuldades para dar e receber, que não queremos tornar visíveis nem as coisas materiais, nem os conteúdos do nosso inconsciente."
É de muita importância que os analisandos (as) que sofrem de prisão de ventre, procurem o especialista, a fim de que este venha colaborar com o tratamento psicanalítico a que estão submetidos.