tag:blogger.com,1999:blog-50571163682271562682024-03-12T20:00:36.104-03:00REFLEXÕES EPISTEMOLÓGICAS"Ideias importantes são primeiramente ridicularizadas,
depois atacadas e finalmente absorvidas" .
Schopenhauer.Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comBlogger88125tag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-82576271298718949082018-06-14T16:17:00.001-03:002018-06-14T16:50:36.695-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span>
<span style="font-family: "calibri"; font-size: large;"><b>O desejo como produção!</b></span><br />
<span style="font-family: "calibri";"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3VPoQD2ujDlhHfNcKjwgOek3iFKGEJFgMJv2iAiYksAlAhikjHKKyKVDEjxDxkadcf_1GlMpXBXX45PI3RzeUic3gAZ5aXQOG45rUygF_qKH0IO2G48h7YsyJFXPbELnBidK_QYZSSR22/s1600/deleuze.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="500" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3VPoQD2ujDlhHfNcKjwgOek3iFKGEJFgMJv2iAiYksAlAhikjHKKyKVDEjxDxkadcf_1GlMpXBXX45PI3RzeUic3gAZ5aXQOG45rUygF_qKH0IO2G48h7YsyJFXPbELnBidK_QYZSSR22/s320/deleuze.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">O desejo dos idealistas, assim como no mundo
psicanalítico cria realidades inalcançáveis e sem movimento no olhar
de Giles Deleuze.</span><br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
<br />
O filósofo Schopenhauer compara o desejo a um pêndulo que leva o ser
humano à dor e ao tédio. Desejar para ele é sofrer. A vontade é inconstante e
insaciável, desejando sempre algo diferente. Nada há que de maneira definida
preenche a falta! Não se encontra uma tranquilidade. O Desejo é carência ou
tédio! É através da supressão da Vontade , segundo Schopenhauer que o
homem encontrará a liberdade.<br />
<br />
Para o filósofo Friederich Nietzsche o pensamento
de Schopenhauer é uma abordagem niilista. É uma negação. O desejo é
algo abundante com exuberância. O desejo não é para ser negado, mas para ser
afirmado. Se o desejo é negado, nega-se a própria realidade dele e a sua
existência. Desejo para Nietzsche é <b>Vontade de Potência. </b><br />
É através da leitura de Nietzsche e Espinosa que Deleuze desenvolve uma
concepção do desejo diferente à filosofia idealista de Hegel, à filosofia de
Platão, se opondo à psicanálise tanto de Freud como a de Lacan. O desejo
em Deleuze é exaltado, é forte, é o dono de seu próprio nariz porque ele
produz, contrariando o pensamento que enquadra o desejo como falta.<br />
<br />
Segundo Deleuze e Guattari o desejo jamais foi a presença da falta e
sim produção. O desejo dito por Onfray em a <b>Potência de
existir</b> é visto não como carência “<i>mas excesso que ameaça
transbordar.</i>” Em Diálogos declarou Deleuze:<br />
<i>Desejo: quem, a não ser os padres, gostaria de chamar isso de “falta”?
Nietzsche o chamava de "<b><u>Vontade de potência</u></b>” </i><br />
Espinosa chamava o desejo de "<b><i>c<u>onatus"<a href="https://arazaoinadequada.wordpress.com/2013/07/27/espinosa-conatus/"> </a></u></i></b><i>força
constante de afirmação. S</i>ó há o real, feito de matéria e átomos,
construções moleculares em movimento, afirmou Deleuze. Sendo assim, desejo para
o filósofo é produção em constante movimento.<br />
<br />
Desejar alguém não é ser atraído por um objeto que esteja fora, no exterior com
a promessa de satisfação estática; é ser empurrado por dentro, é mover-se no
real. Mas como isso acontece? Não há como explicar como isso ocorre! Definir o
desejo é matá-lo, uma palavra e o desejo seria catarzeado. O desejo não
deseja ser interpretado. Desejo é para ser experimentado. O desejo revoluciona,
logo, o desejo é um revolucionário. Afirmam Deleuze e Guattari em
Anti-édipo “<i>O desejo é movimento</i> que <i>faz passar estranhos
fluxos que não se deixam armazenar numa ordem estabelecida</i>” O problema de
Deleuze com a psicanálise se estabelece quando ele afirma o desejo como algo
revolucionário por ser o humano máquina desejante, contrariando o olhar
psicanalítico sobre o desejo.<br />
<br />
<br />
O desejo desde muitos e muito tempos tem sido mal compreendido e moralmente
malvisto, por ser interpretado como uma falta incomodativa que aflige a
subjetividade humana, tendo, portanto que ser negado. Mas a compreensão que tem
o filósofo Giles Deleuze que a falta não é real, mas fabricada pelo
poder de dominação. As ideias de Platão, assim como o entendimento cristão de
céu ou paraíso, e o idealismo de Hegel, a psicanálise de Freud e Lacan são
negações ao desejo como produção, como construção. Tanto o Deleuze
quanto Guattari veem na metafísica algo perigoso. Talvez uma
das maiores referências, independente de Nietzsche, que influenciou a filosofia
de ambos foi o esquecido Aristipo, devido a sua posição contrária, pois vê
no desejo um hedonismo racional que procura o prazer e evita a dor. Não
podendo ser esquecido que na filosofia deleuziana o desejo não é
falta, mas produção.<br />
<br />
<br />
Desejo não é sinônimo de falta na filosofia contemporânea de Giles Deleuze!<br />
<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-44035906237133948102018-05-27T16:28:00.002-03:002018-05-28T10:23:17.038-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRv9VNc6_V2gqj7cl5Hxsf4ntF1DXJsDubOigXFHL2lW8hbYcpHCLjCt2NPDqGtoOo02Vr_USShn-863eYDPLVJz91h4NrzX6p8wGoeqDFSOheQGCEIo9BUvFbKcdQpuJ6J-YsF5UAug9g/s1600/kant.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="480" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRv9VNc6_V2gqj7cl5Hxsf4ntF1DXJsDubOigXFHL2lW8hbYcpHCLjCt2NPDqGtoOo02Vr_USShn-863eYDPLVJz91h4NrzX6p8wGoeqDFSOheQGCEIo9BUvFbKcdQpuJ6J-YsF5UAug9g/s320/kant.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="text-align: justify;">A heteronomia impede o esclarecimento!</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Os textos de kant são vistos como
textos difíceis, mas o texto <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o que é
esclarecimento </b>é destinado a todos independente do grau intelectivo.
Sendo assim, não é um texto restrito aos estudantes de filosofia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O que
é esclarecimento </b>é o texto mais fácil de ser lido escrito por Emanuel Kant.
Claro, que para entendê-lo bem, basta então saber qual é o propósito da
filosofia deste filósofo do século XVIII.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">livro A Crítica da Razão Pura</b> ele afirma que o filósofo não é o
artista da razão, mas é
aquele legisla a razão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não se trata de uma
questão dogmática, ele quis dizer que um dos papeis da filosofia é refletir
sobre a própria reflexão, mas que esta reflexão participe de um uso público,
onde todos possam participar, criticar, dar suas opiniões, todavia, o uso
público da razão tem como objetivo àqueles que participam e interagem com a
abordagem filosófica, com a finalidade de dar um refinamento à razão, um
aprimoramento ao conhecimento filosófico. Vejamos o que pode ser entendido por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">uso público da razão</b> dito por Kant. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Uso Público da Razão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é para Kant esclarecimento?
É a saída da menoridade para maioridade. É quando a humanidade começa a entrar
na maioridade. Na menoridade o indivíduo
se encontra sob a heteronomia (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">hetero=outro
e nomos = lei</b>) seria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dizer estar sob
a lei, sobre o comando do outro ou de outros. <span style="mso-spacerun: yes;">J</span>á o da maioridade se encontra numa situação
oposta ao da heteronomia. O maior se encontra na situação autonomia. É aquele que se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nomeia. É aquele que diz para si mesmo o que certo ou
errado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Segundo Kant a humanidade vive
numa situação de heteronomia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As pessoas
não decidem o que é certo e o que é errado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quem decide por elas são as lideranças a que elas se submetem. A maioridade em Kant é quando se começa fazer uso publico da razão. Quando
o ser humano começa decidir o que é certo e o que é errado, o que fazer e o que
não fazer, quando se começa a pensar por si mesmo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vale aqui ressaltar que não se trata de uma
questão individualista, já que se trata do uso público da razão. É usar o entendimento
e expor, discutir, debater. É uma razão republicana <b>(res = coisa - publicana = publicanus)</b>, trata-se da coisa pública, sem negar os ensinos religiosos, não trata de negar o Estado, trata-se de aceitar
essas coisas se estiverem de conformidade com aquilo que se pensa. A razão tem
que ser fiel a ela mesma. Só se deve ser aceito ou não após passar por um
processo de crítica. Para Kant tudo tem que passar pelo tribunal da razão. É como
se a razão fosse um juiz que após o julgamento tem a causa a aprovada ou não. A partir
daí a razão obedece. Isso significa ser maior de idade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isso é o esclarecimento que foi
alcançado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Razão monárquica<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para Kant a coisa mais contrária à
dignidade humana é a razão monárquica. É aquela que impõe o indivíduo a obedecer
sem questionar. Tudo tem que se engolido sem analisar. Quem está por trás
dessa razão monárquica são lideres religiosos, políticos que se dizem saber de
tudo, serem pessoas esclarecidas. Se por acaso, alguém, venha se opor, duvidar desses
possuidores da razão monárquica, estes dirão que há <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>forças contrárias, que há algum
movimento a fim de contradizer as afirmações da razão monárquica. A finalidade da razão monárquica é manter o indivíduo sob a heteronomia, tirando do
individuo a sua dignidade. Kant afirmou que as maiores tiranias usadas por
esses “monárquicos” se encontram na esfera religiosa,<span style="mso-spacerun: yes;"> impedindo</span> o ser humano a
capacidade de pensar por si próprio. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vejamos
a crítica que Kant faz no que ele disse:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“É tão
cômodo ser menor (...) não tenho necessidade pensar, quando simplesmente posso
pagar.”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Kant afirmou que a covardia faz as pessoas serem imbecilizadas por não se oporem aos seus tutores
espirituais, por também não terem coragem de contrapor as suas autoridades. Outra coisa associada a covardia, diz ele é a preguiça. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É no comodismo de se pagar alguém para pensar que
a sociedade vive a imbecilidade coletiva gerada pelo princípio heterônomo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Kant faz uso da frase do filósofo romano, chamado Horácio: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sapere Aude” </b>ou seja, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tenha
coragem de pensar por si mesmo, </b>com a finidade de evidenciar o lema do <b>esclarecimento, do iluminismo</b>. <b>Ouse saber!</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não existe
pessoas reveladas, todos somos iguais em direitos e em dignidades. Ninguém pode
impor nada a ninguém sem que passe pela crítica. Vejamos mais um trecho de Kant:</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Depois de terem
primeiramente (seus tutores) embrutecido seu gado doméstico<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">E terem preservado cuidadosamente estas
tranquilas criaturas<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a fim de não
ousarem dar um passo fora do carrinho<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para aprender a
andar...”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acontece com todos os seres humanos
ao aprender a andar, tiveram algumas quedas, mas depois os seus passos adquiriram autonomia e passaram a andar sozinhas. Ninguém deve se tornar um gado que é
conduzido por suas lideranças que impõe o que elas querem. Uma coisa é
discutir, fazer a crítica e tudo isso no campo da razão e a outra coisa é se
livrar das imposições por quem quer que seja.</div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O oficial diz:
não raciocineis, mas exercitai-vos!<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O financista exclama: Não raciocineis, mas
pagai! <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> O sacerdote diz:
Não racioneis, mas crede! <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eis aqui por toda a parte a limitação da
liberdade.”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por todos os lugares há quem queira manipular a razão,
manipular o entendimento humano para que não se pense. A manutenção da heteronomia favorece a muitos,
principalmente os líderes <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da política,
quanto os da mística, ao compararem alguns imbecis coletivos como um gado
obediente a ser conduzido. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-32664065747787431292018-05-22T11:17:00.000-03:002018-08-08T18:14:00.807-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="direction: ltr; language: pt-BR; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0in; margin-top: 4.32pt; mso-line-break-override: none; punctuation-wrap: hanging; text-align: center; text-indent: 0in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large; text-align: justify; text-indent: 0in;"><b>O mistério entre o em mim e o perante mim</b></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmkgA2sJbLFFvpfSzh4R5khZyXs8lj7P0JmiWh005DYwUhoeL5M_glL1yIjKMiaAoGYItDcCVeAJ6nda_8d4Hjx-jP0UEw1YBlXJBQ78TxSovv6EEQDkTFM8UpCt6j2pottsT8R8zgM4q/s1600/Gabriel+Marcel.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center; text-indent: 0in;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="450" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmkgA2sJbLFFvpfSzh4R5khZyXs8lj7P0JmiWh005DYwUhoeL5M_glL1yIjKMiaAoGYItDcCVeAJ6nda_8d4Hjx-jP0UEw1YBlXJBQ78TxSovv6EEQDkTFM8UpCt6j2pottsT8R8zgM4q/s320/Gabriel+Marcel.jpg" width="299" /></a><br />
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
Gabriel-Honoré Marcel (1889-1973) , filósofo e dramaturgo francês
de renome internacional, nasceu em 7 de dezembro de 1889 e faleceu e8 de outubro
de 1973, em Paris.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Ao abordarmos a filosofia
existencialista de Gabriel, ao que se refere à encarnação do homem e o seu
mistério, o que vale aqui ressaltar, não se tratar da encarnação do Logos que
se fez carne, ou seja o Cristo, mas uma encarnação que tem um olhar
diferente ao do pensamento cristão. Quem vai discorrer sobre esse assunto como
muita propriedade será o filósofo contemporâneo Gabriel Marcel.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Gabriel se converte ao
catolicismo quando tinha 40 anos de idade. Foi por um longo tempo agnóstico.
Gabriel Marcel foi contemporâneo de vários pensadores do seu momento, como Jean
P. Sartre, Martin Heidegger, Merleau Ponty, Bergson ,
Paul Ricouer. Gabriel Marcel foi professor
de Merleau Ponty e Paul Ricouer. O filósofo Sartre
frequentava a sua casa e os dois discutiam filosofia, apresentando em alguns
momentos posições diferentes.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>Mistério</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Gabriel Marcel foi o
primeiro a afirmar que a filosofia não lida com problemas, mas com mistérios. O
que seria problema na compreensão de Gabriel Marcel? Problema é tudo aquilo que
se torna coisa (res), objeto. Problema é visto como um obstáculo à vida que
precisa de uma solução. Gabriel Marcel afirma que problema é específico ao
campo da ciência objetiva, empírica, mas que a filosofia não lida com problemas,
mas com mistérios. Mas o que seria esses mistérios? O mistério não se
refere a situações abscônditas, escondidas, pelo contrário, mistério é
aquilo que se dá a conhecer, sem se tornar objeto, sem se tornar posse.
No mistério quando perguntamos quem somos nós, nessa pergunta estamos presente
a ela. Mistério é tudo aquilo que nos envolve sem se tornar coisa. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A filosofia segundo Marcel
restitui para nós o peso ontológico do mistério da existência. E essa
existência é sentida é vivida é uma relação de mistério, não a partir de uma
ideia pré-estabelecida, mas da própria encarnação, encarnação esta que acontece
na própria vida, não sendo esta encarnação como mencionado antes, nada que se
relacione com o cristianismo, mas encarnação enquanto corpo humano.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>O corpo, um imã</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
O que faz esse corpo? O
corpo se relaciona com o mundo, com os outros, com as coisas ao redor. O corpo
é uma espécie de imã no espaço e no tempo, o corpo é como uma imantação.
Gabriel na sua filosófica ele vai dizer que ele não tem um corpo, não se trata
de posse, mas que ele é um corpo e isso é encarnação. A encarnação
possibilita as relações, a comunhão. Nesse sentido a encarnação como
mistério em Gabriel Marcel tem um valor ontológico de participação junto ao
outro.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Gabriel Marcel foi,
provavelmente, um dos primeiros filósofos existencialista cristão.
Enquanto Jean Paul Sartre, ateu, afirma que a existência precede a
essência, Marcel contrapõe esse argumento afirmando que a essência ocorre na
relação com o outro e esse outro, segundo ele pode ser o Cristo. Ele vai dizer
que existe um jeito de eu me fazer humano de me construir humano através
da mímese de Cristo.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Gabriel Marcel foi aluno de
filosofia na Soborne, França, estudou o idealismo kantiano, ou seja, uma filosofia
fora de um contexto concreto, uma coisa pronta e definida. Ele aprendeu
muito sobre a filosofia kantiana, mas ao mesmo tempo Gabriel vai ter algumas
aulas no colégio de Francis com o filósofo Bergson e com este
filósofo ele percebe que pode haver uma filosofia do concreto, do cotidiano.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br />
No período da primeira guerra mundial e aos 20 anos de idade, Marcel
recém-formado vai servir na guerra como aquele que tem a função de dar notícias
ruins. Foi a ele atribuído avisar aos familiares os seus entes mortos na
batalha. Nesse momento terrível da relação com a vida e a morte ter que
responder aos pais sobre os filhos mortos na guerra que o levou a
refletir que tudo aquilo que ele aprendeu quando estudou o
idealismo, sobre o mundo das essências, do mundo ideal,
distante, não contribuiu em nada para aqueles momentos de dor, a fim
de dar uma resposta sobre os dramas da
existência. Através dessa reflexão ele percebeu que precisava de uma
filosofia que vai ao encontro do ser humano. Uma filosofia concreta que veja o
outro como o outro. Uma filosofia, onde pode ser sentida a mordedura do real. É
a partir daí que ele começa a pensar na filosofia do concreto. Ele passa a se
interessar pela filosofia e percebe a existência como mistério, uma encarnação,
sendo ele um corpo, num processo de comunhão com toda a existência. <b><br />
</b><br />
<b><br /></b>
<b>O outro</b><o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Sartre nos diria que o
outro é aquele que nos limita, por ser aquele que está constantemente a nos
olhar. O outro é tudo aquilo que me define. Por isso a sua frase célebre
ao dizer que <b>“o infernos, </b>ou seja, o outro é tudo aquilo que
não sou. Marcel já diz diferente de Sartre. O outro não é aquele me
limita, mas é alguém que me expande. Só na comunhão com o outro que
me percebo quem de fato eu sou. O outro é uma caixa de ressonância para mim, de
espelho. O outro não é um inferno. O outro é a possibilidade de
comunhão, o outro é uma complementaridade à existência. O outro está
em mim e perante mim. <o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
<div style="direction: ltr; language: pt-BR; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0in; margin-top: 4.32pt; mso-line-break-override: none; punctuation-wrap: hanging; text-align: center; text-indent: 0in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #898989; font-family: "calibri"; font-size: 18.0pt;">
</span>
<br />
<div style="direction: ltr; language: pt-BR; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0in; margin-top: 3.12pt; mso-line-break-override: none; punctuation-wrap: hanging; text-align: center; text-indent: 0in; unicode-bidi: embed; word-break: normal;">
<span style="color: #898989; font-family: "calibri"; font-size: 18.0pt;"><span style="color: #898989; font-family: "calibri"; font-size: 13.0pt;">
</span></span></div>
<span style="color: #898989; font-family: "calibri"; font-size: 18.0pt;">
</span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-37168487410645712252018-05-22T10:44:00.000-03:002018-05-22T10:50:39.876-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A percepção um estágio
pré-refletido<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCgv0BoMuTZhjSzZBrTByQEq7iscdK1YNLgxiJRdu1pRTbixiliTzIhcD4RqzQwxI_fVDjF1-dMrezycsHO0Ka27S3OZT3VyFZogyJuirB4fxujIH9fzZ2kCFV0K7-JlchmbtihlMWf4qP/s1600/merleau+ponty.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="245" data-original-width="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCgv0BoMuTZhjSzZBrTByQEq7iscdK1YNLgxiJRdu1pRTbixiliTzIhcD4RqzQwxI_fVDjF1-dMrezycsHO0Ka27S3OZT3VyFZogyJuirB4fxujIH9fzZ2kCFV0K7-JlchmbtihlMWf4qP/s1600/merleau+ponty.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ponto de vista da filosofia
ocidental a partir de Sócrates , assim como na filosofia moderna, entendia-se que
a percepção era algo precário ao conhecimento ou algo que vinha a atrapalhar o
processo cognitivo, por ser afirmar que a percepção engana a nossa visão, a
nossa audição, ao percebermos as coisas principalmente aquelas que se encontram
distante de nós e ao ouvirmos. Só que essa forma de pensar passou por uma
correção, porque não é o intelecto, não é razão que nos faz termos a percepção
das coisas no mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No século XX essa maneira de
entender o mundo e as coisas que nos cerca foi analisada de outra forma,
contrariando essa maneira de pensar, pelo Filósofo francês, Maurice
Merleau-Ponty (1908 – 1961). Ponty possui duas principais abordagens
filosóficas: A fenomenologia e o existencialismo. Para ele a fenomenologia é a
ciência que observa o mundo antes do conceito e da ideia. E o existencialismo é
saber que o homem está no mundo, não sendo o homem a continuação do próprio
mundo e sim pertencente a ele. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Este
acusou aquilo que durante toda a história da filosofia que tudo estaria voltado
para o intelecto, mas sem que isso fosse devidamente justificado. A pergunta
que Ponty faz é a seguinte: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Se estamos no mundo, sem nenhuma ideia
preconcebida, o que nos toca mais é a percepção que temos das coisas, a maneira
como elas chegam até nós, via os sentidos ou é o nosso pensamento já elaborado
a respeito das coisas?</i> </b>Ele chega a conclusão que a percepção é o nosso
primeiro contato com as coisas a exemplo da psicologia infantil, como na vida
adulta, a questão de ordem cultural, o ponto de vista das nossas relações com
as coisas e também com os outros.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Percebemos então que há certa relação sensível, com o mundo, com as
coisas que passa pela sensibilidade antes de se transformar num pensamento
elaborado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir daí se conclui que a percepção é o
nosso contato imediato com o mundo, com as coisas. Mas por uma série de razões
que se estendem pelos longos anos da filosofia ocidental, ouve uma fuga desse
contato primário que tem sido refeito pelo ponto de vista intelectual, em razão
da nossa cultura ocidental que nos ensinou, de maneira quase que radical que
verdade é coisa do pensamento. A verdade vai ser algo que diz a respeito a
nossa mente, nosso intelecto e dificilmente estaria numa relação direta e
sensível com as coisas, mas numa relação dicotômica como em Platão no seu mundo
sensível e o mundo ideal, como também em René Descarte como o seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cogito ergo sum <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>. <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todavia, parece não ser bem
assim! O nosso estar no mundo antes de sofrer uma elaboração intelectual ele é
primariamente alguma coisas que nós sentimos. Sentimos o mundo, o vivenciamos
diretamente através do nosso aparato psicobiológico, sendo algo muito mais
imediato e direto. Se quisermos retornar a origem do nosso conhecimento, a
origem do nosso modo de existir precisará retornar ao estágio da percepção,
chamado por Merleau-Ponty de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pré-reflexão.
</b>Ou seja, a nossa vida não é sempre toda ela refletida, como se tudo o que
nós fizéssemos e tudo o que nós fôssemos e tudo o que nos acontece atingisse o
nosso intelecto. Então essa vida pré-reflexiva, pré-intelectual <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que é a originária. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se a preocupação da filosofia é a
volta as origens, Merleau-Ponty propõe que essa volta seja feita através da
recuperação da pré-reflexão. Isto é, que a percepção seja algo que nos revele o
mundo pela primeira vez, pois sendo assim, a percepção deverá gozar de certa
prioridade e até mesmo de certa superioridade sobre o conhecimento elaborado.
Aquilo que nos é dado mais diretamente parece nos trazer uma verdade mais
efetiva, muito mais autêntica, do que aquilo que construímos através do nosso
pensamento que dicotomiza a realidade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
percepção não é uma construção, a percepção é o modo de sentir o mundo, por ser
ela <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>originária, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>primária, primordial com as coisas, com as
outras pessoas e de cada um consigo mesmo.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Contra o subjetivismo
filosófico e contra o objetivismo científico <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Merleau-Ponty ao escrever uma
fenomenologia da percepção, se ocupou, nessa obra, com situações que tem estado
presente no pensamento filosófico ocidental, tais como a relação alma e corpo,
consciência e mundo e homem e natureza. Merleau-Ponty como já visto acima, era
contrário as formas dicotômica. Exemplos: dicotomia entre alma e corpo, a dicotomia
entre consciência e mundo, ou mesmo que dizer entre o sujeito e o objeto. Essas
separações dominavam o pensamento científico quanto o filosófico. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A filosofia identificava a
realidade com as ideias posta pelo sujeito do conhecimento, caindo assim no subjetivismo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A ciência identificava a realidade como os
objetos construídos por ela,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>caindo no
objetivismo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Contra o subjetivismo
filosófico e o objetivismo científico Merleau-Ponty escreveu: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nós não somos uma consciência
cognitiva pura, nós somos uma consciência encarnada num corpo. O nosso corpo
não é um objeto como descrito pela ciência, mas um corpo humano, habitado e
animado pela consciência. Nós não somos pensamento puro porque somos um corpo,
mas nós na somos uma coisa porque somos uma consciência. Nós somos seres
temporais... A percepção, reafirmo, é uma forma de sentir o mundo. Como tal
deve ser valorizada e priorizada em nossa relação como o universo, com as
pessoas e também conosco para que possamos assim perceber todas as suas
nuances. Portanto, somos seres espaciais, estamos em vários lugares,
preenchendo os espaços. Ouvimos enquanto falamos e, por vezes, falamos enquanto
ouvimos. Quando tocamos também somos tocados. Quando vemos, por vezes, também
somos vistos. Nosso corpo é a nossa forma de se ser no mundo. Por isso, buscar
percebê-lo dentro deste processo que é viver é o essencial ao nosso
autoconhecimento e ao entendimento daquilo que nos rodeia também.”<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O tempo existe porque
existimos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Através da filosofia de Ponty há
duas perguntas e repostas elaboradas através da sua percepção de mundo: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A nossa capacidade de percebermos o mundo iria
até aonde? Sendo o mundo, tempo e se apresenta de várias formas, não estamos no
mesmo lugar, pois o enxergamos de várias maneiras! Mas como saber se estamos no
mesmo mundo? Quando interagimos com o mundo. O mundo somos nós, e nós somos o
mundo. Nós somos tempo. Somos consciência pretérita e do que há de vir.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O
tempo existe porque existimos”</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Merleau Ponty apresentou duas
abordagens filosóficas:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A fenomenologia
e o existencialismo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os seus estudos
foram voltados para o homem, enquanto ente existente. Os seus primeiros
pensamentos e obras foram inspirados pelo pai da fenomenologia Edmund Husserl. Ponty acredita em duas principais e mais importantes
características que se relacionam ao existencialismo. A primeira característica
que o homem é um grande projeto a ser construído e isso se torna possível a
partir de sua experiência com o mundo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A
segunda característica é a inexistência da essência, portanto o homem é aquilo
que se idealiza.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O homem é foco do
debate sobre o conhecer. Para Merleau Ponty a filosofia permite novo
aprendizado do olhar sobre o universo que o envolve. O homem está no mundo, o
que quer dizer que este não é a continuação do próprio mundo e sim pertencente
a ele. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Merleau Ponty criticava as ideias
racionalistas, principalmente, as ideias de Descartes que negava os sentidos
como forma de experiência sensível.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao
contrário, Ponty, acreditava que a realidade é formada pela nossa consciência e
todo conhecimento limita-se ao mundo dos fenômenos. Segundo o filósofo somos
uma consciência que capta através do corpo as coisas em torno, por isso não há
como separar consciência e homem como fez Descartes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para Maurice Ponty o conceito de
corpo é primordial, ao dizer <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O meu
corpo é o meu ponto de vista sobre o mundo”. </b>A percepção irá ser a
introdução do corpo no mundo. A descrição da realidade só pode ser feita
conforme ela se apresenta, pois o conhecimento é construído pela percepção e
esta é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">particular, imperfeita e
incompleta.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b>Como já foi dito tem
como foco a relação do homem com o mundo. Para ele a percepção é uma vivência.
Toda percepção é uma forma de estabelecer sentido. Uma relação do sujeito
com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o mundo ou natureza. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Membro fantasma<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em seu estudo sobre a
fenomenologia há uma grande contribuição com a ciência cognitiva, uma vez que
para ele não existia somente experiência mental, mas também experiência
corporal, chegando a conclusão que mente e corpo na são entes separados. Ambos
são partes de um único sistema. O seu estudo levou a explorar uma investigação
sobre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o membro fantasma </b>situação
essa que o sujeito amputado sente o membro perdido. Ele afirma que o corpo na é
simplesmente uma máquina, pois se fosse o corpo não reconheceria essa parte
ausente. Para ele o corpo nunca é apenas um corpo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É sempre um corpo vivido. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Teria a filosofia de Maurice
Merleau Ponty um percurso suficiente ao saber? Não. O filósofo se recusa
instalar de modo absoluto o saber, contudo a reflexão sobre os seus pensamentos
nos traz grandes contribuições. <b>“A ilusão nos engana justamente fazendo-nos passar por uma percepção
autêntica” </b>Na compreensão Pontyana a
realidade é uma ilusão, assim como a certeza de um determinado fato ocorrido. A
razão de uma ação é desconhecida e avaliá-las é uma prática de ilusão. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
O mundo é uma constante ilusão.<br />
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-21011569097036519062018-05-11T16:07:00.001-03:002018-05-11T20:24:23.950-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Jean-Paul-Sartre</b> (1905-1980)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img alt="Resultado de imagem para sartre" src="https://www.mapadoceu.com.br/var/site/cache/public/images-alias/astro/photo/j/jean-paul-sartre-medium.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b>EXISTENCIALISMO</b><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sartre escreveu um livro intitulado <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O ser e o Nada </b>que foi a sua principal
obra filosófica, em 1943. Sofreu forte influência da fenomenologia de Husserl e
da filosofia de Heidegger. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Numa artigo que Sartre escreveu
sobre Husserl, lemos:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“O espírito-aranha atirava as
coisas em sua teia, as cobria de uma baba branca e lentamente a deglutia,
reduzindo-a em sua própria substância." </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sartre faz uma crítica ao
pensamento francês da sua época mostrando que o<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>conhecimento era adquirido, comparadamente, a uma deglutição animal,
conforme a figura da aranha que atira as coisas em sua teia, cobrindo-as com
uma baba branca e de maneira lenta, deglutindo-as.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A partir daí que Sartre verá em Husserl a
melhor compreensão da filosofia se contrapondo a estágio primitivo, segundo
ele, do conhecimento. E contra tudo isso, Sartre aponta a novidade de Husserl
que é a impossibilidade de dissolver as coisas na consciência, contrariando a
doutrinação espiritualista francesa dos séculos XVIII, XIX e XX em que o
espírito-aranha deglute na consciência o que foi apreendido de fora para
ela.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sartre combate esse pensamento por
entender que a consciência não é um receptáculo e também não é nenhum órgão que
tenha como função metabolizar a realidade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na interpretação do Sartre sobre
a fenomenologia husserliana é que consciência e mundo surgiriam
simultaneamente. O mundo surge para a consciência ao mesmo tempo em que escapa
dela. Vamos aqui exemplificar a fim de tornarmos menos denso. Sartre diz o
seguinte: “Se eu vejo uma árvore eu a vejo onde ela está. Eu não preciso que
ela entre na minha consciência para que eu a perceba, nem muito menos preciso
que a minha consciência se perca nela.” Sartre com isso deseja mostrar que
<b>“não se pode sem desonestidade comparar o conhecimento com a posse.”</b> Conhecer
não é apoderar-se das coisas. Então, o que é conhecer? Qual é a atividade que a
consciência desempenha no conhecimento? A consciência vai na direção das
coisas, ela vai como escorregando na direção das coisas. É aqui que se explica
a intencionalidade husserliana, no sentido de perceber as coisas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir
dessa compreensão que o Sartre tem da concepção de consciência proposta por
Husserl que ele (Sartre) chamará de “translucidez” ou seja a consciência
translúcida. Isto significa dizer que a consciência é um vazio, um simples
movimento, ela é um ato.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sartre vai
dizer que a consciência é “um vento que se lança livre em direção das coisas.”
Com isso ele queria deixar evidente que a consciência não tem como função
aprisionar as coisas por ela não ser um compartimento intelectual. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
René descartes havia definido a
consciência como uma coisa pensante. Descarte via a consciência como uma
essência e Husserl discordam mostrando que a consciência é apenas um movimento.
Sartre entra em cena para dizer que não sendo a consciência um compartimento
fechado, tudo, então, está fora. E até nós mesmos estamos fora de nós mesmos,
ou seja, fora entre os outros, “na rua, na cidade, no meio da multidão, coisa
entre coisas, homens entre homens”. Sartre vê a consciência como uma
intencionalidade pura, como um simples movimento na direção das coisas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No seu livro <b>O Ser e o Nada</b>
Sartre diz que <b>“o primeiro passo da filosofia é expulsar as coisas da
consciência e restabelecer a relação entre a consciência e o mundo. A saber a
consciência como consciência do mundo.”</b> Uma consciência posicional, diz ele.
Uma consciência que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>posiciona os objetos
e se posiciona frente a eles. Sartre desenvolve o seu pensamento numa ontologia
baseada nessa oposição. A consciência como um vazio, como um movimento e as
coisas na densidade que as caracteriza. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No existencialismo sartriano essa
consciência, esse vazio ele chamará de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para-si
</b>e o ser denso todo fechado ele chamará de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em si. </b>O termo que Sartre usa para designar a consciência, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para- si</b>, causa certo estranhamento,
porque a ideia que se tem dessa preposição <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para</b>
não deve ser entendida como um retorno, uma volta reflexiva para si, jamais ele
propôs isso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele está querendo dizer
exatamente o contrário. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para </b>sartriano
significa para fora, ou seja, a consciência deve lançar-se para fora. Mas não é
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para-si</b>? Só que este <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">si </b>está fora. Aqui que se encontra o
centro da concepção sartriana de sujeito, que depois reaparece na psicanálise lacaniana.
O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">si</b> ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">si mesmo</b> onde ele está? Não dentro de si como pensava os
cartesianos, mas está fora de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">si</b>, de
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">si mesmo</b>. Esse<b> para-si </b>é um movimento
para atingir o sujeito. Nós somos um movimento para chegarmos a nós mesmos.
Esse movimento, portanto, nunca se completa. O sujeito, portanto, não volta
para si, ele vai à direção de si porque este si está fora dele. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <b>para si</b> que é o para fora de
nós que se opõe aquilo que está diante dele, o mundo, as coisas, essa coisa
aparentemente maciça, Sartre chamou de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em
si</b>. Este é o denso de realidade. Todo fechado em si mesmo, provavelmente
esteja aí a razão do seu livro: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Ser e
o Nada. Nada.</b> Em razão da nossa linguagem se encontrar permeada pela ontologia grega não temos como nos
libertarmos do verbo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ser</b> ao dizermos
que a consciência <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">é </b>nada. Quando
afirmamos que a consciência <b>é</b>, já estamos dizendo que ela é alguma coisa. Mas
não é isso. Não tem como nos livrarmos do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">é.
<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para si</b> não se constitui como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ser,
</b>mas se constitui como a negação do ser em si. Quando falamos de sujeito não
falamos de uma realidade afirmativa, mas de uma realidade negadora. A
consciência se constitui ao negar aquilo que está diante dela. Se a consciência
realizasse a sua trajetória na direção do seu <b>si</b>, onde esse <b>para</b> na direção de
se consumasse, então o sujeito se transformaria no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ser, </b>se transformaria no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em-si</b>
e deixaríamos de ser esse processo constante que é a nossa consciência. Quando
afirmamos que a consciência não tem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ser</b>,
queremos dizer com isso que a realidade humana não tem ser fixado numa
essência. Assim entendemos que a consciência não está <b>para si</b>, mas se projeta,
se lança na direção de si mesma, sem, no entanto, nunca se alcançar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A consciência ou o sujeito não é
coisa alguma ele é o que ele se faz. Existir não é algo da ordem do ser, mas é
algo relacionado com o processo, com o <b>vir-a-ser</b>, com o tornar-se. A
consciência é um constante transcender-se, ou seja, é um ir para fora de si
tentando superar-se. O ser humano é um <b>projeto</b>. Mas aqui parece haver uma
contradição? Um <b>projeto</b> é algo que ainda não é. Mas isso mesmo que Sartre quer
dizer como projeto. Esse paradoxo é proposital. Nós somos aquilo que ainda não somos. Mas quem projeta, quem
está por trás desse projeto? Sartre vai dizer que é a liberdade. O constante
projetar-se, o constante transcender-se não outra coisa senão a liberdade. Primeiro o homem existe, se descobre, surge no mundo e só depois será conforme se fizer, de acordo com o que tiver projetado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Aqui então há algo muito
importante a ser observado que a liberdade não é um atributo do sujeito. A questão não é saber se o sujeito é ou não é livre. Ao definirmos a consciência com
esse movimento, como ato,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como o vento,
isso é a liberdade. Não é se o sujeito tem ou não tem a liberdade. Ele é a
liberdade. Somos livres para tudo, menos pares deixarmos de sermos livres. O
sujeito é livre para qualquer opção, menos para não optar. É algo impossível. Por
isso da famosa frase de Sartre: “O homem está condenado a ser livre”. </div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-71631829743060599682018-05-09T16:38:00.002-03:002018-05-13T19:15:10.330-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: large;">O conhecimento, um encontro bipolar!<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><span style="line-height: 115%;">Fenomenologia</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifH1kW0oKgOSSgn2bsc6YoNf6MhF782dBHrbQcKugRIYcKoE2lannGdyVvRRELf6HX4fQHd384tkB4h5wBbnzAtl0CjrdTNpdU_48dKCf_Lnt7pGOhOHTwP0w3zAd1wSI-IdPOIhRxG4Uk/s1600/Edmund+Husserl.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifH1kW0oKgOSSgn2bsc6YoNf6MhF782dBHrbQcKugRIYcKoE2lannGdyVvRRELf6HX4fQHd384tkB4h5wBbnzAtl0CjrdTNpdU_48dKCf_Lnt7pGOhOHTwP0w3zAd1wSI-IdPOIhRxG4Uk/s1600/Edmund+Husserl.jpg" /></a></span></b></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"> <o:p></o:p></span></b><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Edmund Husserl</b> (1859 – 1938)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O significado de fenômeno se
volta para tudo aquilo que se manifesta no plano da consciência. Tudo que é
oriundo de uma experiência sensorial pode ser encarado dentro do universo
fenomenológico. A fenomenologia é o método epistemológico que fundou a filosofia
contemporânea. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ponto de partida da
fenomenologia está voltado para uma questão muito geral e tratada durante por
longos tempos pela filosofia que é a relação entre sujeito e objeto. Uma
relação de conhecimento e como se constitui o conhecimento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">Vertentes<span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todavia antes de vermos como
Husserl apresenta a sua compreensão fenomenológica, devemos atentar, ainda que sistematicamente,
como se constituiu na modernidade <span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">(</span><span style="background: white; color: #222222;">1453 </span>-1789)
essa abordagem relacionada ao sujeito e ao objeto.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há três vertentes: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>A primeira vertente</b> é a realista. O
realista é aquele que sustenta o primado do objeto. O objeto é o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de maior importância. Ou seja, as
representações que se faz das coisas está subordinada aos objetos em si mesmos ou
as coisas em si mesmas, apreendidas pelos sentidos e depois registradas pelo
intelecto.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sendo assim, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se compreende pela vertente realista que o
ponto de partida para aquisição do conhecimento se dá pelo objeto ou as coisas
em si mesmas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>A segunda vertente</b> é o idealismo.
Já o idealismo se foca na primazia do sujeito, das ideias, da mente. O sujeito é
o mais importante, segundo esta vertente, para se adquirir o conhecimento. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Contudo, se observa nesta vertente que um
acordo tenta se estabelecer de conformidade entre as ideias e as coisas, entre
o objeto e o sujeito, embora sendo tendências que se opõem entre si. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>A terceira vertente</b> se manifesta no
século XVIII foi à filosofia de Kant. A sua filosofia procurou desfazer o
impasse entre o realismo e o idealismo, através do questionamento sobre que
tipo de contribuição que o próprio objeto, as próprias coisas dão ao
conhecimento e qual é a contribuição que o próprio sujeito colabora com o
processo do conhecimento. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aqui se observa
que não se privilegia nem o objeto nem o sujeito, mas que visa buscar o resultado
através de numa síntese para aquisição do conhecimento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao considerarmos o viés da
correlação, entendemos que não existe objeto que não esteja comprometido com o
sujeito que o reconhece ou o representa. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O sujeito é a consciência que apreende o
fenômeno, como a realidade que por ele (sujeito) é constituída. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Agora considerando o objeto, ele nada mais é,
que esse fenômeno apreendido pela consciência. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas o que significa apreender? O que seria o
fenômeno apreendido como mecanismo de conhecimento? Se compreendermos essa apreensão
como assimilação das coisas pelo sujeito que as percebe, como se essas coisas se
transferisse do mundo para a nossa mente o resultado dessa posição seria o
desaparecimento do objeto, das coisas, através da incorporação total pelo
sujeito. Husserl vai discordar do posicionamento kantiano porque se o objeto
for apreendido pelo sujeito ele perderá a sua autonomia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">É necessários voltar às
coisas mesmas<span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir das considerações feitas
nos parágrafos anteriores que passaremos a entender à abordagem husserliana
sobre o seu propósito com a inauguração da fenomenologia ao dizer o seu grande
lema <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“é necessários voltar às coisas
mesmas.” </b>Conhecida como<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> r</b><b>edução eidética</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. </b>A que se considerar a importância das
próprias coisas na relação de conhecimento.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>A necessidade de se voltar às coisas se dá em razão de se perceber a
contaminação das coisas pelo o sujeito. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É
como se o sujeito tivesse um poder grandioso sobre o objeto, como se a
consciência tivesse um poder tamanho sobre as coisas que nessa assimilação as
coisas se adaptariam de tal moldo a consciência que elas não permaneceriam com realidade
própria.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O sujeito projeta nas coisas
vários componentes quer de ordem lógica, quer de ordem psicológica, etc., toda
essa projeção que fazemos no mundo para depois do mundo apreender as coisas,
contamina o mundo e contamina as coisas, de tal modo que acabamos recolhendo do
mundo as coisas que lá colocamos. A realidade própria das coisas acaba ficando
comprometida com essa maneira de conhecer. <br />
<b><br /></b>
<b>Purificação</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Husserl vai então tentar instituir
um método em que as nossas relações com as coisas se torne mais autêntica, de
forma que possamos recuperar a realidade do mundo e a realidade das coisas. Mas como isso seria possível? Através da
purificação da relação entre sujeito e objeto. Desfazendo da contaminação do
pressuposto vinculado ao próprio sujeito, como se o conhecimento fosse uma
competição entre o sujeito e as coisas. Não é nada disso. O que Husserl quer
recuperar uma relação mais equilibrada entre essas duas instâncias. Husserl
percebe esse equilíbrio já que uma vez purificada a consciência desses
pressupostos que comprometem a nossa relação com as coisas, percebe ele então
que era uma coisa que deveria ter sido sempre e não de tamanhas contaminações da
consciência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A consciência é sempre
consciência de alguma coisa, essa compreensão já nos permite definir o que é
consciência. Não temos como definir a consciência fora da relação consciência
de alguma coisa. A consciência não seria nada se ela não se apresentasse como
consciência de alguma coisa. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A consciência
não é uma coisa que se opõe a outras coisas. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">consciência de</b> é sempre um modo que o sujeito percebe o mundo e percebe as coisas. A consciência não é uma realidade substancial ela é apenas um
movimento de olhar, um olhar intelectual. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As coisa para não se tornarem objetos
da consciência é preciso que elas permaneçam com a sua realidade própria, com
autonomia própria. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">A intencionalidade<span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A intencionalidade nome fixado
por Husserl para significar o modo como a consciência vê as coisas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A consciência tem intenção com relação às
coisas. A consciência as visa, a consciência olha as coisas. Isso é que a
constitui. Isso que ela tem como realidade, ou seja, ao olhar as coisas
intencionalmente. Quando se diz que a consciência tem a intenção de alguma
coisa, não significa que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">intenção de</b>,
trás a coisa intencionada para a consciência como se apropriando dela.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não. A coisa intencionada pela consciência
permanece fora da consciência. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">intenção
de</b>, não apreende a coisa. A consciência que se tem da coisa é que ela
permanece fora do sujeito. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As duas
coisas têm que ter a sua funcionalidade própria: Sujeito e objeto. Cada um na
sua. Como a consciência é um ato de ver, ela jamais poderá interferir na
autonomia do objeto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já que há sujeito de um lado e
objeto de outro, sendo ambos diferentes, não se pode pretender que o sujeito
dotado de uma objetividade venha ser comparado as próprias coisas. A natureza
do sujeito é diferente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O fato de se dar ao mundo um caráter
inteligível, de se conhecer as coisas, acontece num encontro entre a
consciência e o mundo. Entre a consciência e as coisas. Nessa relação
bipolarizada que o conhecimento é constituído. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Portanto nem a consciência constitui sozinho o
conhecimento, nem as coisas no mundo constitui também. O conhecimento se dá no
encontro bipolar. </div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-77986359733783193782018-05-04T07:21:00.000-03:002018-05-04T16:01:02.979-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">O tic-tac e a indiferença ética!</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOocwffhq3jLGXOxMPQRxPltexoEQRq-dVOZKFD476b4cJRYXNAU43aECRN4Dt50rqLMhDC6xCNqgVsjcGomhvL7GIBxaMGXnuGfksRTsAXJpbXbTxHXt9RY_H5EdEKkDUBiYcbJM2L9Mz/s1600/tic-tac.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOocwffhq3jLGXOxMPQRxPltexoEQRq-dVOZKFD476b4cJRYXNAU43aECRN4Dt50rqLMhDC6xCNqgVsjcGomhvL7GIBxaMGXnuGfksRTsAXJpbXbTxHXt9RY_H5EdEKkDUBiYcbJM2L9Mz/s320/tic-tac.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A moral é um conjunto de regras
válidas para todas as pessoas e essas regras determinam a conduta humana em
sociedade.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É o como se deve agir para
não ferir o direito do outro e respeitar o bem comum. Mas dessas regras podem
surgir dilemas particulares, como por exemplo, a eutanásia. Como agir diante
dos grandes desafios<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>morais? É a partir
daí que surge a ética.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas o que é um
procedimento ético diante da vida? Uma conduta ética é uma tomada de posição, é
uma atitude, onde jamais prevalece a indiferença. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se um de nós ao deitarmos à noite
ouvirmos o som onomatopaico do relógio, com o seu<span style="mso-spacerun: yes;"> <b> </b></span><b>tic – tac</b>, durante de poucos segundos não
iremos perceber que o som do <b>tic-tac</b> desapareceu, mesmo com o som continuando
com suas repetições. Sempre que alguém é exposto a um estímulo repetido, o estímulo é banalizado, não se percebe mais. Ao passarmos
repetidas vezes, perto de uma pessoa pedindo esmolas,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aquela pessoa estará ali, agora, indiferente
ao nosso olhar e aos nossos ouvidos como o<b> tic-tac</b> do relógio, isso em razão de
banalizarmos a vida. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essa é a nossa realidade
na sociedade em que vivemos. Uma sociedade extremamente banalizada é aquela que
entrou em exaustão pelas repetições das mesmas coisas, tornando-se indiferente. A banalização leva a insensibilidade, leva a indiferença e a
indiferença desqualifica o outro e o outro passa a ser o que não é.</div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-73662953794610730772018-05-03T13:24:00.001-03:002018-05-04T06:35:58.403-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">A moral do rebanho e a
moral dos senhores<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQN5ITPxWKMzWZKOA1_zyyMHlchuHZ1OBuxbumnZJHe79x30cEf1VkT7kYjyDz3QEMWZg76wZRI5R3OiEzebctTVthuSX4D2y5hxvPbJvJB5lcvkNbLTDcUsvYQH0QPlJyQGFZEWigycv9/s1600/Rebanho+e+Senhor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="164" data-original-width="307" height="170" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQN5ITPxWKMzWZKOA1_zyyMHlchuHZ1OBuxbumnZJHe79x30cEf1VkT7kYjyDz3QEMWZg76wZRI5R3OiEzebctTVthuSX4D2y5hxvPbJvJB5lcvkNbLTDcUsvYQH0QPlJyQGFZEWigycv9/s320/Rebanho+e+Senhor.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nietzsche foi um filósofo alemão
que viveu na metade do século XIX. Ele fez uma critica radical não só a
filosofia que o antecede, mas a toda cultura do mundo ocidental. De acordo com
Nietzsche a realidade é formada por dois grandes princípios: o apolíneo e o dionisíaco. Apolíneo vem do Deus grego Apolo que representa a razão, a retidão, a
ordem, a harmonia e a perfeição que existe no universo. Dionisíaco que vem do
Deus grego, Dionísio que representa a desordem, o caos, a intuição e a
sensibilidade, realidades subjetivas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Segundo Nietzsche os gregos viviam
repeitando essa composição da realidade. Aproveitando tanto o lado racional,
quanto o lado do emocional e instintivo das expressões humanas. Nietzsche ao olhar para a
filosofia socrática-platônica afirma que esta filosofia fez o de pior que
poderia para o mundo e pensamento ocidental. A filosofia socrática-platônica
deu enorme valor a origem do pensamento apolíneo em detrimento à abordagem dionisíaca.
A filosofia socrática-platônica cria uma filosofia categoricamente racional, ou
seja, totalmente calcada na razão. É importante aqui revermos que na abordagem
apolínea tudo é muito regrado voltado para o que é correto. Aqui, segundo Nietzsche,
o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>homem é enfraquecido. À abordagem
apolínea faz com que o homem não aproveite tudo àquilo que a vida tem para
oferecer. A razão escraviza o homem. A filosofia socrática-platônica desfaz
também de toda a criatividade que existia na filosofia pré-socrática.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir do que acabamos de ver,
Nietzsche vai elaborar a Genealogia da Moral, ou seja, uma investigação
histórica da formação e da construção dos valores que criou a moral no ocidente.
Qual foi a finalidade dele fazer essa investigação? A finalidade foi pautada em
comparações, como por exemplo, se certo e errado são universais ou não. Se bem
ou mal também apresenta as mesmas características de universais ou não. O bem é
absoluto? O mal é absoluto? O certo é absoluto? O errado é absoluto? O que é
justo é absoluto? O que é injusto é absoluto? Esses valores servem para todos
os seres humanos de todas as épocas e de todos os lugares? Nietzsche vai dizer
que não. Ele vai afirmar que isso é uma elaboração, uma construção humana que
em determinado período social os homens criaram valores afirmando que eles são
absolutos. Mas por que será que se crê que esses valores são absolutos em nossos
dias? O cristianismo é o responsável em afirmar que essas criações humanas, a
respeito dos valores, não são humanas, mas de Deus. Ora se os valores são
divinos, logo, são absolutos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nietzsche
vai discordar por perceber que esses valores são heranças socrática-platônica-aristotélica
que o cristianismo lançou mão. O cristianismo passa a ser uma religião
platonizada. Platão quem escreve os pensamentos de Sócrates e Aristóteles se apoia
na razão socrática com um olhar voltado para apolíneo, tudo muito organizado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nietzsche afirma que o
cristianismo não tem nada de absoluto. O cristianismo é uma das interpretações
possíveis do homem no mundo e o seu futuro. O cristianismo é uma ideologia que
ensina o homem ver e encarar a realidade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No cristianismo Nietzsche percebe
dois tipos de moralidade: A moral dos escravos que é a mesma moral de rebanho e
a moral dos senhores. Essa moral do rebanho é a moral dos ressentidos, dos
fracos que surge em contraposição a moral dos senhores. A moralidade do cristianismo
é a moral do rebanho, dos escravos. Uma moralidade que enfraquece e que
degenera o homem. Uma moralidade fundamentada nos princípios de bondade,
humildade e piedade. Mas isso não deve ser visto como algo bom? A crítica
radical de Nietzsche vê nessas atitudes algo que degenera e deixa o homem
pior.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é bom é a moral dos senhores
que é fundamentada na alegria, na invenção para uma vida feliz e na afirmação
da vida. No dizer sim à vida que é contrária a moral do rebanho que nega a vida,
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que se martiriza, que se reprime. Uma
moralidade dos perdedores ressentidos com os senhores. O ressentimento desse rebanho
perdedor transformou a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>bondade, a
humildade e a piedade que são ruins em coisas boas. Essas qualidades foram
colocadas aí para a humanidade, para o mundo ocidental como comportamentos
certos a serem vividos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando Nietzsche coloca esse
pensamento contrário a moralidade do rebanho, na Europa, foi nomeado niilista e
foi acusado de querer acabar com toda a forma de vida social e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>acabar com a cultura do mundo ocidental. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas seria isso mesmo? Não. Nietzsche queria na
verdade acabar com esses valores ressentidos de bondade, humildade e piedade. Nietzsche
desejava fazer uma transmutação em tais valores. Fazer uma troca de valores,
pois ele entendia que a bondade, a humildade e a piedade são ruins e degeneram
o homem, tornam o homem fraco e fazem o homem dizer não à vida. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então Nietzsche vai propor a
criação de um novo ser que não é mais o homem. Esse ser deixou o homem para trás
e esse ser agora é visto por Nietzsche como Além-Homem. Esse Além-Homem é
totalmente fora da moralidade de rebanho e melhor que a moralidade dos
senhores.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O estilo de vida passa ser
fundamentado na vontade de poder. Poder aqui, não é poder político, nem de
dominar alguém, mas poder de ser senhor de si mesmo. Este seria o novo ser
proposto por Friedrich Nietzsche. </div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-53912669428831614902018-05-02T12:21:00.004-03:002018-06-17T17:35:25.653-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Michel Foucault (1926 – 1984)<o:p></o:p></span></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><img alt="Resultado de imagem para foucault" height="320" src="https://pictures.abebooks.com/LEFEUFOLLET/19394290232.jpg" width="212" /> </span></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></span></b>
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="text-align: justify;">Michel Foucault foi um filósofo
francês contemporâneo que refletiu profundamente sobre o poder e o conhecimento.
Foi um ativista que se envolveu em campanhas contra o racismo. Vários problemas
sociais foram alvos de seus estudos, dentre eles, a psicanálise, a psiquiatria,
a sexualidade, a escola e o sistema prisional.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;">A exclusão do discurso<span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Alguns aspectos a serem considerados
na atividade foucaultiana é que eles vãos se concentrar em três grandes temas:
o Interdito da fala, o banimento do discurso do louco e a vontade de verdade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O interdito da fala<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
O que seria o interdito da fala?
É a interdição de certos discursos através dos discursos normalizados. É bom
atentar aqui que o termo normalizado, vem de norma, discurso regrado, limitado
ao exprimi-lo. A interdição feita ao discurso tem um alcance muito grande,
mesmo que o discurso interditado consiga expressar críticas a determinadas
situações ao discurso normalizado, Foucault tenta através da crítica a tal
discurso, denunciar a negação que os discursos normalizados impuseram sobre os
discursos interditados.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O discurso interditado sofre um
afastamento do discurso normalizado. Em todos os momentos que o discurso
interditado reaparece, ressurge, o discurso normalizado se reforça cada vez
mais, mostrando a sua rejeição ao discurso interditado. Seria o mesmo que dizer
que a norma estabelecida é a que vigora, rejeitando o discurso que contraria a
posição do discurso interditado, proibido. A grande característica do discurso
normalizado é a sua posição rígida, contrária à subjetividade do discurso
interditado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O louco e o seu discurso<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
O banimento do discurso do louco
se caracteriza, então, em razão do louco apresentar um discurso muito repetido,
persistente e denunciador. Sendo assim, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a única saída que o discurso normalizado
encontra é de afastar o discurso do louco e o próprio louco através do
isolamento não dando a ele a liberdade de se expressar, lançando-o a um espaço
cerceado e inacessível. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por que isso? O
discurso do louco se repete, o discurso do louco é incontrolável e cuja
principal característica é o seu aspecto denunciante das verdades estratégicas
que foram construídas pelos discursos normalizados. O discurso do louco incomoda
o discurso normalizado já formatado e pétreo, porque vai de encontro às
verdades estabelecidas pelo discurso que interdita. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Vontade de verdade<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
A característica central da
vontade de verdade é que o discurso busca sempre uma construção estratégica de
uma verdade. A estratégia serve para reforçar e legitimar o discurso,
permitindo um instrumento essencial para a interdição da fala e o banimento de
certos discursos. A verdade interditada passa contrariar todos aqueles
discursos normalizados que sempre tenta desfazê-la. Se o discurso interditado
que é oposto ao normalizado traz um discurso distinto do normalizado ele é de
imediato refutado, negado, em razão do não alinhamento. É a partir daí que se
entende o que vem a significar o que é vontade de verdade. A vontade de verdade
constrói o seu discurso ludibriado, visando sempre legitimá-lo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A loucura em Foucault<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Foucault tenta mostrar na sua
história da loucura que a loucura não é um dado biológico, mas um fato de
cultura.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Se cada época tem uma visão o
que é um homem normal e o que é o homem louco à ação dos médicos sobre esses,
que eles denominam loucos tem muito a ver a com o seu contexto cultural. O que
se entende por normal em épocas diferentes?<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Foucault afirma que cada época tem uma visão das coisas de maneira
diferente. Nos tempos medievais muitas pessoas que nós os chamaríamos de
loucas, se estivessem no atual contexto de vida, com certeza elas seriam
medicalizadas, no período medieval tais indivíduos eram líderes. Líderes
messiânicos e conduziam multidões. Na Rússia no século XIX essas pessoas que
hoje são consideradas loucas eram vistas como aqueles quer tinham<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um saber esotérico, um saber diferente, um
discurso diferente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maneira de se entender o que é
um homem louco e um homem racional ganha o seu formato no período
renascentista. Todavia, mesmo ainda nesse período a loucura não é vista como
algo que deva ser banida, excluída.<span style="mso-spacerun: yes;"> A</span> gravura de Hieronymus Bosch <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O
Navio dos Loucos”</b>. <br />
<br />
<img alt="Resultado de imagem para navio dos loucos" height="320" src="https://velhocriterio.files.wordpress.com/2015/04/nave.jpeg?w=468&h=468" width="320" /><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1026"
type="#_x0000_t75" style='width:315pt;height:150.75pt'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Micro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.jpg"
o:title="o navio dos tolos"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na gravura se percebe que a
loucura não é uma coisa ruim.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A loucura
é uma das formas da razão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ver esta obra
e ver outras obras do Renascimento, como o Elogio a Loucura de Erasmo de
Rotterdam entenderemos que podemos aprender muito com a loucura e que todos
temos algo de louco que nos habita. No Renascimento a loucura era um espelho da
sociedade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir do século XVII as coisas
começam a mudar. É um período que pode ser nomeado de era cartesiana. O louco
nesse período passa a ser visto como aquele que está errado. A razão passa ser
idolatrada por ser ela que conduz o homem ao correto, ao certo, então o louco
passar ser aquele que não tem direito à verdade. Aqui, então, se percebe que
razão e loucura se distam. É neste século que os loucos começam a ser internados
em hospitais denominados psiquiátricos. Entre esses loucos eram internados os
homossexuais e alcoólatras vistos da mesma maneira, insanos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já no século XIX o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entendimento<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>que se tem sobre a loucura começa a mudar. O louco é visto como um
doente. A partir daí é dado a classe médica a capacidade de definir o que é
normal e o que é patológico e o dever de trazer o louco para a normalidade.
Aqui podemos então retomar o que já foi dito antes sobre o discurso interditado
e o discurso normalizado, de onde se conclui que o olhar sobre o louco, sobre a
normalização do discurso, depende da época e do contexto cultural em que se
vive. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Panóptico<o:p></o:p></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><img alt="Resultado de imagem para panóptico" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxK5qGF2AFsixGZTRBHx7mtKR7bnaF4iYVu90_MZ_fjgAEgWr_lY7xA8h1iJwB3we_3IjHxCppyUcfdPc0jPsLcm03Ywo5MqVMcoebqT9bnEC1fTuAYVDIkm7YzB2vQJnielHLaRds78Q/s320/panopticon1.jpg" width="320" /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shape id="_x0000_i1027"
type="#_x0000_t75" alt="Resultado de imagem para panóptico de bentham"
style='width:255pt;height:164.25pt'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\Micro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image005.jpg"
o:href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkk-ooemdhY8WmVUKZanWZk75CZ0pDjiDgV8JQsYrdagL_lWtYkW0WayhanvtHPbSQGwvQdlZrkV7s3fC-KPuHlNCBTS7wzPhCDJl4NE7eDQuYkunYKvB2DwJHAhhD8HIZ8fT9HUPd5Vk/s1600/Pan%25C3%25B3ptico.jpg"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Panóptico foi um conceito elaborado
por Jeremy Bentham no século XVIII para poder explicar de uma maneira ideal um
controle de um poder central sobre uma população a ela subordinada. Seria um
lugar onde o controle funcionava de ver sem ser visto, sendo que todas as pessoas
que estivessem no em torno dessa estrutura de poder poderiam ser vistas sem
ver. Tipo de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>modalidade com
características de poder absoluto. Foucault baseado na ideia de Bentham vai
explicar no seu livro Vigiar e Punir as várias maneiras de ter o controle sobre
o outro. E um das considerações é que o ser humano se encontra preso sob o
olhar dos outros. Diríamos que as câmeras BBB estão instaladas na realidade
social. O homem é um ser sob constante vigilância. E esse poder que é exercido
sobre o outro, começa dentro da própria família, ao que Michel Foucault chamará
de microfísica do poder. O ser humano sob constante observação é um indivíduo
punido, isso em razão de ter os seus passos continuamente vigiados. Tudo é
contabilizado e anotado sobre ele, tendo ele cometido alguma falta ou não. O
homem é prisioneiro do olhar alheio. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Escola e prisão<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Será que para o prisioneiro ser
acostumar na prisão ele teria que passar por uma escola que tivesse um formato
igual? Embora a escola seja um lugar de educação, onde os alunos interessados
em aprender, adquirirem conhecimentos, Foucault, se manifesta afirmando que o
sistema educacional, aprisiona o aluno. Ele não disse que a base da prisão é a escola. Em
nenhum momento afirmou isso. Mas que o sistema educacional num todo, apresenta
características aprisionadora. Por exemplo: os alunos nas escolas são
obrigados a usar uniformes, no presídio também.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os portões das escolas têm cadeados, assim como nos presídios também.
Nas escolas também têm grades separando os alunos de alguns lugares restritos,
assim também nos presídios.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nas escolas
têm horários separando disciplinas sempre com um tocar de sirenes, nas prisões
também têm campainhas para determinados momentos diferentes dos outros. Assim
como tem inspetores vigiando os corredores das escolas, há também nas prisões.
Na escola tem Diretor, nos presídios também. Embora na escola não tenha
solitária, muitas das vezes o aluno tem que ficar solitário em algum local da
escola como medida disciplinar ou solitário com o Diretor prestando<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>satisfação do seu feito indisciplinar. Há
alunos que pulam os muros da escola para não assistir as aulas, na<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>prisão também acontece isso, as chamadas
fugas de prisioneiros. Parece que o modelo prisional se assemelha à ideia de escola, todavia a diferença entre a escola e a penitenciária se
caracteriza que os presos cometeram delitos, crimes, e na escola a educação
deverá sempre contribuir com o desaprisionamento interno de cada aluno na
transmissão não só conteudista, mas de valores a serem refletidos à vida como
aspectos categoricamente libertadores. Nada neste mundo deverá ser feito sem
pensar num resultado que beneficie o outro. A educação na produção do conhecimento é o caminho para fazer homens livres. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-79679485545805627512018-04-27T16:47:00.000-03:002018-06-10T13:21:32.873-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibCBRCc0sJy1nA2y3K9OK8doD3_9ShWx1fM8WF55IghGPx08og-y5YwDj6vBYzaTBRPmNWFcUZ8cacpvH-cpMHfu-lIOWD1Y0mYlBqgjMT-p1ZMiauLH8-cv-RGbXjkjiq40c6T1B7sm8/s1600/Frase+Nietzsche+Schopenhauer+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Resultado de imagem para schopenhauer" border="0" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibCBRCc0sJy1nA2y3K9OK8doD3_9ShWx1fM8WF55IghGPx08og-y5YwDj6vBYzaTBRPmNWFcUZ8cacpvH-cpMHfu-lIOWD1Y0mYlBqgjMT-p1ZMiauLH8-cv-RGbXjkjiq40c6T1B7sm8/s320/Frase+Nietzsche+Schopenhauer+3.jpg" width="320" /></a><b style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> </span></b></b><b style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> </span><span style="font-size: large;"><span style="font-size: medium;"> </span><span style="font-size: medium;"> </span><span style="font-size: medium;"> </span></span><span style="font-size: large;"> </span></b></b><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%; text-align: left;"> </span><span style="line-height: 115%; text-align: left;">A</span><span style="line-height: 115%; text-align: left;">rthur Schopenhauer</span></div>
<b style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">"A vontade é um cego</span></b></b><br />
<b style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> robusto que carrega </span></b></b><br />
<b style="text-align: justify;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">um aleijado que enxerga" </span></b></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<b style="text-align: justify;"><br /></b>
<b style="text-align: justify;">O mundo é minha representação</b><span style="text-align: justify;">,” disse Schopenhauer.</span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">O que ele queria dizer com isso? Muito
provável que ele recorreu a uma distinção do filósofo Kant sobre a coisa </span><b style="text-align: justify;">em si</b><span style="text-align: justify;">, o </span><b style="text-align: justify;">noúmeno </b><span style="text-align: justify;">e a coisa </span><b style="text-align: justify;">para si</b><span style="text-align: justify;">,
o</span><b style="text-align: justify;"> fenômeno. </b><span style="text-align: justify;">Tanto Kant quanto Schopenhauer vão dizer que nenhum ser humano conhece a realidade </span><b style="text-align: justify;">em si</b><span style="text-align: justify;">. Não se conhece a realidade como
ela é.</span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">Todas as coisa que o ser humano
conhece está dentro da sua capacidade limitada de conhecer. Nenhum ser humano
conhece a estrela central do sistema solar, o Sol </span><b style="text-align: justify;">em si</b><span style="text-align: justify;">. Ele é inatingível e inalcançável. Tudo que se conhece são os
olhos que veem o Sol. Ou seja, o que é possível se conhecer do Sol. Tudo o que
se conhece é em razão das percepções, das ideias, do que a mente humana é capaz
de conhecer. Na verdade isso já está na física. Quando o sujeito interage com o
objeto, ou seja, com aquilo que ele quer conhecer, o sujeito acaba alterando
aquilo que deseja conhecer.</span><span style="text-align: justify;"> </span><span style="text-align: justify;">De onde se
concluiu que não se conhece o mundo </span><b style="text-align: justify;">em
si</b><span style="text-align: justify;">. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não se conhece o mundo como ele
é. Não se conhece o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">noúmeno</b> na
linguagem de Kant. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ser humano só consegue entender
as coisas dentro das categorias de tempo e espaço.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Importante ressaltar, aqui, que o tempo é uma
invenção, uma criação do homem. Então quando o ser humano tenta entender o
mundo, ele, o enquadra dentro da intuição tempo ou da intuição espaço. Então quando
se intui essas coisas do universo, ou tudo aquilo que é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em si,</b> elas são alteradas. Se elas são alteradas porque a vida
humana é fenomênica. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existe as coisas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em si</b>, a realidade como ela mesma, e
existe aquilo que o ser humano é capaz de compreender dessa realidade que é a
coisa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">para si</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os fenômenos. </b>O<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>ser humano
vive no mundo dos fenômenos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O ser
humano vive no mundo das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">representações</b>
e não no mundo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em si. </b>Mesmo quando o
homem pensa em si mesmo, ele está representando a si mesmo. O homem não conhece
a sua realidade. O homem é um ser <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em si</b>.
O homem quando tenta se conhecer, ele só conhece aquilo que ele é capaz de
conhecer de si mesmo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vivemos das
representações. Só que toda representação humana tem uma origem. Toda representação
tem algo que explica tudo. Algo que é inconsciente. A ideia de inconsciente
surge com Schopenhauer, depois é retomada por Freud. É na inconsciência que a
vida do homem é conduzida. Há algo que é inconsciente que rege as
representações humanas e esse é algo é a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vontade</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Vontade<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qual é o papel da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vontade</b> na filosofia de Schopenhauer? Toda
ação humana, todo pensamento humano, todo desejo humano está fora do controle
humano, embora ele pense que está tudo sobre o seu controle, mas não é isso.
Tudo o que se pensa, tudo que leva o homem a fazer se chama <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vontade. </b>Schopenhauer declarou que<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> “a vontade é um cego robusto que carrega
um aleijado que enxerga.” </b>A consciência humana é esse aleijado guiado pela
vontade, esta que lhe é inconsciente. Vamos lembrar algo declarado por um homem
que viveu no século primeiro da era crista, Paulo, o Apóstolo. Ele declarou que
fazia conscientemente aquilo que não queria fazer, ao dizer: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“O bem que quero fazer não faço, mas faço o
mal que não quero.” </b>Fica evidente que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vontade </b>que decidia por ele, não era ele, quem decidia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Schopenhauer compara o ser humano a um salmão
que sobe o rio e mata a si mesmo para se reproduzir. O homem faz coisas que ao
mesmo tempo são boas e ruins. Schopenhauer afirmou que a natureza é terrível
para o individuo e ótima para a espécie humana. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Schopenhauer compara até mesmo o casamento ao
salmão. Ele afirmou que o casamento é o martírio da reprodução. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O ser humano é guiado por uma vontade
irracional e desprovida de fundamento. No entanto, é esta vontade que guia os
passos humanos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É essa vontade que faz o
ser humano ser o que é. Schopenhauer também vai dizer que falar em vontade de
viver é um pleonasmo. A vontade é a própria essência da vida. Em razão de ela
ser a essência da vida o ser humano sempre estará buscando satisfazer essa
vontade. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Felicidade <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sendo o ser humano guiado pela
vontade como fica nesse sentido a felicidade? Schopenhauer compara a satisfação
da felicidade como a esmola que se dá para o mendigo. Há uma satisfação naquele
momento, podendo esta satisfação sobreviver por mais um dia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas a esmola não o tira daquela condição. Assim
é a felicidade para o ser humano. A vontade é satisfeita, mas nunca será
plenamente satisfeita. O sofrimento será sempre uma realidade para os homens. Sempre
que se busca a satisfação dessa vontade, ela será sempre e continuadamente
passageira e de vez em quando a infelicidade e a tristeza voltará. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Schopenhauer usa de uma metáfora
de um lugar perfeito, onde tudo fosse conseguido com facilidade e sem esforço. Mesmo
assim o homem se sentiria insatisfeito. O desejo humano gerado pela vontade
sente a necessidade de estar constantemente sendo renovado. Isso quer dizer que
o ambiente perfeito traria para o homem o tédio, insatisfação, desespero até
mesmo ‘o desejo ao suicídio.’ </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Como <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>evitar o sofrimento na compreensão de Schopenhauer? <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se o sofrimento é uma verdade, se
o sofrimento é uma realidade e a satisfação da vontade não é um maneira de aliviar
ou até mesmo impedir o sofrimento, o que deve o homem fazer? Schopenhauer baseado
na tradição budista encontra uma das melhores formas para a dor humana: O
homem, segundo ele, só conseguirá ter uma vida menos infeliz, se aprender a
sufocar os seus desejos. Por sinal isso será para Schopenhauer a verdadeira
ideia de liberdade que é contrária à satisfação de todas as vontades. Pois a
satisfação das vontades, segundo Schopenhauer, conduz o homem ao sofrimento. Liberdade
é aprender a sufocar a sua própria vontade, sendo uma maneira de se tornar
independente dessas coisas. Diz ele:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“È quase sempre preciso que grandes sofrimentos tenham quebrantado a
vontade para que a negação do querer possa produzir.”<o:p></o:p></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b>
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;">A declaração acima do Schopenhauer é muito difícil de concretização, em razão da vontade e desejo humanos serem quase narcísicos, mas não impossível.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-27277418918407366202018-04-20T19:02:00.001-03:002018-04-24T19:34:08.106-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b><span style="font-size: large;">Nietzsche</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Deus está morto! </span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">A oração ao Incompreensível!</span></b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpbJ6Mez2uj6EJ8SumcWLE6Yyl-u6Tn5VPNiezEMNpLcmDbGjYggzLiSebNOD4SALjJ1s0nYd7UIuCPstI6lR1vcP0dnfSsV7eLDQ2zIr8b_gsfhlfy8aDwBG6r-Na7kJLbySIwy6lPfqv/s1600/Nietzsche.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="220" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpbJ6Mez2uj6EJ8SumcWLE6Yyl-u6Tn5VPNiezEMNpLcmDbGjYggzLiSebNOD4SALjJ1s0nYd7UIuCPstI6lR1vcP0dnfSsV7eLDQ2zIr8b_gsfhlfy8aDwBG6r-Na7kJLbySIwy6lPfqv/s320/Nietzsche.jpg" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
Nietzsche
foi um filósofo da desconfiança. Desconfiança das afirmações que para ele tinha
um tom de suspeição. Ele desconfiava das convicções, das afirmações categóricas
sobre as coisas, das crenças, ou seja, suspeitava de tudo aquilo que se
acredita. A natureza humana a qual ele se inclui, era um dos grandes motivos de
desconfiança e suspeição. Diferentes dos filósofos dogmáticos que chegam às
verdades definitivas, o pensamento de Nietzsche é profundamente experimental.
Ele coloca os pensamentos sob suspeita e investigação, assim sendo, até o seu
próprio pensamento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A cada conclusão atingida, ele precisava desconfiar dela para poder prosseguir. Aqui, talvez pareça que possamos exemplificar com o pensamento de Edgar Morin que <b>“todo saber é transitório.”</b> Logo, as afirmações de agora, não serão as afirmações do depois.
Aquilo que se afirmava ser visto como antagônico ao outro, em Nietzsche não há dualismo. Os conceitos de certo e errado, sim e não, verdadeiro e falso são maneiras que se tem de separar. Na verdade, esses termos são inseparáveis, caminham juntos, um também é o outro.</div>
<br />
O que era a vida para Nietzsche? Partindo do filósofo pré-socrático Heráclito que afirmou que <b>“não se pode banhar na água do mesmo rio suas vezes”</b> tudo é movimento, assim era a vida para Nietzsche. A vida é impermanência. A vida não é estática. A vida não é uma coisa que se tem, que se possui. A vida é um processo que nos leva a mudar de estado, permanentemente, a vida é luta. E a luta não é externa, entre as pessoas que estão ao redor, mas uma luta interna.
Ao olharmos para as funções da fisiologia humana, as lutas que os glóbulos brancos travam no interior do organismo para defender o corpo de invasores estranhos. É uma também a luta que se tem contra os nossos impulsos. Com qual objetivo? Nenhum. Isso em razão das várias resultantes que se obtém, nunca sendo as mesmas. Isso é viver, não tendo como ter controle absoluto sobre nada na vida.<br />
<br />
A vida não é dogmática. A vida é oscilação. E a razão onde fica? Ela não fica em lugar nenhum. A razão está inserida nos impulsos, nas paixões. Isso fica fácil de ser entendido, em razão do ser humano ser uma multiplicidade, a exemplo das funções que cada órgão tem no corpo. Nesta forma de perceber, entendemos que as coisas agradáveis e desagradáveis estão muito juntas, muito imbricadas.
O ser humano é um ser plural, jamais singular. Um dos poemas de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, lemos: <b>“Vivem em mim inúmeros.”</b> Esta a ideia está presente no filósofo Nietzsche. Há um episódio bíblico que Jesus pergunta a um homem que havia saído do cemitério qual era o seu nome o que este respondeu, dizendo: <b>“Meu nome é legião porque somos muitos.”</b> Há no ser humano um albergue, onde habita várias vozes.
A vida é holística não há separações. Os múltiplos se intercambiam, se comunicam entre si continuamente. Há uma tessitura muito arraigada, coesa, uma urdidura permanente. Mas quando alguma coisa se altera nesse holismo, altera todo o resto, tudo se modifica, gerando uma certa desordem. E isso se aplica a tudo na vida e como ela é.
Deus está morto.
<br />
<br />
Nietzsche vem de uma família luterana tanto da parte do pai, como por parte da mãe. O pai morre bastante jovem aos 36 e Nietzsche se vê em certo momento destinado a ser pastor como o pai. A viúva, junto com Nietzsche e a sua filha Elizabeth se mudam da paróquia onde moravam para um outra cidade, onde estão estabelecidas a família da mãe de Nietzsche. Ele então foi estudar numa escola bastante renomada e aprende toda uma cultura humanista, aprende grego, latim, literatura e tudo aquilo que envolve o conhecimento. Aprofundou-se em filologia e estudou muitos textos gregos antigos. Abandonando muito depois a filologia passou a estudar filosofia e a se identificar muito com ela. E a partir desse momento ele se assume como filósofo.
No seu livro A Gaia Ciência Nietzsche declara que Deus está morto. E o que significa isso? O filósofo pré-socrático Tales de Mileto, século VI antes de Cristo, afirma que “tudo está cheio de deuses”. A partir daí, a partir dessa reflexão, ao ler muito os pré-socráticos, Nietzsche chega a conclusão que Deus está morto. Como assim?<br />
<br />
O pensamento platônico vai introduzir duas realidades de mundo. Um mundo que somos obrigado a viver e o mundo das ideias. Um é o mundo sensível e o outro o mundo das idealizado. Assim, no entender de Nietzsche, o cristianismo é um platonismo para o povo. Ele percebe que o "Deus" da religião é sem vida. É uma construção no imaginário humano, já dizia Feuerbarch.
O cristianismo, enquanto religião trouxe uma grande desgraça ao entendimento de muitos. A religião cria um “Deus” a sua imagem e semelhança. E esse “Deus” criado pela religião está cheio de dogmas, carregado de interdições, um “Deus” fraco um “Deus’ que precisa morrer mesmo.<br />
<br />
É justamente este “Deus” que Nietzsche matou. Todavia o Deus de sua fé foi revelado na sua oração Ao Deus Desconhecido:<br />
<br />
<i>Antes de prosseguir no meu caminho </i><br />
<i>E lançar o meu olhar para frente </i><br />
<i>Uma vez mais elevo, só, minhas mão a Ti, </i><br />
<i>Na direção de quem eu fujo. </i><br />
<i>A ti, das profundezas do meu coração, </i><br />
<i>Tenho dedicado altares festivos, </i><br />
<i>Para que em cada momento </i><br />
<i>Tua voz me possa chamar. </i><br />
<i>Sobre esses altares está gravada em fogo</i><br />
<i> Esta palavra: "ao Deus desconhecido" </i><br />
<i>Eu sou teu, embora até o presente </i><br />
<i>Me tenha associado aos sacrílegos.</i><br />
<i> Eu sou teu, não obstante os laços </i><br />
<i>Me puxaram para o abismo. </i><br />
<i> Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te. </i><br />
<i>Eu quero te conhecer, ó Desconhecido! </i><br />
<i>Tu que me penetras alma </i><br />
<i>E qual turbilhão invades minha vida.</i><br />
<i> Tu, o Incompreensível, meu Semelhante. </i><br />
<i>Quero te conhecer e a Ti servir. </i><br />
<br />
Friedrich Nietzsche (1844-1900) em Lyrisches und Spruchhaftes (1858-1888). O texto alemão pode ser encontrado em Die schonsten von Friedrich Nietzsche Taschenbuch, Zurich 2000, 11-12 ou em F. Nietzsche Gedichte, Diogenes Verlag, Zurich, 1994.
</div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-32998447899133126062018-04-20T10:18:00.001-03:002018-05-11T15:44:32.535-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">Existencialismo de Heidegger (Filósofo Alemão 1889)</span></b><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFQRyA1QxjG-3fFCvyNSK6UiDkgSt4_CdBIG-qhBcdBiYZvjSUIE-sM8G4OegGlkk4SBt1GzHltmfE8zwn5LDCTf3GBWgFuv1UjusrUyI2tJM4RfklSxfzHtROnZf1XvNw1txNXkCfIvVi/s1600/martinheideggercc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFQRyA1QxjG-3fFCvyNSK6UiDkgSt4_CdBIG-qhBcdBiYZvjSUIE-sM8G4OegGlkk4SBt1GzHltmfE8zwn5LDCTf3GBWgFuv1UjusrUyI2tJM4RfklSxfzHtROnZf1XvNw1txNXkCfIvVi/s1600/martinheideggercc.jpg" /></a><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O filósofo alemão Martin Heidegger<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é um<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>pouco complexo nas suas abordagens filosóficas, contudo tentaremos
explicá-lo de maneira a mais didática possível.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Martin Heidegger foi membro do
partido nazista, um filósofo muito respeitado, cuja principal obra dele é o Ser
e o Tempo que vamos analisar aqui algum de seus aspectos filosóficos. No
entanto, antes de falar sobre o Ser e o Tempo há pergunta que precisa ser
feita: O que é metafísica? A metafísica de Heidegger é diferente do filósofos,
tais como: Platão, Aristóteles, Descartes, que basicamente seria aquilo que
está distante do mundo físico, aquilo que se encontra no mundo das ideias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b>Existencialismo</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Às vezes ouvimos a pessoas
dizerem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que estão numa crise existencial
muito grande. É bem essa a ideia. O existencialismo é uma corrente que trabalha
a partir do homem com a sua relação como o mundo, com a sua relação com ele
mesmo e com o seu interior. O existencialismo, portanto, se liga muito aos
problemas que o homem vive no seu mundo exterior, na sociedade e que o afeta
bastante. E aí? Qual é a causa de tudo isso que acontece ao homem enquanto ele
vive?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O existencialismo não irá trazer
resposta de autoajuda, pois esse tipo de coisa não faz parte da filosofia, mas
vai tentar explicar sobre aquilo que torna a vida do homem angustiante. Martin
Heidegger é um entre outros filósofos que vai explicar, através de uma
abordagem, muito própria, o porquê do tédio e da angustia humana.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Só que agora surge outra pergunta
que nos aponta para o pensamento heidergganiano: Por que há algo no lugar
do nada?<span style="mso-spacerun: yes;"> S</span>obre esta pergunta vamos identificar duas palavras: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b>Há</b> – Ser – é o que precede a
existência</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Alg</b>o – Ente – é o que se
apresenta<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <b>Ser </b>precede<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a existência e precede o<b> Ente.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Heidegger contraria o
entendimento de alguns filósofos que dizem que o <b>Ser</b> é um <b>Ente</b> a mais. Como
percebemos ele separa essa ideia. Tais filósofos para ele não entenderam a essência do <b>Ser</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que é o <b>Ente</b>? É aquilo que se
apresenta. Exemplos: o relógio no nosso pulso, a caneta, o homem, a mulher, o
gato, o cachorro etc,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tudo aquilo que se
apresenta materialmente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é o <b>Ente</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como se estuda o <b>Ente</b>? O ente é
estudado de maneira científica. É um estudo ôntico. O ôntico é o existente
múltiplo e concreto. Há coisas também
que não vemos, mas que interferem nas nossas relações , como humanos, como por
exemplo a gravidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Um cachorro, enquanto ente. Vamos
fazer um estudo científico sobre o cachorro. A gente abre o cachorro e
analisamos nele os seus sistemas, fisiologia ( funcionamento dos órgãos).
Fazendo assim desvendamos as características do ente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b>Ser</b> – A filosofia de Heidegger
diz que precisamos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos avizinhar do <b>Ser</b>.
Para superarmos uma metafísica tradicional, precisamos nos aproximar de uma
metafísica subjetiva. Aquela que eu me aproximo do ser.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aquela que eu experimento o <b>Ser.</b> Só que este
ser é um pouco confuso e difícil de nós encontrarmos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Se o <b>Ser</b> é aquilo que precede a
existência, o <b>Ser</b> tem uma natureza filosófica. A ciência não consegue explicar
o <b>Ser</b>, mas a filosofia, sim. Então qual pergunta faria sobre o cachorro? O que
esse cachorro está fazendo aí? Esta pergunta é do filósofo e não da ciência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O estudo do <b>Ser</b> é um estudo
ontológico.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nós temos uma necessidade de
saber, de compreender o <b>Ser</b>, a sua causa. Mas se perguntarmos e buscarmos
através da metafísica de onde veio esse cachorro, qual a resposta que vamos
ter? Ele veio do cruzamento de um cachorro e uma cadela. E esses cães que
cruzaram, de onde vieram? de um cruzamento de outros cães anteriores a eles. E
assim vai até chegarmos em Deus. Na filosofia, de Platão, de Aristóteles,
Descartes, vamos encontrar como a origem de tudo, o primeiro motor, Deus. Sendo
assim nós estaríamos diante de um estudo onto-teológico que não satisfaz o
Heidegger. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Heidegger quer se aproximar do
<b>Ser</b>, se avizinhar do <b>Ser</b>. Ele quer viver o <b>Ser</b>, enquanto experiência. Nessa
busca de se aproximar do <b>Ser</b>, surge a necessidade da reflexão. Todavia, devemos
considerar que a sociedade na qual vivemos é uma sociedade muito voltada para a
técnica, muito voltada para a coisificação (res), muito voltada para a
manipulação ( o homem manipula tudo a seu favor, inclusive o próprio homem).
Esses três exemplos fez do homem muito utilitarista e banido da reflexão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isso quer dizer da dificuldade que o homem
tem de refletir o ser, de refletir aquilo que está além do <b>ente</b>, aquilo que
precede o <b>ente. </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aquelas resposta que procuramos
para atender as demandas das crises existenciais no homem estão no<b> Ser</b>.
Contudo, não conseguimos nos aproximar do <b>Ser</b>, isso em razão da capacidade de
reflexão do homem está sendo banida, por aquilo que a <b>Escola de Frankfurt</b> vai
chamar de razão instrumental, ou seja, a razão que só utilizamos como meio,
como instrumento para atingir um determinado resultado. Isso se relaciona coma
ideia do utilitarismo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Heidegger quer superar a ideia da
metafísica. Ele quer explicar a existência do <b>Ser</b>, não por meio da existência
de Deus, nem de forma científica.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ele
quer ir além disso. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Heidegger então percebe que esse
utilitarismo faz com que as coisas façam partes de cadeias utilitárias.
Exemplo: Para que serve um livro? Qual a utilidade dele? Um livro serve para
ler. Para que eu leio? Eu leio para me instruir. Instruir-me para quê? Para
trabalhar? Trabalhar para quê? Obseve que a ideia de livro está numa cadeia
utilitária. O livro é um <b>ente</b> dentro de uma cadeia utilitária.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando a coisa está diante de uma cadeia
utilitária essas perguntas não têm fim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As cadeias utilitárias para o
Heidegger que são responsáveis para que exista o tédio que vai contribuir com
as crises existências.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O <b>Ser</b> desaparece
na cadeia utilitária. É um mero <b>ente</b>. Como quebrar essa cadeia utilitária?
Quando quebramos, rompemos com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a cadeia
utilitária, ainda que seja em segundos, o <b>Ser</b> aparece.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Imaginemos num almoço onde
há<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>muita comida e dentre os vários
alimentos expostos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>há também uma
travessa de maionese.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um dos convidados,
aproveitando a distração de muitos que ali estavam, mergulha um chocolate na
maionese.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por que essa pessoa faria
isso? Naturalmente, se alguém encontrasse esse chocolate iria perguntar o que
ele estaria fazendo dentro da maionese. Se for respondido sobre o chocolate numa cadeia utilitária, será dito
que ele é doce, ao leite, saboroso, etc, isso é entediante , porque a resposta
está numa cadeia utilitária.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas ao
encontramos um chocolate no fundo de uma travessa de maionese, a cadeia
utilitarista foi quebrada.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O chocolate
apareceu de uma outra forma.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Foi gerada
em torno do chocolate uma surpresa. Nesse momento que o chocolate surge no meio
da maionese, não percebemos tão somente o <b>Ente</b>, mas alcancei e me avizinhei do
<b>Ser.</b><br />
<br />
Cabe aqui a pergunta: <b>Por que há algo no lugar do nada?</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa surpresa em identificar o
chocolate dentro da maionese nos trará um breve momento de alegria. Ou seja, a
busca pelo <b>Ser</b>, a busca pela compreensão do <b>Ser</b> nos traz momentos de alegria e
aí conseguimos com essa ideia do tédio. A necessidade que se tem de conhecer o
<b>Ente</b> e o <b>Ser</b> é superar a metafísica tradicional e de alguma maneira romper com
o tédio que nos gera crises existenciais, nos aproximando do ser. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Heidegger fala também sobre a
angústia. Ele declara que se a pessoa não sabe o que veio fazer no mundo, não
conseguirá viver de maneira feliz, digna. Isso, em outras palavras gera
angústia . A angústia existe porque tudo o que vemos no mundo nos leva a
incertezas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Toda a paisagem que nos parece
sempre tem fundos e mais fundos em torno daquela realidade. A vida em si
promove muitas inseguranças, além das inseguranças e incertezas ela me traz
valores complexos, ficando muito difícil tomar a decisão correta. Muito difícil
saber o que é certo ou errado no memento da decisão a ser tomada. Isso nos gera
angústia.<br />
<br />
A angústia nos segue ao longo da vida e ela está aliada as decisões
que precisamos tomar. Todavia há um determinismo do mundo natural. Por exemplo,
uma mangueira dará manga e a manga madura irá cair, não tem como ser diferente.
É um determinismo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A fruta que caiu está
ligada a árvore. Temos aí uma cadeia de dependência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já nós seres humanos com o uso do
livre arbítrio podemos diminuir a angústia, embora ela sempre vá existir, mas
através do livre-arbítrio podemos nos avizinhar do ser, nos aproximarmos dele.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Em 1927 Heidegger lança o seu
livro <b>O ser e o Tempo</b>. Neste ele faz umas abordagens interessantes:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O humano enquanto <b>Ser</b>, não como
<b>Ente.</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
O <b>Ser aí</b> – A pessoa nasce coma
necessidade de saber onde está pisando. Ou seja o que ele veio fazer no mundo.
Essa é uma necessidade que todos nós temos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O <b>Ser aí</b> é uma abordagem reflexiva que vai de encontro com as posições
utilitaristas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><br />
<br />
No <b>Ser aí</b>, a pessoa nasce
e se questiona procurando um sentido para a sua existência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
O<b> Ser para o outro</b> – Aqui se dá
as relações interpessoais nas relações e morais e éticas uns com os os outros. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<b>Ser para a morte</b> – Não há outro
caminho para o <b>Ser</b> senão o final de tudo, da sua existência aqui. A morte é a
coisa mais concreta e segura que temos no caminhar em direção ao momento
derradeiro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A morte é o mais provável
para o <b>Ser</b>, é o mais possível para o <b>Ser</b>.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-35104264433017269922018-04-20T10:06:00.002-03:002018-10-08T09:14:05.865-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;">Édipo somos nós!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYEkbC6SLj1pvJXujYlz8gxaELDGctAfpwE6nAwg7VHtb1zv5vDJpCF2JBu5xZLPn23j8k-RK-gxyqqmd1rbmw0xMsSJOWCy_eoipmwYj75T6I7Vhr4iG5wmzZs1Q0XFICYRyfOINSHTD0/s1600/%25C3%2589dipo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #444444; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYEkbC6SLj1pvJXujYlz8gxaELDGctAfpwE6nAwg7VHtb1zv5vDJpCF2JBu5xZLPn23j8k-RK-gxyqqmd1rbmw0xMsSJOWCy_eoipmwYj75T6I7Vhr4iG5wmzZs1Q0XFICYRyfOINSHTD0/s320/%25C3%2589dipo.jpg" style="background: rgb(34, 34, 34); border-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Sófocles foi um dramaturgo grego, um dos mais importantes escritores de tragédia ao lado de Ésquilo e Eurípedes. Sófocles, então que vai escrever uma versão sobre o Complexo de Édipo e Freud vai trazer, através desse mito, dessa tragédia do Édipo Rei (oidipus rex), uma contribuição valiosa à psicanálise.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Tentaremos elucidar o que é homólogo na tragédia de Édipo com o percurso de uma análise. Para isso precisaremos aqui dar uma abertura maior a fim de que se entenda que o acontecimento em Édipo é um efeito de acontecimentos anteriores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Lábdacos foi pai de Laios e Édipo, filho. Então vemos que Lábdacos foi avô de Édipo e o Laios o seu pai. Faz-se necessário voltar para algumas gerações. Vamos localizar aquele que é o pai de Édipo e o pai do pai de Édipo, visando assim perceber o que vem acontecendo nessa trajetória até chegarmos no Édipo Rei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Lábdacos em grego significa o <i>coxo </i>e Laios em grego significa o <i>torto</i> e Édipo (oidipus) em grego é aquele que tem os <i>pés inchados</i>. A partir do significado dos três nomes compreendemos que esses homens tem um andar dificultoso, claudicante, um andar trôpego, um andar labiríndico, um andar manco. Um andar que dá mancadas. Então poderemos já ir percebendo que o Édipo é aquilo que nos pega pelo pé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Lábdacos morreu por reprimir o culto a Dionísio. Na mitologia grega, Dionísio era o deus do vinho, pois possuía os conhecimentos e segredos do plantio e colheita da uva. Possuía também os segredos da produção do vinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">O culto a Dionísio ocorreu em várias regiões da Grécia Antiga, chegando até Creta. Eram grandes festas ou encenações teatrais. A alegria, os prazeres da vida e os efeitos do vinho eram temas recorrentes nas festividades dionisíacas relacionadas ao prazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Na mitologia romana Dionísio era conhecido como Baco. De onde se origina a palavra bacanal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Laios ainda muito criança, com a morte de seu pai Lábdacos é criado pelo seu tio lipous, provavelmente era uma pessoa obesa, em razão do seu nome parecer ter o significados na sua raiz de <b>lip</b>ídios, gordura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Lipous por pertencer a dinastia e em sua luta pelo poder acaba sendo morto. Laios que ainda será o pai de Édipo é levado rapidamente para outra região que é a Frigia, hoje a Turquia. Lá neste novo reino Laios é criado pelo Rei da Frigia chamado Pelops. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Mais tarde esse Rei tem um filho com uma ninfa e esse menino é chamado de Crisipos. Este menino quando chega na sua adolescência passa ter como o seu professor, Laios. Em determinado momento Laios se apaixona por Crísipo nada que se torne escandaloso àquela época. Há todo um contexto antropológico cultural, fazendo parte da realidade daquela sociedade a relação entre iguais. Todavia, Pelops que confiou o seu filho a Laios ao saber que o seu filho Crisipos foi raptado por Laios para fins libidinosos, lança uma maldição: “Se tiveres um filho ele te matará e toda a sua descendência desgraçada será.” Laios ao ser amaldiçoado se dirige para Tebas onde fixará residência. Em Tebas ele se torna Rei. Ao assumir o trono Laios realiza bodas com Jocasta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Ao consultar os oráculos Laios é avisado que ao estar em para Tebas deve se manter protegido em sua autonomia e promissora nas decisões politicas, ele (Laios) não deveria ter nenhuma descendência. Tanto Laios quanto a Jocasta tinham muito cuidado, evitando uma possível gravidez. Só que um dia Laios ficou bêbado com o vinho (aspecto Dionísico ) e através do efeito etílico, ele se descuida, engravidando Jocasta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">É aí que nasce Édipo. Laios temendo que a maldição sobre o filho que ao chegar a idade adulta o mataria, Laios enfia um ferro no pé da criança (Édipo) e dá ordem a um dos seus funcionários, um serviçal para matar a criança e larga-lo no monte abandonado a sua própria sorte. Esse serviçal fica sensibilizado encontra com outro serviçal de outra região que é Corinto e entrega a criança para esse serviçal que era um pastor. Este pastor ao ver o menino com o pé atravessado por um ferro ele o nomeia esta criança por Oidipous (aquele que tem os pés inchados). É a partir daí que a história de Édipo começará a fazer sentido através de um outro que o precede. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">A tragédia de édipo tem tudo a ver com o percurso dos acontecimentos que o antecederam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Édipo é levado para Corinto pelo pastor que ficou sensibilizado com o sofrimento da criança a entrega a um casal que cuida dele. Certa ocasião, Édipo já adulto, participando de um banquete ele escuta de um indivíduo que estava bêbado que ele, Édipo (Oidipous) era<i> lastós</i>, ou seja, ele era uma fraude, falso, sem legitimidade. A partir daí ele fica incomodado com essa insinuação, então ele procura saber quem ele é. Quem sou eu? Pergunta édipo a ele mesmo. Provocado por esta indagação ele se dirige para o oráculo de Delfos. O oráculo ao responder, escandaliza até mesmos os lideres religiosos, presentes. Édipo escuta que ele mataria o seu pai e se uniria num intercurso sexual com a sua mãe. Ele ao saber disso, se agita, se perturba em si mesmo, evitando retornar para a cidade de Corinto. Oidipous (Édipo) evita Corinto para fugir de seu destino. O interessante é que quanto mais ele foge do seu destino ele vai cada vez mais ao encontro do mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Em Corinto, ele se depara com um grupo de pessoas que vinham em suas carruagens, respectivas, e numa encruzilhada, há uma discussão que chegam as vias de fato. É nesse exato momento que Édipo mata Laios o seu pai. Após esse ato Édipo se refugia nas montanhas. Depois de algum tempo nas montanhas ele vai para Tebas. No caminho ele tem outro tipo de encontro. Agora indo para Tebas ele tem outro encontro. Ele agora se encontra com a Fix ( esfinge). Fix é derivado de um verbo grego que significa asfixiar. Ninguém, jamais passaria pela esfinge se não fosse capaz de decifrar o enigma proposto por ela, do contrário ela mataria as<b>fix</b>iados todos aqueles que não decifrassem o seu mistério enigmático. Percebemos que o caminhar de uma análise tem a ver com o itinerário que conduz um encontro com a esfinge.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">O encontro de Édipo com a esfinge é o encontro com aquilo que asfixia, sufoca, tira a capacidade de respirar. Ninguém nunca havia conseguido responder ao enigma da esfinge, o que se conclui que todos foram asfixiados por ela. A maneira da esfinge falar é obscura, abscôndita, de difícil acesso. Em razão disso que ela propõe o enigma para Oidipous:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">O que é que tem dois pés sobre a terra, quatro pés e três pés e um nome só? Ou numa outra versão: O que é que de manhã anda de quatro pés, à tarde com dois pés e à noite com três pés? Oidipous consegue responder ao dizer que a resposta é o homem. Ele soluciona o caminho bloqueado, a esfinge sai do seu caminho e ela se lança no precipício. Mas Oidipous ao responder, o homem, ele está falando de si mesmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Quando a esfinge faz a pergunta ela fala sobre Tretrapous (quatro pés), depois Dipous (dois pés) e finaliza com Tripous ( três pés), a sonoridade dessas palavras tem a ver com Oidipous, porque a esfinge o inseria na pergunta. No processo analítico o interessante é conseguir se achar na pergunta. Quando Oidipous responde ser o homem a resposta dele está falando do próprio sujeito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Há uma pergunta feita por vários sujeitos a um Rabi sobre uma determinada mulher, flagrada, adulterando: “E tu o que dizes?” Observe que eles não se percebem na pergunta. A resposta do sábio Rabi fez com eles se vissem inseridos na pergunta, ao dizer: “Se vocês não tem o pecado dela atirem a primeira pedra.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Retomando o caso Oidipous, ele é o sujeito que se depara com o discurso do seu inconsciente, fazendo ele perceber que a sua resposta tem a ver com ele mesmo, ao conseguir se ouvir tanto na pergunta quanto na resposta. O dizer sobre o sujeito está proposto em meio às perguntas, importando que o sujeito se escute em meio ao discurso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Finalizando, concluímos em dizer que numa análise é importante observar a relação do sujeito no encontro com o outro ou outros, da mesma maneira daquele outro ou daqueles outros que precederam a Édipo. Na relação com o outro tem uma relação com a “esfinge”, isto é uma relação com o enigma a ser percebido pelo próprio sujeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: #141414; color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-3515792841243229572018-03-15T16:00:00.000-03:002018-04-20T10:07:30.932-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-9063808979099287932018-03-01T09:49:00.001-03:002018-03-15T16:22:56.627-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">O Pavor
Colesterol<o:p></o:p></span></b><br />
<img alt="Resultado de imagem para colesterol" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQuNYhjXHzUgRyxScZ7KgpSu7Ev8HCU6nYHjKYtlIuVuvjrC_5U" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 107%; margin-bottom: 8.0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Antes de mais nada
fica aqui a informação que não sou médico nem nutrólogo. O artigo aqui escrito
é resultado de pesquisa escrita e também, resultado de alguns vídeos
assistidos, de algumas autoridades no assunto, que trazem ao lume, informações
importantes à saúde humana, até então desconhecidas, e que em algumas
situações, parece terem sido passadas de maneira errada por profissionais da
área de saúde ao público assistido de maneira geral. Todavia, jamais estaria
aqui com a intenção de discutir assuntos da ordem médica, como da medicina
tradicional, por eu não ter cursado uma faculdade de medicina e também não ter
feito uma faculdade de farmácia, não ter estudado nutrologia. Longe, de mim, tais
pretensões para com aqueles que estudaram tantos anos, e se dedicaram muito e
com determinação, ao propósitos de serem os profissionais formados e que
merecem todo o reconhecimento e respeito nas funções que exercem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Abaixo se encontram
os vídeos com informação sobre o texto que se segue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ao fazermos alguns
esclarecimentos sobre o assunto, precisamos, desde já, saber o que é
colesterol. O que é o colesterol? Respondendo o que ele não é, saberemos o que
ele é. O colesterol não é gordura. O colesterol não é produzido a partir de
gordura, mas é produzido a partir do Acetil CoA .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando analisamos
bioquimicamente a formação endógena de colesterol verificamos que grande parte
é produzida através de uma substancia denominada acetil- coa. Mas de onde vem o
acetil-coa? Vem justamente do metabolismo da glicose, ou seja, do carboidrato e
é justamente aí que mora o perigo. Hoje sabemos que o grande vilão da história
é justamente os carboidratos refinados que ingerimos exageradamente. São eles
os grandes culpados pelo excesso de peso, pelo diabetes tipo II, pela
dilslipidemia e pela formação de placa de aterosclerose, declaração da Dra
Liliane Lemesim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O colesterol é um
lipídio, toda gordura é lipídio, mas nem todo lipídio é gordura. É assim com o
colesterol. Mas então o que é o colesterol? O colesterol é um esteroide. O que
são os esteroides? São hormônios e enzimas que interagem, cuja interação
resulta na manutenção da vida. Os esteroides são hormônios produzidos pelo
córtex da suprarrenal responsável por inúmeras funções no organismo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O colesterol deriva de uma substância chamada
ciclopentanoperidrofenantreno que não tem nenhuma gordura, não possui nenhum
ácido graxo na molécula que o identifique como gordura. Por definição, o
colesterol, é um álcool policíclico de cadeia longa, usualmente considerado um
esteroide, encontrado nas membranas celulares e transportado no plasma
sanguíneo de todos os animais. É um componente essencial das membranas
celulares dos mamíferos. Esta é a definição que você encontra na Wikipédia.
Perceberemos durante a leitura deste artigo que o colesterol é mais amigo do
que inimigo. É mocinho e não bandido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A informação
tradicional parece ter assustado muitas pessoas por atribuir ao colesterol um
perigo à vida humana, demonizando-o. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Numa vila Localizada
em Massachusetts chamada de Framingham onde foi feito um dos maiores estudos de
cardiologia do mundo, descobriu-se que as pessoas que morriam com infarto agudo
do miocárdio tinham a taxa normal de colesterol ou colesterol baixo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Qual seria a explicação para isso? O que é
isso que se tem aprendido colocando o<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>colesterol como vilão? Ainda que o colesterol seja encontrado na
"cena do crime", não significa dizer que ele é o responsável pela
morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Como já disse o
reconhecido médico cardiologista e nutrólogo, Dr. Lair Ribeiro: "O fato
das pessoas solidárias com um carro em chamas na estrada, e cada uma delas
estão com extintores, não significa que elas incendiaram o veículo. Assim é o
colesterol que parece junto a artéria obstruída. Ele está ali para
ajudar". <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O que faz o
entupimento das coronárias? A artéria,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>no seu interior é formada por uma camada única de células chamada de
endotélio. O endotélio de maneira silenciosa e crônica, inflama. Vale ressaltar
que a palavra crônico vem de "chronos" do grego que significa tempo.
O colesterol que aparece na cavidade da artéria é para ajudar como um
anti-inflamatório, para corrigir o que está acontecendo por um determinado
período, por um determinado tempo. Só que neste momento aparece na cavidade da
artéria, macrófagos, cálcio, plaquetas e aí vai se formar a placa aterômica. Se
a artéria não estiver inflamada pode passar por ali grandes quantidades de
colesterol que não acontece nada a ela. Sendo assim, o colesterol nunca foi
responsável por lesões arteriais, muito menos pelos infartos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O órgão que mais
produz coletsterol é o fígado. 90% do nosso colesterol é formado neste órgão.
somente 10% do colesterol provém de fatores ligados à alimentação. O colesterol
não vem das gorduras. As gorduras não geram colesterol. o que faz o figado
produzir mais colesterol, além dos 90% são os carboidartos. As massas, os
doces, açucares, farinha refinadas, levam o aumentam do colesterol e a
inflamação do endotélio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O colesterol é tão
importante para a saúde que as membranas celulares (lipoproteinas) são feitas de
colesterol. Grande parte do cérebro é formado por colesterol. A mielina dos
nervos são formado por colesterol. Os hormônios esteróides são formados pelo
colesterol. A vitamina D é feita a partir do colesterol.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo alguns
médicos nutrólogos há um perigo muito grande com as novas diretrizes que baixam
o colesterol, a níveis toleráveis através de informações equivocadas,
atribuindo-as como corretas. Por exemplo uma pessoa idosa não deve ter o nível
de colesterol baixo. Um idoso com colesterol baixo entra demência precoce, Vai
perder a memória, vai entrar em depressão profunda e o índice de suicídio com o
colesterol baixo é muito alto. A estatística afirma que morre mais idoso com
colesterol baixo que com colesterol alto, afirmam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span>LDL e HDL<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">LDL é a sigla de Low
Density Lipoproteins, que significa lipoproteínas de baixa densidade, também
chamado de "mau colesterol". O LDL transporta o colesterol do fígado
até às células dos tecidos e favorece o seu acúmulo nas paredes internas das
artérias, diminuindo o fluxo do sangue, estando diretamente relacionado a
doenças cardíacas. O LDL tem mais gordura que proteína. Mas como é mau
colesterol se precisamos de colesterol nos tecidos e é ele que faz esse
transporte?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Lair Ribeiro afirma
que há onze tipos de LDL: moléulas grandes, médias, pequenas e as muito
pequenas. Desses onzes tipos só dois poderiam ser chamados de ruins. São os
muitos pequenos e pequenos. Eles oxidam mais e pentram mais na camada do
endotélio.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os nove tipos de LDL não são
ruins, são bons.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Dr. Marcos
Natividade médico cardiologista e ortomolecular afirma numa entrevista (vídeo
abaixo)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>"não existe colesterol
ruim", baseado numa informação passada por um bioquímico que foi o seu
melhor da área professor na faculdade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O Dr. Lair Ribeiro
declara que não há diferença entre o HDL e o LDL. A diferença se encontra na
veiculação proteica. O LDL veicula o colesterol do ficado para o corpo,
enquanto o HDL do corpo para o o fígado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O LDL pode ser bom,
afirma. Às vezes a pessoa está com o LDL elevado, mas dependo do tipo de LDL
(são onze tipos e somente dois são maléficos , ou outros nove são bons ou
neutros) não há nada de errado no sangue. Se o LDL está elevado, cabe uma
pergunta: Qual o LDL está elevado? Se ele estiver entre os nove não existe
nenhum problema com a pessoa.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">HDL é a sigla de High
Density Lipoproteins, que significa lipoproteínas de alta densidade, também
conhecido como “bom colesterol”. O HDL é capaz de absorver os cristais de
colesterol, que são depositados nas artérias, removendo-o das artérias e
transportando-o de volta ao fígado para ser eliminado. O HDL tem mais proteína
que gordura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O HDL é chamado de
“bom colesterol”, pois, uma vez que o indivíduo possui níveis elevados deste
tipo de colesterol, ele pode se tornar um benefício, reduzindo o risco de
doenças do coração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas como surgiu esse
pavor sobre o colesterol como um bandido, um vilão? Em 1784<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o colesterol foi identifcado na bíli, por
isso é chamado colesterol, vem de coli que siginifica visícula biliar. Após cem
anos aproximadamente, um patologista polonês chamado Rudolf Ludwig Karl
Virchow, ao examinar uma placa de ateroma encontrou colesterol numa artéria o
que não significa dizer que foi colesterol que causou a placa, apenas o
encontrou lá. Já em em 1913 um cientista russo chamado Nikolai Anitschkow, em
St. Petersburg, Rússia, alimentou coelhos com colesterol e constatou alterações
ateroscleróticas em suas artérias. Ora, o coelho é um animal herbívoro, logo
não se alimenta de nenhuma substância animal. O colesterol pertence a classe de
alimento animal e não vegetal. Não há colesterol no reino vegetal. Se o coelho
que só alimenta de vegetal, como irá metabolizar o colesterol? Em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>razão disso,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>o coelho criou placa de ateroma na aorta e essa ideia se espalhou no
mundo, tornando o coletesterol, um vilão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Gordura insaturada/
saturada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Há muito tempo, e
ainda esse conhecimento errado, permanece, que a gordurta insaturada é benéfico
à saúde o que não é verdade. A gordura insaturada oxida com mais facilidade.
Quando a gordura insaturada vai para frigideira ela se transforma em trans ao
ser aquecida. Segundo estudos e pesquisas a gordura insaturada entraram no
mercado em 1911. O primeiro infarto do miocárdio foi em 1925. Segundo a
estática morreram nos Estados Unidos três mil pessoas com infarto e isso se deu
em 1930. Esse índice vem crescendo assustadoramente, tudo, na maioria das vezes
em razão dos óleos vegetais. Os óleos vegetais são gorduras insaturadas. Ao
contrário dessa gordura temos a gordura saturada que faz bem ao organismo, exemplo:
a gordura de porco, a gordura animal em geral, o óleo de coco, etc. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">AS ESTATINAS. Sobre
as estatinas há um vídeo abaixo muito esclarecedor. Segue abaixo diminutas
informações sobre as estatinas que poderão serem vistas no vídeo do Dr. Lair
Ribeiro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo pesquisadores
a primeira Estatina a ser ingerida no mundo foi dada em 1959, chamada de
Triparanol não permaneceu no mercado farmacêutico por ser responsável por
cegueiras. Em 2001 surge uma outra estatina, chamada Cerevastatina causadora de
várias mortes. A estatina colocada no mercado em 1987 chamava Lovastatina. Esta
foi a primeira estatina aprovado pela FDA<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>dos EUA. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O lado escuro das
estatinas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na tradução de parte
importante do traduzido do livro The Dark Side of Statins,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lemos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Meus estudos, por
mais do que na última década, revelaram lentamente os vários<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mecanismos de ação das estatinas na produção
de efeitos colaterais. Primeiro, aprendi sobre a inibição da droga de estatina
do colesterol glial, tão vital para a memória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em seguida, com base
em um estudo detalhado sobre o inevitável bloqueio de mevalonato de estatina
associado à Coenzima Q10 e síntese de dolichol, aprendi sobre as conseqüentes
neuropatias, miopatias e degeneração neuromuscular crônica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E agora eu sei por
que muitos dos efeitos colaterais das estatinas são permanentes e porque
fraqueza e fadiga são queixas tão comuns. Muitas vítimas de estatinas dizem que
abruptamente, quase em um piscar de olhos, eles se tornaram pessoas idosas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Duane Graveline MD MPH <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Former USAF Flight Surgeon<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Former NASA Astronaut<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Retired Family Doctor<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Updated August 2017<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vídeos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">https://www.youtube.com/watch?v=TW-ng5BVy24<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">https://www.youtube.com/watch?v=_2aMXY6qVu0<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">https://www.youtube.com/watch?v=54ZVTVo1_Ds<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">tps://www.youtube.com/watch?v=0WGFS881ULE<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">https://www.youtube.com/watch?v=Ao3IgPKox4E<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-69222784835262002502017-04-25T12:21:00.000-03:002018-05-02T17:56:25.540-03:00HOMOSSEXUALISMO, HOMOSSEXUALIDADE E JUSTIFICAÇÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
INTRODUÇÃO<br />
<br />
<br />
<div style="border: medium none;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsz3RKFP3YD37c43Sbk7qJovUMHjRjFXcIAwyVWT_1WTYt5VeRV6aLqdsVVtILoxf8J2IYXzrP3-XFByUOuZJ02jCEm7YAZ-YlW4_H9u0yRZi3To10oShfp6LxsJi0YAyptN-VqyMQ8gv/s1600/GAY+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" hea="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOsz3RKFP3YD37c43Sbk7qJovUMHjRjFXcIAwyVWT_1WTYt5VeRV6aLqdsVVtILoxf8J2IYXzrP3-XFByUOuZJ02jCEm7YAZ-YlW4_H9u0yRZi3To10oShfp6LxsJi0YAyptN-VqyMQ8gv/s320/GAY+(1).jpg" unselectable="on" width="210" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Antes de fazermos as considerações sobre a homossexualidade, gostaríamos em primeiro lugar declarar que há uma diferença entre homossexualidade e homossexualismo e o que está por trás deste movimento.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O HOMOSSEXUALISMO</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O homossexualismo é uma filosofia de vida, uma ideologia cuja tentativa é propagar uma idéia no mundo. Sendo uma ideologia pretende fazer a cabeça de muita gente. A ideologia visa assegurar uma determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No homossexualismo a proposta é tornar aceita a ideologia que a união entre iguais tem a mesma proposta da união entre diferentes. Por isso e como cristão, nos colocamos categoricamente contrário ao movimento ideológico gay que é uma pregação contrária ao ideal de Deus. Contudo, a homossexualidade vemos sobre outra ótica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A HOMOSSEXUALIDADE</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A homossexualidade é um estado, uma condição não opcional. A homossexualidade possui um caráter irreversível, enquanto o homossexualismo é uma apologia ideológica. Uma tentativa de mudar paradigmas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A HOMOSSEXUALIDADE NOS TEMPOS DE JESUS</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não encontramos nenhum relato bíblico sobre a homossexualidade nos tempos de Jesus, contudo, não se pode negar que a condição do homem sempre foi a mesma dos dias atuais. Seria uma grande tolice achar que nos tempos dele não havia homossexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
ADOÇÃO DE CRIANÇA POR HOMOSSEXUAIS</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se a criança já foi adotada não há nada a fazer nem dizer. O “evangelho legalista” talvez dirá: “manda para a FEBEM ou submeta-a a outro lugar.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A criança deve ser criada como o pai e a mãe cria, com respeito e dignidade sem a ideologia sexista. Sempre indicando a ela o padrão de Deus: homem e mulher. O homossexual honesto ensinará a criança que a homossexualidade não é o ideal de Deus, e ao mesmo tempo informá-la que ser homossexual não é uma opção. A criança precisa entender como tudo isso acontece e aconteceu sobre a relação homo afetiva. A criança em momento algum deve ser enganada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O HOMOSSEXUAL EUNUCO</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que o homossexual pode se tornar um eunuco, assim como o saudoso Padre Henri Nowen autor de vários livros e homem de profunda espiritualidade e de vida piedosa. Lutou contra sua sexualidade acirradamente por te conhecimento que era homossexual. Muito embora a sua homossexualidade tenha sido conhecida por aqueles que eram próximos a ele, ele jamais deixou publico sua identidade homossexual. Apesar de Nouwen, nunca ter tratado do tema de sua sexualidade em seus escritos publicados durante a sua vida, ele reconheceu seus dilemas nessa área, em discussões com amigos isso foi abordado na biografia escrita por Michael Ford, jornalista da BBC, chamada O Profeta Ferido que fora publicada após a morte de Nouwen. Ford sugere que Nouwen se tornou completamente pacificado com sua tendência sexual nos últimos anos de sua vida, e que por um outro lado, sua depressão foi causada em partes por esse conflito entre seu voto de celibato e o sentimento de solidão e necessidade de intimidade que ele vivenciara. Ford conjecturou Isso se tornou um enorme jogo emocional, espiritual e físico em sua vida, e pode ter contribuído para a antecipação da sua morte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não há possibilidade de um eunuco homossexual deixar de ser homo afetivo. Não é o ato, a prática que caracteriza o que se é, mas o que sentimos e está intrínseco à subjetividade. Por exemplo: O mal que Paulo, o apóstolo, não queria fazer e continuamente estava praticando está relacionado a sua subjetividade e a incapacidade de vencer o que não desejava (Rm 7.19). Identificar o bem e querer fazê-lo e perceber o mal não querendo realizá-lo, mas optar por este e praticá-lo, evidencia que o gozo paulino se caracterizava em fazer o que aparentemente não se queria. Não há conhecimento do que levava o Apóstolo a tanto conflito, mas era uma luta entre querer e fazer enquanto aqui ele vivesse. Como exigir responsabilidade de quem não a possui e consequentemente interditado, na sua subjetividade, para realizar o bem desejado? O apóstolo se sentia sem o self-determination para decidir ao que desejava realizar. No dizer freudiano “o eu não é senhor de sua própria casa”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O homossexual cristão que não consegue a eunucocidade deve procurar ter uma vida com discrição, evitando trejeitos femininos, se requebrando, com a munheca prá lá e prá cá, isto é, evitando toda manifestação de bichice. Ele precisa respeitar a heterossexualidade, projeto de Deus. Para evitar situações de constrangimento na condição homossexual o homo afetivo sentir-se-á mais à vontade num ambiente eclesiástico que tenha uma aceitação flexível à realidade da sua homossexualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
UM PAI DE FAMÍLIA</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os princípios éticos e morais teriam o poder de determinar aquilo que o ser humano tem de ser? Como o homem conseguiria trocar a sua essência baseado em princípios que fogem completamente a sua capacidade de realizar? Vejamos o drama de um pai:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um pai de família anônimo deu uma entrevista à revista Christianity Today de março de 2002, declarando a sua fé em Jesus, sendo ele um pastor, casado, com um casal de filhos maravilhoso e uma esposa magnífica, todavia ele era gay. Gay, não porque praticava o ato, mas porque sentia o desejo de se relacionar com outro homem, como fazia no passado. Ele era homossexual porque sentia não porque fazia, declarou. Vivia um enorme conflito entre realizar e não realizar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Observemos então que se alguém considerar o praticar, o ato, como desvio moral nas condições desse pai de família, vale então ressaltar que a realidade não está no efeito e sim no sentimento. O praticar é tão somente a consumação do desejo. Por isso ele muito honestamente declarou ser por sentir o desejo. Teria esse pai a opção de não sentir esse desejo? Seria a homossexualidade uma escolha um querer de ser uma coisa para ser outra?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certa ocasião um psiquiatra deu a seguinte declaração: “ Se alguém disser que já foi homossexual e que hoje não o é por ter sido curado através de um milagre, classifico-o como um grande mentiroso e ainda mais, ele nunca foi homossexual ele era um depravado”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Psiquiatra consegue perceber a diferença entre ser homossexual e ser depravado. Ele não está errado! Muitas das vezes são bastante parecidos, todavia, não são a mesma coisa. A homossexualidade não é doença, por isso não tem cura. Há patologias classificadas como incuráveis, entretanto, não podemos ignorar que milagres ainda acontecem. Deus não está morto! Contudo, nunca ouvi falar de homossexual convertido ao cristianismo que tenha sido “curado” ora, se não é doença, logo não necessita de cura. Segundo alguns estudiosos da esfera psicanalítica, o homossexualismo é um comportamento adquirido, por uma criança num período etário entre dois a cinco anos de idade, cuja presença do pai, avô, tio, ou seja nenhum referencial masculino foi por ela identificado, no âmbito familiar. Essa criança (menino ou menina) teve como contemplativo durante esses anos, a mãe, provavelmente as tias, avós, ou seja, todo um círculo feminino. A criança passará a ser o pai do adulto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A METÁFORA DO FALO</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A inexistência da representação onipotente metafórica do falo é vista pela psicanálise o aspecto gerador à homossexualidade. Mas o que seria isso? A criança na fase de 2 a 6 anos de idade que não teve a presença do pai, do masculino, interagindo, ainda que este estivesse no mesmo espaço geográfico. Segundo a teoria psicanalítica na maioria das vezes torna-se homossexual, tanto menino quanto menina a ausência paterna. A representação fálica, ainda que seja como metáfora, manifesta a ausência máscula não percebida pelo infante na faixa etária mencionada. Após o período de latência, termo este que significa o estado daquilo que se acha encoberto, incógnito, não manifesto, adormecido. Após esse período que vai até aproximadamente aos 11 anos, surge um novo momento o da puberdade. Neste período, a libido é impelida a se manifestar na busca daquilo que foi ausente durante os períodos de 2 a 6 anos de idade. Aproximadamente entre os 11 para 12 anos de idade o adolescente tende a procurar no outro, o falo ausente como necessidade da onipotência, da autoridade representada num membro viril, imposto e autoritário que o penetre como uma metáfora da ausência paterna. A homossexualidade nesse viés psicanalítico se resume na ausência onipotente metafórica do falo: o pai.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns geneticistas, tentam através de pesquisas, encontrar na genética (do grego genno; fazer nascer), ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração, a causa da homossexualidade. Contudo, encontramos aqui um questionamento a ser feito ao que concerne a relação biológica com aquilo que não se consegue vencer na subjetividade humana no dizer homossexual. A homossexualidade por não ser uma opção, estaria sob decisões genotípicas ou sob influências edípicas determinado por um comportamento adquirido?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
TESTEMUNHOS</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer testemunho em televisão ou rádio que alguém foi homossexual e agora não é mais porque crê em Jesus, não está baseado na verdade. Não existe ex-homossexual! Pode existir o ex praticante, mas não é a conjunção carnal que caracteriza a homossexualidade, mas a abscondidade subjetiva onde o conflito permanece frequentemente ao que concerne o desejo reprimido do querer praticar. Praticando ou não, a homossexualidade é. Não existe milagre para homossexualidade. Esta não é doença. Tanto a Organização Mundial da Saúde quanto ao CID 10 declaram que a homossexualidade não se encontra dentro do quadro das patologias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se o desejo do convertido ao cristianismo é pautar sua vida numa normose ético-cristã, cabe a ele ter domínio sobre o seu desejo. A conversão ao cristianismo não tem a intenção de pontuar o deixar de ser. Conversão não é sublimação. Conversão é ser o que Deus realizou. O desejo sempre será mais forte que a vontade. O conflito entre alguns homossexuais, assim como em outras esferas do comportamento será uma realidade, ainda que se evite a consumação de atos. Os desejos sempre serão reais no mundo subjetivo em qualquer ser humano. O ser humano é o que está sentindo, no momento que sente. A sublimação é um meio utilizado para mudar o rumo do desejo, só que ela não permanece por muito tempo. O que é, reclama a sua autonomia. Disse o francês Felipe Nériucault: Chasses Le naturel, Il revient au galop ( expulsai o natural, ele virá a galope). A heteronomia imposta sobre o subjetivo será transgredida ela não se sustenta. Como diz a letra do cantor Fagner: "Quando a gente tenta de toda maneira ter em si guardar sentimento ilhado morto e amordaçado volta a incomodar". O homossexualismo é um comportamento adquirido, ainda que a pessoa deseja não ser, continua sendo, o cristianismo tem ajudado a muitos homossexuais convertidos viverem melhor com seus conflitos, não prometendo curá-los. A homossexualidade não é doença, como já foi dito anteriormente, logo, não existe nenhuma método profilático para evitá-lo, a não ser a presença, do macho em família, interagindo saudavelmente durante os primeiros cinco anos de idade da criança, segundo a teoria psicanalítica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diz a Psicanalista Regina Navarros Lins:“Um homem homossexual é aquele que tem como objeto de amor e desejo outro homem, mas isso não significa que ele se sinta mulher ou deseje ser mulher. A orientação afetivo-sexual é algo que está dentro da pessoa e não depende, ao contrário do que muitos pensam, de uma escolha pessoal. Ninguém faz opção por um modo de vida que sabe será discriminado. A escolha é se a pessoa vai esconder ou exteriorizar a sua orientação sexual. Uma pessoa é homossexual mesmo que nunca tenha tido contato sexual com alguém do mesmo sexo. Muitas vezes o desejo homossexual existe no inconsciente, mas a pessoa não sabe disso porque o desejo é reprimido. Em outros casos, o homossexual percebe sua atração pelo mesmo sexo e reconhece que essa atração sempre existiu. Pode acontecer da pressão social ser tão forte que ele renuncie à realização dos seus desejos e passe toda a vida insatisfeito e mesmo em desespero."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em nosso consultório, temos tido algumas experiências de realidades homossexuais, a dizer-nos que não gostaria de ter tal sentimento, tal desejo, mas que percebem a impossibilidade de uma reversão à uma postura hetero permanente e desejante do diferente. Lembro-me de uma situação que um analisando nos disse: “ Eu não desejo ser, mas sou. O que faço?”</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
SER OU NÃO SER</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É contrário a natureza anatômica do ser humano a cópula entre iguais. O pênis apesar da sua função excretora também possui uma anatomia para penetrar na vagina ou o ânus, este último caso a mulher concorde e goste. Contudo, o pênis não foi arquitetado por Deus, para introduzir o ânus do homem, embora seja semelhante ao da mulher, contudo, a história da humanidade surgiu com macho e fêmea. Adão e Eva e não Adão e Ivo. Mas como já explicado acima, nos casos reais de homossexualidade deve-se haver uma compreensão ética sem os rigores da religião contra a homossexualidade de que é difícil ser diferente quando há um histórico subjetivo adquirido. Ele se alicerça e se concretiza, não havendo como mudar tal situação. Quem é realmente homossexual nunca será heterossexual. E quem é realmente heterossexual nunca será homossexual. Se aplica então a filosofia do filósofo pré-socrático, Parmênides ao dizer: “O que é, é! O que não é, não é!” Não entra em consideração a exposição sobre a bissexualidade, que deve ser vista sobre outro ângulo do comportamento humano, que não foi aqui considerado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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ROMANOS</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"...porque as mulheres mudaram o modo natural de sua relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade..." (Rm 1.26,27).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há aqui algo importante a ser considerado. Os versos acima deixa claro a prática do comportamento homossexual entre mulheres e homens, contudo, não sendo eles homossexuais, mas devassos e corrompidos. Fazemos essa afirmação porque eles se relacionavam heterossexualmente. Os verbos acima em vermelho, evidencia a depravação. Os homossexuais não se sente atraídos pelos de sexo diferente. Contudo, vimos acima aquele pai que conseguiu formar uma família, mas sofrendo na sua realidade subjetiva, o conflito do PARECER-SER para a sociedade, o que NUNCA FOI. Ele age como hétero sendo homo. Diferente da situação que se encontra em Romanos 1. Neste tanto homem quanto mulheres deixam o uso natural, ora, eles permitiram fazer uma troca temporária. Ou seja, os cônjuges se relacionariam com iguais, por uma questão meramente depravatória, não sendo eles homossexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Porque as mulheres mudaram o modo natural de sua relações íntimas" "deixando o contato natural da mulher" Havia um conhecimento e intercurso heterossexual. Enfatizamos nos versos acima que há comportamento homossexual, isto é, relação sexual entre iguais, entretanto eles não eram homossexuais e sim depravados. O homem se relacionava com a mulher e a mulher se relacionava com o homem. Elas mudaram o modo natural de suas relações íntimas assim como os deixaram o contato natural da mulher. Logo, está muito evidente a promiscuidade, dos que faziam uso do meio natural para depravadamente se envolver numa relação homossexual sem que eles fossem homossexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há entre os homossexuais a dificuldade de aceitar o diferente. Em Romanos 1 está evidente uma relação de intercâmbio, de troca sem a existência de homossexualidade, mas de um sentimento perverso e pervertido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
JUSTIFICAÇÃO E INTERPRETAÇÃO MINUCIOSA DE I COR. 6.9-11</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” (I Cor. 6.9-11 ARC).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vos lavaste, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (I Cor. 6.9-11 – ARA).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Vocês sabem que os maus não terão parte no Reino de Deus. Não se enganem, pois os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencer a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus” (I Cor. 6.10-11- NTLH)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?" (I Cor. 6.9) . Quem não herdará o reino de Deus? Os injustos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem são os justos? "Não existe justo, nem um só" (Rm 3.10) Então não existe nenhum ser humano que seja justo? NÃO! E aí como fica? Não fica! Só há justificados!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Justicados, pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Rm 5.1).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quem são os injustos aqui nesses versos aos corintianos que Paulo classificou?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em primeiro lugar, os injustos são os que não crêem, logo, não são justificados. Vejamos como o apóstolo classifica-os:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"nem imorais, idólatras (não unicamente as imagens em escultura), nem adúlteros (adultério tanto objetivo quanto subjetivo - praticado e desejado), nem ladrões (aqui se enquadra vários tipos) efeminados (neste caso são efeminados por serem depravados ou foge a capacidade de ser diferente?) homossexuais, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"e estas coisas alguns de vós têm sido..." ( I cor 6.11). Algumas traduções como vimos acima diz: " tais fostes algum de vós" ou " éreis alguns de vós" e "alguns de vocês eram" Essas três traduções finais vão de encontro com a realidade do texto de I Cor. 6, numa tentativa de desfocar a verdade do seu contexto caracterizado por um moralismo ético religioso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" (I Cor 6.11 parte conclusiva do verso). Além de santificados, justificados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A conjunção adversativa “mas” que aparece no verso 11 não concordaria jamais com o sentido frasal “tais fostes” ou “ éreis alguns de vós”. A conjunção coordenativa adversativa possui a função de estabelecer uma relação de contraste entre os sentidos de dois termos ou duas orações. Logo, a tradução correta do texto com relação ao seu contexto é: "e estas coisas alguns de vós têm sido..."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Justificados no texto grego de I Cor. 6.11 é um verbo: aoristo do indicativo passivo efetivo. Isto quer dizer algo que se consumou na vida do cristão para sempre, reafirmado pela voz passiva que o verbo se encontra, ou seja, o sujeito sofre à ação, sendo assim, ninguém é justo, mas passa para a condição de justificado "em o nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os injustos que praticam os atos mencionados ou subjetivam não herdarão o reino de Deus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os justificados que praticam ou subjetivam as mesmas práticas, herdarão o reino de Deus. Entretanto, no v.12 do capítulo 6 de I Coríntios, lê-se: “Todas as coisas me são lícitas mas nem tudo me convém”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“ Boa parte das energias humanas são investidas no esforço da autojustificação. E, no entanto, quem acha que deve produzir a si mesmo facilmente acaba na frustração e no desespero. A justificação liberta o ser humano da necessidade de salvar a si próprio, bem como a tentação de condenar a si mesmo.”. Brakemeier</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No livro, O Ser Humano em Busca de Identidade de Gottfried Brakemeier, lemos:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A justificação coloca minha relação com Deus um novo fundamento. Deus se torna relevante como quem, mesmo contra a recusa da sociedade, confere o direito de viver: ele me torna justo. Põe em ordem minha relação com ele, perdoando-me a culpa e readimitindo-me como filho ou filha. O Deus justificador é aquele que ‘da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia’ (Sl 103.4). Ele dignifica o ser humano. Quem levar isto a sério só pode alegrar-se e louvar a Deus. O evangelho não só concede o direito à vida, ele também dá fundamento à vida e liberdade para viver. Ensina a gratidão pelo dom recebido e o respeito à vontade divina. Justificação por graça, acolhida na fé, dá início a um novo culto a Deus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
CONCLUSÃO</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A justificação é o ato divino de nos substituir, de assumir a nossa culpa e tomar o nosso lugar (Lucas 18.13).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-35550130927419499832013-05-11T20:48:00.002-03:002018-03-16T07:58:55.591-03:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Dia das Mães (In Memorian)</b> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7PX-YtBFjl8n7ZIzTaV1hX_w_fXjiIOMgRChbe3vovIRzQoD3ocdHv1GsiOmbpNaKEVrH3J6kxH8Pn-58dLqXbAub1Z3zVko7TbLXQap8iRlffXtOr5u0qRToakmYHibclHvrD1Aa6-D2/s1600/Minha+M%C3%A3ee.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7PX-YtBFjl8n7ZIzTaV1hX_w_fXjiIOMgRChbe3vovIRzQoD3ocdHv1GsiOmbpNaKEVrH3J6kxH8Pn-58dLqXbAub1Z3zVko7TbLXQap8iRlffXtOr5u0qRToakmYHibclHvrD1Aa6-D2/s1600/Minha+M%C3%A3ee.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Sempre vou me lembrar dos seus
olhos verdes,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Que me infundiam esperança pra
caminhada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Como esquecer os passeios ao
locais floridos de que você tanto gostava?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Nunca o sol se punha no
Ocidente sem que eu a tivesse beijado, lembra?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Você foi minha maior
incentivadora nos estudos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
E sempre me encorajava quando
eu cogitava desistir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Por isso dediquei todos os
meus diplomas, merecidamente, a você.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Ainda me sinto tocado por sua
desmedida ternura e seu amor pelo belo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Herdei de você o gosto pelas
artes, especialmente a música e a poesia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Longeva e lúcida você, aos
noventa, ainda recitava de cor longos poemas,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Proeza que jamais chegarei a
igualar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Sabe? Sinto orgulho da mulher
que você foi; obrigado, querida!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Você me ensinou o que nenhum
dicionarista poderá jamais explicar:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
O definitivo significado da
palavra “mãe”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Lembro das suas vigílias
esperando minha chegada;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
E de quando você me surpreendia
com a comida de que eu tanto gostava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Com sua partida, os céus se
enriqueceram mas minha existência empobreceu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Consola-me sabê-la aos pés
Daquele por quem você viveu;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
E consola-me ainda mais a
inabalável certeza de que um dia estaremos juntos novamente;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
E relembraremos felizes as
aventuras vividas neste mundo de Deus.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Até lá sentirei a inescapável
batida da solidão na porta da minha saudade:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;">
Saudades de você, querida
mamãe!<o:p></o:p></div>
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-65280234945391604402013-01-24T12:22:00.001-02:002018-05-02T17:58:00.883-03:00O QUE TEMOS VISTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 1.7; margin-bottom: 20px; padding: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.14902) 0px 1px 1px;">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh14G297F_EFngIlgNgRXCNhwI8zSQQm40gnAmhFj3a-i5XOpB3aB3nbjFS2yUkqQ7Q_a8ZXPIpDpha2EiyQqDWTI2johtsoLXLkVUPnQJkRp9NBqdyJTfeZ8q9dnG5VjpqYFOJZWsFWzRv/s1600/olhar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh14G297F_EFngIlgNgRXCNhwI8zSQQm40gnAmhFj3a-i5XOpB3aB3nbjFS2yUkqQ7Q_a8ZXPIpDpha2EiyQqDWTI2johtsoLXLkVUPnQJkRp9NBqdyJTfeZ8q9dnG5VjpqYFOJZWsFWzRv/s1600/olhar.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Do ponto de vista anatômico e
fisiológico, a visão <b><i>parece ser</i></b> o mais simples dos
sentidos. Certa ocasião dando uma aula sobre a Fenomenologia ilustrei que numa noite de luar um homem ao
dirigir-se para sua casa, achou ter visto outro escondido atrás de uma árvore.
Receoso que pudesse ser assaltado retornou ao local de onde saiu e pediu
auxílio a alguns amigos, que lhes acompanhou até o tal arbusto. Ao investigarem
o local, perceberam que o clarão, projetado pela lua num galho da árvore, fez
um formato de um homem. Fica aqui uma pergunta: Ele viu um homem atrás da
árvore? Sim, viu! <b>O</b> <b>percebível é existente</b>. Ele estava lá?
Não. Mas ele viu! Percebe-se que ao olharmos para uma mesma coisa não temos o
mesmo retorno. Então a visão não é tão simples
assim. Ver o mundo é muito complicado. Não basta ter bons olhos para ver. <b>“Não é bastante não ser cego para ver as
árvores e as flores”</b>, dizia Alberto Caieiro. William Blake certa ocasião declarou: <b>“A árvore que o tolo vê não é a mesma
árvore que o sábio vê”</b>. Bernardo Soares também declarou: <b>“Não vemos o que vemos. Vemos o que somos”.</b>
O que vemos é o mundo arranjado à nossa imagem e semelhança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Uma companhia de cerveja colocou um
divertido e inteligente comercial na televisão. Um rapaz entra num bar. No bar
tudo é sinistro. As pessoas são tipos-mal-encarados. O barman é feio e
grosseiro. O rapaz olha desconfiado para os lados. Pede uma cerveja. Dá um
gole, e então, o milagre acontece: Tudo se transforma. O bar fica alegre, todo mundo sorri, e o barman
carrancudo se transforma numa moça linda. A teoria que está implícita no
comercial é que agente vê segundo o que carregamos dentro de nós e isso se
aplica a tudo na vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Há momentos na vida que agente olha
para o outro e acha que está falando da gente e contra agente, por algum motivo
que a minha consciência culpada me remeteu. Pode ser que o outro nem esteja
pensando nisso. Mas na minha imaginação está falando de mim e quer me
prejudicar de alguma forma. Meu ser se altera. Escondo-me. Escondo-me de que? Agente vê o que queremos ver. Há um gozo por
de trás dessa visão maldosa da vida. A visão por ser particular é única do
olhar. Foi isso que aconteceu
com o operário, do poema do Vinícius de Moraes. O operário via tudo mas não via
nada, até que um dia ele conseguiu ver o que não havia visto: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>De forma que, certo dia<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>À mesa, ao cortar o pão<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>O operário foi tomado<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>De uma súbita emoção<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Ao constatar assombrado<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Que tudo naquela mesa<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>- Garrafa, prato, facão - <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Era ele quem os fazia <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Ele, um humilde operário, <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Um operário em construção<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>(...) Naquela casa vazia <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Que ele mesmo levantara <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Um mundo novo nascia <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>De que sequer suspeitava. <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>O operário emocionado <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Olhou sua própria mão <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Sua rude mão de operário <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>De operário em construção <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>E olhando bem para ela <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Teve um segundo a impressão <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>De que não havia no mundo <o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Coisa que fosse mais bela.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Foi dentro da compreensão<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Desse instante solitário<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Que, tal sua construção<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Cresceu também o operário.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Cresceu em alto e profundo<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Em largo e no coração<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>E como tudo que cresce<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Ele não cresceu em vão<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Pois além do que sabia<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>- Exercer a profissão -<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>O operário adquiriu<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>Uma nova dimensão:<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><i>A dimensão da poesia.<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Fairbairn disse num dos seus textos
que a vocação da psicanálise era exorcizar demônios. Não sei por que desta
declaração, talvez porque os demônios tenham o poder da cegueira, mas afirmamos
que a psicanálise é uma teoria sobre a cegueira e uma busca da experiência que
faz os olhos abrirem. Para que as pessoas possam ver, em meio às coisas que
sempre viram no seu cotidiano sem ver e vejam fragmentos de um paraíso perdido.
Quando isso acontece (exceto quando há insistente resistência) o ser da pessoa
tende a se transformar, porque lhe é acrescentado uma nova ótica, uma nova
dimensão e um novo sentido à vida. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<br /></div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-57107734391017588812013-01-23T20:03:00.001-02:002018-04-24T19:36:19.602-03:00LUTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<div class="post-header" style="background-color: #141414; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-6372669394887335632" itemprop="description articleBody" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; position: relative; width: 586px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgicN0uwzOa5cCuRGSYlw7xtR200KUoxlDRq3RAL0NE-2T6s6dKsDhvKhFCni3lImKNMKR-zRoJfN05PxntSKzYXTMCHY3Z2JtN6yCE9BnqG3E2wFnT4uLoQd_qofE23fLS8z4AYyyeFsNk/s1600-h/luto.jpg" style="background-color: #141414; color: #666666; text-decoration: initial;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5425644226073842082" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgicN0uwzOa5cCuRGSYlw7xtR200KUoxlDRq3RAL0NE-2T6s6dKsDhvKhFCni3lImKNMKR-zRoJfN05PxntSKzYXTMCHY3Z2JtN6yCE9BnqG3E2wFnT4uLoQd_qofE23fLS8z4AYyyeFsNk/s320/luto.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: #222222; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; cursor: pointer; display: block; height: 265px; margin: 0px auto 10px; padding: 8px; position: relative; text-align: center; width: 265px;" /></a><br />
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Escrever sobre o luto
é algo apaixonante, porque nele podemos perceber, que na ausência do que se
perde há dois sentimentos que se antagonizam o amor e a insatisfação. Nessas
oscilações que conflitam com o nosso subjetivo, manifesta que o ser que amamos
é o aquele que mais nos insatisfaz .Quando amamos uma pessoa, amamos sempre um
ser híbrido, constituída de uma pessoa exterior em nosso convívio e pela sua
presença fantasiada e inconsciente em nós. Como diz Rubem Alves: “Amamos uma
pessoa não por aquilo que ela é, mas pelo manto de fantasia que a cobrimos” Certa
ocasião a namorada falou ao seu namorado e escreveu no talão de cheque dele: “
eu te amo” e outra ocasião ela escreveu em pedaço de papel: “O amor surge de
situações singelas e tão significativas que se perpetuam. Espero que nós dois
estejamos sempre repletos de singelezas” Momentos de expressões e sentimentos
categoricamente sinceros manifestos por ela. Tanto ele quanto ela se amavam. <o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Numa situação de
muita beleza e esplendor, parecida “Lua de Mel”, distante de tudo e de todos,
os ânimos se acirraram e aí veio o fim. Foi um começo muito lindo e um fim
inadjetivável de dor e sofrimento prolongados em desafetos numa ilha onde o verde da mata e o azul do mar se intercambiavam diante dos olhos.<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Um alfa sem ômega, era o amor naquela “Lua de Mel” que de repente tornou virada insatisfação.
Ela diz agora para ele: “ tudo acabou entre nós”. Daí em diante as coisas
ficaram cada vez mais piores, havia uma inconformação de ambos os lados. Cada
um com o seu motivo. Foi algo surreal, extremamente doloroso e de excessivo
desequilíbrio. Ele se desestabilizou por não aceitar o luto. Para manter viva
aquela relação, a luta, o litígio ainda que consciente da gravidade, era
inconsciente da parte dele, o desejo da não orfandade. Contudo, as coisas só
pioraram e tudo morreu, ou seja, houve um fim relacional entre ambos. O
silêncio fúnebre se estabeleceu. Surge então a dor do luto. O que é o luto? O amor
no luto permanece? O luto é manter vivo aquilo que já morreu. <o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>A ressurreição só
existirá à saudade que naquele momento existia! Ou seja o “morto” que não convive mais na
mesma geografia, que vivia com seu ou sua amado (a), retornasse ao mesmo espaço
ou de um ou do outro. No Réveillon deste ano de 2009, numa praia em Cabo Frio,
um jovem disse para mim, que
estava sofrendo muito há dois anos pela ausência da namorada que havia morrido.
Ele afirmou: “Ela dentro de mim está viva porque eu ainda a amo”.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b> Os
acessos de dor que pontuam o luto são impulsos de um amor tenaz que se recusa a
morrer. O luto sendo a ausência, daquilo que se
perde, não inviabiliza o amor. Toda e qualquer decisão para apagar o luto,
usando de elemento substituível trará frustrações. Pois o amor ainda permanece.</b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>O luto não se apaga
em pouco tempo. Parece que é o que aquele jovem tem evitado, não mascarar o seu
sentimento, dissimulando uma inexistência do passado não conformado e ainda
presente!<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Como diz Násio: “a
saudade é uma mistura de amor, dor e gozo: sofro com a ausência do amado e gozo
ao oferecer-lhe a minha dor”.<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>Freud declara que
“Não se consegue vencer o luto, talvez porque seja verdadeiramente um amor
inconsciente”.“<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<b>"Mesmo dolorosa,
a lembrança do nosso amado perdido pode suscitar o gozo de oferecer nossa dor
como homenagem ao desaparecido. Amor, dor e gozo se confundem aqui. Continuar
amando o morto certamente faz sofrer, mas esse sofrimento também acalma, pois
ele faz reviver o/a amado(a) em nós”.<o:p></o:p></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-70338231889776892292012-12-04T22:02:00.002-02:002012-12-04T22:17:02.219-02:00O DRAMA DA CONSCIÊNCIA E A DITADURA DA APARÊNCIA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="date-posts" style="border-top-color: rgb(34, 34, 34); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; clear: both; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; margin: 0px -15px; padding: 8px 15px 0px;">
<div class="post-outer" style="border-bottom-style: none; border-top-style: none; margin: 0px -15px; padding: 0px 15px 10px;">
<div class="post hentry" itemprop="blogPost" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="min-height: 0px; position: relative;">
<div class="post-body entry-content" id="post-body-7637403930323596508" itemprop="description articleBody" style="line-height: 1.4; position: relative; width: 586px;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFfznmBStS9jucUbmLJOKe7wPdvofTp2AopIrlTtFu_S3AWynL4z7giyU5dgwDjFNYfXgiyELnDUpibAheYtgiOKRhfzq2qUE9hOcX9C61BmBZq7x5LSfBO0NiBXhhZTGocerVQnRUJ7YU/s1600/consciencia-pesada-mesmo-quando-nao-errei.jpg" style="color: #cccccc;"><br /><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635914300606403826" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFfznmBStS9jucUbmLJOKe7wPdvofTp2AopIrlTtFu_S3AWynL4z7giyU5dgwDjFNYfXgiyELnDUpibAheYtgiOKRhfzq2qUE9hOcX9C61BmBZq7x5LSfBO0NiBXhhZTGocerVQnRUJ7YU/s320/consciencia-pesada-mesmo-quando-nao-errei.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: #222222; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; cursor: pointer; display: block; height: 337px; margin: 0px auto 10px; padding: 8px; position: relative; text-align: center; width: 331px;" /></a>A matéria a que nos propomos escrever tenta fazer uma síntese teológica quanto psicanalítica, visando unicamente falar dos enganos que a consciência nos promove, ao deixar-nos em crise. Como seria isso? Bom, alguns conceitos que temos recebido durante a nossa existência vai se formatando em valores, e estes condicionados, faz com que todas as ações que contrariam as informações apreendidas venham contribuir em mal-estar ou o que sempre denominamos como crise de consciência. Com isso, deveremos atentar que muitos desses sofrimentos são gerados por razões culturais, familiares e religiosas de onde advêm as formulações conceituais de certo e errado. A partir daí, toda e qualquer “desvio comportamental” sofrerá acusação do supereu (isso para todos que temos neuroses) condenando de transgressão os valores adquiridos como comportamentos a serem seguidos pelo que foi convencionado como normas do "bem- viver".</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
Por trás dessas elaborações conceituais estão presentes as tradições, princípios normativos, que fazem de nós quase robotizados, impedindo-nos de perceber a vida com mais abrangência e clareza. Somos passivos de princípios “judaicos-cristãos” que foram ao longo dos tempos interpretados dentro das formulações da Lei, anulando quase que por completo a verdadeira hermenêutica da Graça de Deus, misturando as normas judaizantes com o que a Graça se propõe. Vítimas de esquizofrenias conceituais que se misturam e se dividem faz com que todos sejamos sofredores por termos sidos formados com uma consciência conturbada e alucinada, pelo medo da transgressão de conceitos , valores e imperativos castradores fundamentados num cabresto, onde a direção a ser seguida é dirigida pelo poder, sendo este qual for.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
Quanto mais libertos dos dramas da consciência mais libertos seremos dos erros que a ela foram impostos. Na tentativa de caminharmos de maneira salutar abordaremos questões de ordem teológicas e psicanalítica sem nos preocuparmos com o aprofundamento do tema supracitado..</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
CONSIDERAÇÕES TEOLÓGICAS</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
No livro de Jó encontramos um questionamento muito interessante que servirá para monologizarmos: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém” (Jó 14.4). Importantíssimo a partir desta pergunta internalizarmos e procurarmos o conceito de puro e imundo e qual das duas palavras é o nosso adjetivo. Em Isaías 64.6 lemos: “ Mas todos somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia...” Voltemos a pergunta de Jó: “Quem da imundícia [de nós] poderá tirar coisa pura? Ninguém”. É bem verdade, não podemos negar que há realmente impulsos de generosidade, atos de lealdade e honestidade, todavia, essas ações se destacam sobre um fundo de iniquidade e imoralidade escondidas. Devemos, pelo que parece, perceber que há uma antítese, uma manifestação contraditória flagrante entre as lindas exortações morais que enchem o mundo há séculos e a realidade humana cujo interior, a subjetividade não engana. É a partir daí que surgem os nossos dramas de consciência. Tentamos ser o que não somos! Falhamos vindo daí a frustração e a crise de consciência por não atentarmos para o estatuto apreendido desde a nossa infância, que nos escravizou ditando valores inalcançáveis pela alma humana. Por termos medo do social, sentimos interditados de sermos nós mesmos, de nos mostrarmos tal como somos expandindo segundo a nossa natureza, livremente. Parece que devemos estar atentos, pois a consciência é insaciável, volúvel e arbitrária. Não representa a presença de Deus em nós mas a sua ausência, por estarmos entregues a nós mesmos e de temermos o que podem dizer do que pensamos, gostamos e gostaríamos de expressar objetivamente sem preocupação com as sanções sociais que por trás destas, estão um mundo de iniquidade e que ao mesmo tempo são julgadoras de condutas. Estranhíssimo paradoxo! Contudo é assim que funciona A DITADURA DA APARÊNCIA!</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
Ainda na abordagem teológica, devemos considerar que os dois primeiros mandamentos da Lei, amarás o Senhor teu Deus, de toda a tua força e de todo teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo, são imperativos sem nenhuma força de produzir sentimento. Logo, o amor não se realiza através de uma ordem, de mandado. Ter drama de consciência por não conseguir amar é viver debaixo do jugo da Lei. Dos dez mandamentos, os quatro primeiros eram alusivos a Deus e os seis últimos ao próximo. Os mandamentos com respeito a Deus são verticais (homem e Deus). Os mandamentos com respeito ao próximo são horizontais (homem e homem). Vejam o formato da cruz de Jesus no decálogo: <b><i>uma linha vertical e uma linha horizontal</i></b>. Sem uma dessas duas linhas não há cruz. <b><i>A cruz é um símbolo do relacionamento com Deus e com o próximo. Uma linha para cima e outra para os lados. A cruz</i></b> resolve e cumpre a questão da Lei como Ele disse que faria. E, quando cremos nele, ele atribui o mérito do cumprimento da Lei a nós. Somos justificados e perdoados. Ele sempre soube da nossa incapacidade de a cumprirmos. Devemos pois evitar todo e qualquer sofrimento de consciência por sermos incapazes de cumprir as normas estabelecidas pela Lei. Fujam dos que não sabem o que falam, esses são pertubadores da paz e responsáveis pela inquietude na consciência de muitos que os ouve.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
SIMPLES CONSIDERAÇÃO PSICANALÍTICA</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
O psiquiatra suíço Paul Tournier fala de uma paciente que ficou transtornada depois de um processo de cura psicanalítica. A educação cristã dela foi localizando o pecado em uma lista bem específica de ações, das quais bastava abster-se para ter a consciência tranquila. Por sua análise, um abismo sem fundo se abriu à sua frente, uma dimensão totalmente nova do mal, que penetra em tudo, mesmo em nossas melhores intenções. Disse ele que ela ficou muito confusa com isto. Dizia ela: “ a Graça é como uma caixa muito pequena para conter o drama de consciência, que agora eu vejo como infinita”. Tournier declara que precisou ajudá-la a alargar a sua visão da infinita graça, na proporção da dimensão do rigor da consciência que a psicanálise havia lhe revelado.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
O DRAMA DA CONSCIÊNCIA gerada também pelas pregações moralistas de nossas igrejas são localizáveis e tratadas. Contudo, os dramas inconscientes por alguma coisa que não sabemos o por quê é algo muito doido que se torna necessário ao mesmo tempo, compreender que a Graça de Deus precede todas as escuridões onde a análise psicanalítica pode nos conduzir.</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-77676268018027578882012-12-03T10:18:00.001-02:002018-04-24T19:40:57.163-03:00Deus, o diabo e o casamento<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy89iuocoPwZJvPS_5OWv1gUHZFSKi4IcpT-KL33aIG01JI7-2KUYFyMsieexFwfZJwpTYx2SToMlwMwjmkFpcq2KRs8qt9UjTH73Z_gg_FAWtvrTihIjZfRVdJg_0xAt0a6a_0DJxbCLs/s1600/casamento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy89iuocoPwZJvPS_5OWv1gUHZFSKi4IcpT-KL33aIG01JI7-2KUYFyMsieexFwfZJwpTYx2SToMlwMwjmkFpcq2KRs8qt9UjTH73Z_gg_FAWtvrTihIjZfRVdJg_0xAt0a6a_0DJxbCLs/s320/casamento.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O
texto que ora escrevemos tem como finalidade falar sobre o realismo e o romantismo
e a relação conflitante existente entre eles. Não se pretende aqui fazer
qualquer apologia ao tema, todavia, visa com certeza, conduzir o leitor a uma
reflexão de ordem tão somente pessoal na direção de Deus.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O
diabo dá o seu pronunciamento, dizendo que no começo de tudo ele estava ao lado
de Deus, numa boa, sem reclamações, feliz, tocando e cantando várias canções e
entre elas, cantava: “Tô nem aí, to nem aí...”, até o momento que o Senhor da
esfera e de tudo que há, se pronunciou dizendo em criar um casal, para povoar a
terra. Cada representante dessa união sentiria um sentimento muito forte pelo
outro, o amor. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Aí,
o diabo se manifestou dizendo: Senhor, Tu és tão poderoso e vai criar uma coisa
fraca. O amor é muito frágil e se desgasta com o tempo. O amor não é semelhante
ao<i> superbond</i>, ele descola se dissolve
e não se prolonga. O amor não acaba no Senhor, mas no homem ele deixa de
existir. Tudo é uma questão de tempo.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Disse
Deus: primeiro não é bom que nenhum ser humano viva na solidão, não quero o
homem sozinho. O amor entre ambos deve ser regado, todos os dias regarão, assim
como, quero que eles reguem a terra. O amor
é responsabilidade deles.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O
diabo se manifesta outra vez: Senhor, essa coisa de amor é a mesma coisa que
ter um pássaro pousado na ponta do dedo. Quem tem esse pássaro no dedo sabe que
a qualquer momento ele pode voar. O amor liberta e não aprisiona. Como
construir uma união, mediante a possibilidade de voo? Haverá muitas separações,
por que viver a ilusão do amor? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Disse
o Senhor: Preste atenção! Eu sou o Senhor, quero tão somente o bem deles, a
minha felicidade é vê-los feliz e outra coisa, aquilo que o Eu, o Senhor juntar,
não <u>separe</u> o homem. Eu, o Senhor menciono a verbo <u>separar </u> de maneira
subjuntiva, pois sei que há possibilidade deles se separarem. O modo
subjuntivo indica dúvida, ele é hipotético, não garante nada. Eu não digo: aquilo que Eu o Senhor juntar o homem <u>não
separa</u>, de maneira indicativa. Este modo indica certeza, mas não haverá nenhuma
garantia deles viverem assim, por isso a vida deles será subjuntiva. Logo, não
me será estranho isso acontecer. Pois após eles pecarem, até mesmo Eu, o Senhor
serei acusado pelo homem que chamarei de Adão. Ele me dirá: “a mulher que <u>Tu
me deste</u> me fez comer do fruto...”. Observe que entre eles haverá litígios,
contendas, dissensões. O meu desejo, a minha vontade que o amor entre eles seja
até que a morte os separe e não como dizem que seja infinito enquanto dure. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><b>Disse
o diabo: Penso diferente. Simone de Beauvoir</b></span><b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> filósofa francesa, declarou que a única instituição que mata o amor é o
casamento, logo, para que o casamento não morra há uma saída, ainda que vivam
de aparência e conveniências, presos as multiformes convenções sociais: Acredito que se eles viverem se odiando eles
terão mais dificuldade de separarem-se. O ódio os unirá. O poeta Guimarães Rosa
certa ocasião declarou que quem odeia o outro, o leva para cama. A diferença
que há entre o amor e o ódio é que o amor, por causa da liberdade, abre a mão e
deixa o outro ir. No amor existe a permanente possibilidade de separação. O
ódio segura o casal. Os casamentos mais sólidos são baseados no ódio. E sabe
por que o ódio é mais forte que o amor dando estabilidade da vida matrimonial?
O ódio não suporta a fantasia do outro voando, contente e feliz. O ódio
constrói gaiolas e dentro delas, cada um se nutre da infelicidade que pode
causar. Eles ficam juntos para se torturarem. É a suprema felicidade de fazer o
outro infeliz.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O
diabo fala que a sua separação de Deus, se deu por haver entre eles muitas
discordâncias. Ganhou um chute no traseiro e saiu do ambiente glamouroso para
ficar mostrando aos casais na terra que a vida é feita de realidade e não de
ilusões.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Como
músico celestial que era o diabo sugere aos casais, que vão se casar, o toque
da marcha nupcial, com a letra que ao autor preparou para lutar contra o mal: “Os guerreiros se preparam para a grande luta...”.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Disse
Deus ao diabo: Se depender de você a instituição casamento acaba. Contudo, eu
lhe afirmo esta instituição, jamais acabará porque Eu, o Senhor a criei e a
família é o meu projeto. Quanto ao amor do casal, a felicidade, ambos terão que
fazer a sua parte para viver juntos. Na vida deles eu não me meto, só lhes
mostro a minha vontade. Haverá dureza no coração de muitos casais, ou na vida
do cônjuge, entretanto, quanto a este aspecto não farei nenhuma imposição. Eles
que se resolvam.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-65111677505942426972012-10-23T21:54:00.004-02:002012-10-24T19:07:39.557-02:00CONSIDERAÇÕES LITERÁRIAS SOBRE O ADULTÉRIO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<div class="post-header" style="background-color: white; color: #999999; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em; text-align: -webkit-auto;">
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</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-7510643400707421788" itemprop="articleBody" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4; position: relative; text-align: -webkit-auto; width: 578px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilbbNi8rUKZ_N67jkRPwqKuREkZSHgAeir8xXedPFu24DtBcGKyCF40ZRshI_J994gqsiy3eZFeEOOge2-P3yFwSJqY-QgZN7_Lup6lW2GTDXRfY_dm0PhIVARg-pbbl-8SfVSwcX9dZCP/s1600/%25C3%258Dndice.jpeg" style="color: #6699cc; text-decoration: none;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5684853656829988530" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilbbNi8rUKZ_N67jkRPwqKuREkZSHgAeir8xXedPFu24DtBcGKyCF40ZRshI_J994gqsiy3eZFeEOOge2-P3yFwSJqY-QgZN7_Lup6lW2GTDXRfY_dm0PhIVARg-pbbl-8SfVSwcX9dZCP/s320/%25C3%258Dndice.jpeg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: #222222; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px none transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; cursor: pointer; display: block; height: 183px; margin: 0px auto 10px; padding: 8px; position: relative; text-align: center; width: 275px;" /></a><br />
<div class="post-header" style="color: #999999; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-5375273827811900888" style="font-size: 16px; line-height: 1.4; position: relative; width: 578px;">
<img alt="" src="file:///tmp/moz-screenshot.png" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; background-color: #222222; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-left-radius: 0px; border-bottom-right-radius: 0px; border-top-left-radius: 0px; border-top-right-radius: 0px; border: 1px solid transparent; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" /><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-weight: bold;">Adultério </span>é uma palavra, que segundo muitos, atualmente soa obsoleta, lembra tempos remotos cintos de castidade e pessoas com poder de propriedade sobre outras. Lembra apedrejamento, infâmia, honra lavada com sangue, atitudes que já não condizem com a época presente em que incesto, nem homossexualismo ou prostituição são tipificados como crimes e em que os avanços da psiquiatria e ciências psicológicas, bem com o respaldo da sociologia dão outras conotações as condutas desviantes. As pessoas hoje clamam por liberdade, naturalmente não como sinônimo de liberdade excessiva ou falta de responsabilidade, mas significando maiores possibilidades de realização pessoal em todos os níveis. Hoje, com o divórcio, já é possível corrigir legalmente erros de ajustes entre cônjuges, e a figura ameaçadora do estigma e infâmia do adultério, principalmente em relação à mulher, pode ser restrita ao âmbito da lei civil.<br />
<br />
<br />
A citação do livro de Domingos Sávio Brandão Lima, Adultério, a mais infamante causa do divórcio feita por Ester Kosovski, relata sobre o Código de Manu e o seu rigor interpretativo a respeito da infidelidade conjugal:<br />
<br />
O Código de Manu, formulado dez séculos após o Código de Hammurabi, considerado o mais rigoroso, até hoje, em relação à mulher, por reputá-la sempre inferior, contém o maior e mais hilariante capítulo minudenciando, em 69 artigos, sobre o adultério. Chegou ao cúmulo de considerar: art 349 – t<span style="font-style: italic;">er pequenos cuidados com uma mulher mandar-lhes florese perfumes, gracejar com ela, tocar nos seus enfeites ou em suas vestes, sentar-se com ela no mesmo leito, são provas de um amor adúltero.</span> Art 350 – <span style="font-style: italic;">Tocar o seio de uma mulher casada ou em outras partes do seu corpo, de uma maneira indecente; deixar-se tocar por ela, são ações resultantes do adultério, com mútuo consentimento.</span><br />
<br />
O adultério teve sua raiz, originada na economia. A mulher era considerada propriedade do homem, assim como os animais. A mulher era coisificada. Ora, quando ela transgredia o voto de fidelidade, ela estava violando o direito de propriedade do seu marido. Quando descoberta ela pagava com a sua própria vida. No texto bíblico do Antigo Testamento, lemos que a mulher era apedrejada até a morte. Um maneira bem primitiva de resolver o assunto, por se tratar que a mulher era vista como objeto, assim com o boi, a vaca, etc.<br />
<br />
A escritora mencionada, ilustra com a música popular brasileira Casa de Caboclo de Hekel Tavares, o exemplo do derramamento de sangue, quando é dado o flagrante de adultério:<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Vancê ta vendo esta casinha, simplesinha,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Toda branca de sapê...</span><br />
<span style="font-style: italic;">Diz que ela vive no abandono, não tem dono</span><br />
<span style="font-style: italic;">E se tem ninguém vê.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Uma roseira cobre a banda da varanda</span><br />
<span style="font-style: italic;">E tem um pé de cambucá.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Quando o dia se alevanta, virgem santa,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Fica assim de sabiá.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Deixa falá toda essa gente, maldizente,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Bem que tem um moradô.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Sabe quem mora dentro dela?Zé Gazela,</span><br />
<span style="font-style: italic;">O maió dos cantadô.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Quando Gazela viu Siá-Rita, tão bonita,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Pôs a mão no coração.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Ela pegou não dixe nada, deu risada,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Pondo os óinhos no chão.</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">E se casaram, mas um dia, que agonia,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Quando em casa ele vortô.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Zé Gazela viu Siá-Rita, tão aflita,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Tava la mane-Sinhô...</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Tem duas cruzes entrelaçada, bem na estrada,</span><br />
<span style="font-style: italic;">E inscrevero pur detrás,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Numa casa de caboco, um é poço,</span><br />
<span style="font-style: italic;">Dois é bom, três é demais.</span><br />
<br />
O jurista Heleno Cláudio Fragoso cita Francesco Carrara, que diz:<br />
<br />
<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Este é o delito mais fácil de suspeitar-se e mais difícil de provar-se.</span><br />
<br />
O que diz o texto bíblico, através das palavras de Jesus, sobre o adultério?<br />
<br />
Ouviste que foi dito: <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.</span><br />
<br />
<br />
<br />
Jesus foi bastante incisivo ao afirmar e posicionar o adultério antes da ocorrência do fato. No entanto, é ele que vai trazer sobre o rigor da lei, a desmacaração da mesma, ao declarar que só deveria atirar a primeira pedra quem nunca tivesse sido adúltero. É como se<span style="font-weight: bold;"> perguntasse</span>, quem nunca adulterou? Sabendo que para adulterar não se faz necessário praticar.<span style="font-weight: bold;">Pergunta </span>esta, que continua sendo feita até os dias atuais.<br />
<br />
Ester apresenta uma pesquisa literária sobre o adultério, nos romances, escritos por: Gustave Flaubert que escreveu Madame Bovary, Leon tolstoy, cuja obra foi Anna Karenina, Eça de Quiroz, O Primo Basílio, Machado de Assis, Dom Casmurro e o mais antigo de todos que foi o romance do profeta Oséias, escrita pelo próprio. Neste último há algo de especial, porque apesar de um romance, foi um fato de conteúdo profético. Nessas cinco brilhantes obras literárias, encontramos a maneira diferente dos autores tratarem o mesmo assunto. Vejamos o comentário em Adultério, sobre o romance Madame Bovary e Dom Casmurro:<br />
<br />
Para com Mme. Bovary, Flaubert tinha aquela atitude que foi mais tarde cunhada pelos psicólogos como<span style="font-style: italic;"> “empatia”</span>... E esse fato teve conseqüência; o autor foi processado pela justiça por ultraje moral. É o que pela primeira vez, quiçá, um adultério feminino era não apenas compreendido e justificado, como até mesmo visto com extrema simpatia.<br />
É certo que, no final do romance, Mme. Bovary se mata. Mas não por remorso, absolutamente. Matou-se por endividamento e pela desilusão com os amantes a quem recorreu, em vão, para livrá-la de um processo. <span style="font-style: italic;">“Oh! A morte é coisa bem insignificante! – pensava ela. Vou dormir e tudo terá acabado” (...)</span><br />
<br />
<br />
Agora, cabe-nos falar de uma obra de gênio, de um gênio patrício: machado de Assis. Seu “<span style="font-style: italic;">Dom Casmurro”</span> representa um momento culminante da literatura de todos os tempos e de todas as línguas. Aqui, o adultério (jamais completamente explicado) é focalizado pelo ponto de vista de um marido que se suspeita traído, que surpreendeu a mulher a chorar de modo desconsolado diante do cadáver d’aquele que o protagonista desconfia ter sido amante dela, que começa a encontrar na fisionomia do filho os traços do amigo afogado. E Dom Casmurro separa-se de Capitu, da mulher que conheceu desde menina, de quem acompanhou as manobras, as manhas, os disfarces com os quais acabou se impondo à família de Betinho e com ele se casando.<br />
As astúcias de Capitu são as astúcias da mulher que, desde os primeiros anos, na sociedade em que vivia, precisava disfarçar, manobrar, mentir, fingir, para conseguir o que desejava, para se impor como ser humano numa sociedade patriarcal (...)<br />
Somente a sutileza de Machado de Assis soube criar uma tal atmosfera de malícia, suspeita e incerteza. Na verdade ele ra um gênio da sutileza, um artista supremo da ambigüidade. De tosos os romances sobre o “crime” do adultério nenhum como “<span style="font-style: italic;">Dom Casmurro</span>” conseguiu deixar no leitor tal dúvida sobre os fundamentos da suspeita do marido enganado. A figura de Capitu não tem ao que conhecemos nenhum paralelo em qualquer outra literatura.<br />
<br />
<br />
O segundo capítulo do livro de Oséias encontra-se uma das mais belas declarações da literatura profética, de alguém muito apaixonado:<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Cercarei o seu caminho com espinhos, fecharei com uma barreira, para que não encontre suas sendas.. Correrá inutilmente atrás de seus amantes, procurará encontra-los, mas não os encontrará. Então se dirá: retornareis ao meu marido, pois eu era outrora mais feliz do que agora... Por isso, eis que vou seduzi-la, conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração [palavras de amor].</span><br />
<br />
Nos três livros ligeiramente comentados, sobre o adultério, somente em Machado de Assis e Oséias a protagonista não se mata. No romance do escritor Machado de Assis, Bentinho, o marido, não consegue perdoar, mesmo amando Capitu, mesmo sem certeza de que foi realmente enganado.<br />
Já no livro de Oséias, o marido perdoa a esposa que retorna e a conduz a um lugar ermo e ali reconciliam o amor.<br />
<br />
No livro<span style="font-style: italic;"> Elogio da Loucura</span> de Erasmo de Rotterdam, lemos:<br />
<br />
<br />
<span style="color: black; font-style: italic;">Ah! Como seriam poucos os matrimônios, se o noivo prudentemente investigasse a vida e os segredos de sua futura cara-metade, que lhe parece o retrato da discrição, da pudicícia e da simplicidade! Ainda menos numerosos seriam os matrimônios duráveis, se os maridos, por interesse, por complacência ou por burrice, não ignorassem a vida secreta de suas esposas. Costumam-se achar isso uma loucura, e com razão; mas é justamente essa loucura que torna o esposo querido da mulher, e a mulher , do esposo, mantendo a paz doméstica e a unidade da família. Corneia-se um marido? Toda a gente ri e o chama de corno, enquanto o bom homem, todo atencioso, fica a consolar a cara-metade, e enxugar com seus ternos beijos as lágrimas fingidas da mulher adúltera. Pois não é melhor ser enganado dessa forma do que roer-se de bílis, fazer barulho, pôr tudo de pernas para o ar, ficar furiosos, abandonando-se a um ciúme funesto e inútil? Afinal de contas, nenhuma sociedade, nenhuma união grata e durável poderia existir na vida, sem a mínima intervenção: o povo não suportaria por muito tempo o príncipe, nem o patrão, o servo, nem a patroa, a criada, nem o professor, o aluno, nem o marido a mulher, nem o hospedeiro o hóspede, nem o senhorio o inquilino, etc., se não se enganassem reciprocamente, não se adulassem, não fossem prudentemente cúmplices, temperando tudo com um grãozinhio de loucura. Não duvido de que tudo o que até agora vos disse vos tenha parecido da máxima importância.</span><br />
<br />
<br />
A Psicanalista Regina Navarro Lins faz a seguinte declaração sobre o adultério:<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Homens e mulheres flertam se apaixonam e namoram acreditando ter encontrado o ‘verdadeiro amor’, para com ele ficar a vida inteira. No entanto, poucos se contentam com um único parceiro sexual, mesmo enfrentando altos riscos. O adultério sempre foi punido com crueldade pelo mundo afora açoitamento público, decepção do nariz e das orelhas, morte por apedrejamento, fogo, afogamento, etc. Não é incrível que os seres humanos, ainda assim, se envolvam em aventuras extraconjugais? Mas a infidelidade acontece a toda hora, em todos os lugares, com as pessoas comuns e com as famosas. O príncipe Charles e Bill Clinton foram dos mais comentados no final do século passado, mas outros também ocuparam as páginas dos jornais. O ator Anthony Quinn, que faleceu aos 80 anos, foi alvo de um escândalo há cinco anos, quando sua ex-secretária teve um filho seu. Mas o mais infiel de todos parece ter sido mesmo o escritor francês George Simenon. Ele estimou ter feito sexo com mais de 2500 mulheres no decorrer dos seus três casamentos.</span><br />
<br />
<span style="font-style: italic;">E a infidelidade da mulher? Desde a infância foi ensinado a ela que deveria ter relações sexuais apenas com o marido. Isso fez com que se sentisse culpada ao perceber seu desejo sexual por alguém que não fosse ele. A dependência econômica também foi uma motivação importante da tendência monogâmica presente na nossa cultura. O marido jamais admitiria uma infidelidade e dessa forma a mulher não teria como sobreviver. Um flagrante de adultério, por exemplo, faz com que a mulher perca todos os seus direitos.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Com a pílula anticoncepcional e a emancipação feminina as coisas começaram a mudar. O número de mulheres infiéis tem se igualado ao dos homens e o adultério começa cada vez mais cedo para ambos os sexos. Pesquisa realizada na Inglaterra, dirigida às mulheres que trabalham fora, comprova que há pouca diferença entre os sexos no que diz respeito às relações extraconjugais. Dois terços das casadas ou com companheiro estável responderam ter cometido adultério. Na ocasião da entrevista, quase a metade das mulheres confessaram estar envolvidas num caso, e 72% garantiram que era melhor fazer sexo com o amante.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Entretanto, o adultério não é nada simples. O conflito entre o desejo e o medo de transgredir é doloroso. A fidelidade não é natural e sim uma exigência externa; numa relação amorosa estável as cobranças de exclusividade são constantes e aceitas desde o início. Com toda a vigilância que os casais se impõem, a fidelidade conjugal geralmente exige grande esforço quando a pessoa se sente viva sexualmente e não abdicou dessa forma de prazer.</span><br />
<span style="font-style: italic;">Assim, as restrições que muitos têm o hábito de estabelecer por causa do outro ameaçam bem mais uma relação do que a ‘infidelidade’. Mesmo porque, reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los. Quando a fidelidade não é espontânea nem a renúncia gratuita, o preço se torna muito alto e o parceiro que teve excessiva consideração tende a se sentir credor de uma gratidão especial, a se considerar vítima, a se tornar intolerante, inviabilizando a própria relação.</span><br />
<br />
<br />
Concordamos com a psicanalista Regina Navarro Lins, quando esta afirma que reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los. E aí? Deixa fluir? Onde ficam os valores? O ideal de vida seria a sua anormatização? E os valores éticos e morais, onde ficam?<br />
Nem a moral cristã, nem a de Cristo são contrárias aos axiomas do princípio, fundamentados num Deus que nunca se opôs ao prazer (Ele é o autor), mas o oposto não geraria anarquisação desse prazer? No entanto, tentando evitar qualquer manifestação hipócrita, não negamos a possibilidade do fato. Todos estamos sujeitos a buscar uma experiência nova, por haver a possibilidade de erros no percurso. Por que razão? Nem sempre o objeto do nosso desejo é o que realmente desejamos constantemente. Às vezes nos encontramos desejosos e desejando, sem saber o por quê.<br />
Temos momentos de insatisfação com a vida e com quem nos relacionamos. Desejamos o que, se não queremos desejar? Fazemos o que não queremos fazer? Será isso verdade?<br />
O poeta Fernando Pessoa percebeu em sua própria vida, que é um eterno insatisfeito ainda que completo, ao afirmar:<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">Por mais rosas e lírios que me dês/ eu nunca acharei bastante/ Faltar-me-á qualquer coisa, / sobrar-me-á sempre o que desejar...</span><br />
<br />
O autor do livro O que é religião, diz-nos que,<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O homem é um ser de desejo. Desejo é sintoma de privação, de ausência.</span><br />
<br />
O adultério nem sempre é ausência de amor para com o outro cônjuge. Pode ser ausência de outros fatores, que teve força voraz, impelindo o cônjuge tornar-se fiel ao seu próprio sentimento, sendo que essa fidelidade é adúlterio para com cônjuge ofendido.<br />
No livro de Juan Guillermo Droguett <span style="font-style: italic;">Desejo de Deus.</span> <span style="font-style: italic;">Diálogo entre psicanálise e fé</span>, lemos no prefácio elaborado por Rubem Alves:<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">...amamos uma pessoa não por aquilo que ela é, mas pelo manto de fantasia com que a cobrimos.</span><br />
<br />
Se tirarmos o manto, encontraremos a realidade do amor idealizado? Nós amamos o nosso ideal, que gostaríamos de ver na pessoa com a qual nos relacionamos? No entanto, o tempo evidencia a frustração que há entre o ideal e o real? Aí a relação idealizada para ser estável, torna-se cansativa, exigindo a não rotina para evitar o enfado do convívio? Há uma urgência de encontrarmos uma nova forma de entendermos melhor o amor? Este precisa contextualizar-se. Ler I Corintios 13 é uma coisa, entendê-lo e aplicá-lo dentro do modelo capitalista que vivemos é outra coisa. <span style="font-style: italic;">“Eu te amo porque você tem grana?”</span>Lemos no texto, ora mencionado, que o amor substantivo que poeticamente foi escrito pelo apostolo Paulo, não acaba( v.8). No entanto, o amor relacional, este sim acaba. Ler um texto que fale sobre o amor, sem levar em consideração os motivos da sua poesia, focalizando as questões sociais, políticas, econômicas e de ideologia religiosa da época, torna-se vazio e com aplicabilidade ilusória. Não podemos nos negar que o amor é processual, isto é, ele deve ser interpretado com o tempo. O amor no período patriarcal não é o mesmo do período do romantismo e não é o mesmo nos dias atuais. Hoje o amor é uma ideologia? Sabemos que o objeto que dá prazer é muitas das vezes o que frusta. No entanto, acreditamos que o amor deve ser regado, assim como um a planta. Mas devemos considerar que água na toneira pode acabar e o balde ficar furado. A relação amoroza duradoura se evidencia da maneira com ela é tratada. Contudo, o único amor que a bíblia nos apresenta e cremos que este não espera nada do outro, por isso, não é ideologizado é o amor de Deus, este não tem fronteiras nem impedimentos, este não faz acepções, porém muito difícil de ser entendido, quando analisamos as suas manifestações nos textos bíblicos. O amor de Deus transcende a nossa capacidade de entender. A grande prova desse amor foi manifesto em Seu filho Jesus, submetendo-o ao mais terrível dos sofrimentos e humilhação, a favor de muitos (Atos 4.27,28), isso tudo por amor. Aqui não há ideologia, mas justiça que não se desvincula do amor, impossível de ser alcançado pelo homem.<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">O amor não faz mais do que a justiça exige, todavia, o amor é o princípio máximo de justiça. O amor reúne, a justiça preserva o que está para ser unido. Esta é a forma na qual e através da qual o amor realiza sua obra. A justiça, em seu significado máximo, é justiça criativa é a forma de reunião do amor</span> (Amor, Poder e Justiça – Paul Tillich).<br />
<br />
Parece ser impossível amar a Deus como diz o mandamento, assim como, amar o nosso próximo como a nós mesmos. Estamos muito longe dessas realizações. Será que temos realmente o desejo de amar o outro ou amar o amor? E o que é o amor? Como ele se apresenta na historia da humanidade. No período patriarcal o amor se apresenta como um imperativo, ordem, mandamento. Já no período romântico ele é algo mais narcísico. Ama-se o amor que se quer amar. Eu me amo no outro<br />
<br />
O movimento maniqueísta, cujo nome se originou do profeta persa Manes, foi uma das mais poderosas dentre as primeiras religiões. Na Europa foi chamado de cartarismo, pois seus seguidores se autodominam ‘cátaros puros` (...) Os cátaros acreditavam que o amor verdadeiro era adoracao de uma mulher redentora, uma mediadora entre Deus e o homem (...) O amor humano entre marido e mulher, assim como qualquer sexualidade aí contida eram vistos como bestiais e não espirituais (...) De qualquer forma, o ideal do amor cortês espalhou-se rapidamente pelas cortes feudais de toda a Europa medieval e transformou o comportamento de homens e mulheres em relação ao amor, afinidade, sentimentos elevados, experiência espiritual e ânsia de beleza. Essa revolução amadureceu, dando origem ao que chamamos de romantismos.<br />
O romantismo, por sua vez, também transformou o comportamento dos homens frente às mulheres, mas deixou uma estranha divisão nos sentimentos. Por um lado, os ocidentais passaram a ver a mulher como a encarnação de tudo o que era puro, sagrado e completo. Mas, por outro, ainda submetidos `mentalidade patriarcal, os homens continuaram vendo a mulher como inferior, veiculo do sentimentalismo, da irracionalidade e da apatia (...)<br />
Em época relativamente recente, após a Revolução Francesa e a industrialização, surgiu a idéia de que o casamento deve ser o resultado do amor romântico. Hoje, quase todas as pessoas misturam romance com sexo e casamento como se fosse natural, sem ter idéia de que é uma inovação revolucionaria.<br />
<br />
Ainda Navarros, agora ao comentar, Elizabeth Badinter , declara que,<br />
<br />
<span style="font-style: italic;">o amor romantico não é apenas uma forma de amor, mas todo um conjunto psicológico – uma combinação de ideais, crenças, atitudes e expectativas. Essas idéias, crenças, atitudes e expectativas. Essas idéias coexistem no inconsciente das pessoas e dominam seus comportamentos e reações. Inconscientemente, predetermina-se como se deve sentir e como reagir (...). Estamos presos à crença de que o amor romântico é o amor verdadeiro. Isso gera muita infelicidade e frustração na vida das pessoas, impedindo-as de experimentar uma relação amorosa autêntica... quando percebemos que o outro é um ser humano e não a personificação de nossas fantasias, nos ressentimos e reagimos como se estivesse ocorrido uma desgraça. Geralmente culpamos o outro. O que ninguém pensa é que somos nós que precisamos modificar nossas próprias atitudes inconscientes, as expectativas que alimentamos e as exigências que impomos aos nossos relacionamentos (...) Como na historia de Tristão e Isolda (...) o amor morre ou, mais comumente, os dois amantes morrem (nos braços um do outro, de preferência) e são cristalizados para sempre naquele estado apaixonado. Por quë? Porque é a única maneira de garantir que ele continue para sempre. Por que você acha que os contos de fada sempre terminam com “e viveram felizes para sempre”? Eles terminam desse modo porque precisam. E precisam porque a historia do amor verdadeiro e a do amor romântico são diferentes.</span><br />
<br />
<br />
Afirma Regina, que a monogamia surgiu em virtude da dependência econômica da mulher em relação ao seu marido. Um comportamento extraconjugal da mulher, o envolveria em riscos, se descoberta, esta não poderia se sustentar.<br />
Declaramos então, que sendo assim, foi dado lugar a sublimação, desvio de foco para outro momento. Contudo, a sublimação não permanecerá por muito tempo, porque ela desvia uma realidade subjetiva, que subjetivamente ou objetivamente será respondida.<br />
Um pregador perguntou a igreja onde estava predicando, se existia alguém ali que nunca tivesse cometido adultério. Adultério tanto subjetivo como objetivo. Ninguém respondeu nada. Esse palestrante ficou silente por alguns minutos, olhando a platéia e disse. `<span style="font-style: italic;">Eu também não posso falar nada.`</span><br />
<br />
<br />
A fidelidade é um imperativo externo, assim como os mandamentos.<br />
<br />
<br />
A fidelidade se situa no sentimento, logo, qualquer mandamento, que obriga a alguém ser fiel, surge de fora, como expressa a palavra MANDAMENTO. Sendo assim, a fidelidade forçada pelos imperativos morais e religiosos, antagonizam com a realidade subjetiva. O Mandamento não é capaz de produzir sentimento. Essencial e existencialmente se conflituam a todo instante. Nenhum homem ou mulher são fiéis um a outro por imposições externas. A fidelidade só existe, ao sermos fiéis aos nossos sentimentos. Fidelidade não é um imperativo externo, mas um respeito ao próprio sentimento. A fidelidade não tem haver com tu e sim com eu. Ama-se o que se quer para si.<br />
<br />
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-37662567827207535332012-10-15T22:56:00.002-03:002012-10-18T10:19:31.989-03:00EM QUE EU CREIO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b style="line-height: 150%; text-align: justify;"> </b><br />
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Visamos na matéria que agora iniciamos apresentar e revelar o que tem ficado oculto a aqueles que
professam a fé em Jesus. Contudo, é para esse grupo credo e bem intencionado,
vítimas das inverdades bíblicas sobre a graça de Deus, submetidos a mensagens
de cunho moral-ético-religioso, oprimidos e massacrados por um jugo que seus
próprios administradores não suportam.</span><br />
<span style="line-height: 150%;">Na condição de pastor e profundamente identificado com a teologia luterana, sendo esta categoricamente bíblica, logo verdadeira, exponho neste artigo, posicionamentos na pretensão de conduzir a muitos que amam a verdade de Deus fazerem ardorosas reflexões que libertam verdadeiramente.</span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>NADA PURO NO
ESGOTO<o:p></o:p></b></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A verdade do evangelho é o nosso objetivo,
isto é, informando sobre a graça de Deus, tanto deturpada no seu sentido
de abrangência. As mensagens moralizante tem ao longo dos tempos excluído o
Senhor Jesus do contexto da Graça salvadora, justificadora e santificadora. É
contra aos que falam em nome de Jesus, mas que agem buscando louvores para si,
que a Fé Protestante Luterana, (FPL) se manifesta com intuito de mostrar que <b>"da imundícia não se pode tirar nada
puro"</b> (Jó 16.4). Da mesma maneira como a nossa justiça é apresentada pelo
profeta Isaías, como trapo de imundícia. A graça e a lei têm sido mixadas
criando grandes indefinições, por trabalharem com a culpa e trazendo grandes
transtornos de comportamento, por exigirem ao homem o que é impossível à sua
natureza. Tais líderes por serem articulados nas suas predicações visam
usufruir inescrupulosamente a seu favor com ensinos e pregações comerciais. Ou
seja, se não fizerem como eles dizem o Reino dos céus ficarão distante e
inalcançável aos seus ouvintes. Como se a graça de Deus tivesse alguma coisa a
ver com o verbo FAZER na subtração do CRER (João 6.28,29). A deontologia tomou
o lugar de Jesus em muitos ambientes eclesiásticos. O ensino sobre a obediência
tem tirado daquele que se fez obediência por muitos (Rm. 5.19), tamanha indiferença com aquele que é a propiciação
pelos pecados, Jesus. <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>A VERDADE NÃO FAZ
SUCESSO<o:p></o:p></b></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Há um grupo de bem intencionados, mas que são adversários
da verdade, pois esta foi contaminada por um modelo que aqui se estabeleceu. Mesmo
descobrindo a verdade e esta revelando a mentira que eles têm ensinado a uma
grande massa, não haveria interesse deles em mexer no que já está feito, com
medo de perder os favorecimentos que a verdade com certeza, tiraria. A mentira
faz sucesso, a verdade não! A verdade crucifica. <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>A VERDADE É
INEGOCIÁVEL<o:p></o:p></b></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Não visamos uma nova proposta de apresentarmos e revelarmos
o que tem ficado oculto a aqueles que professam a fé em Jesus. Contudo, é para
esse grupo credo e vítimas das
inverdades bíblicas sobre a graça de Deus, submetidos a mensagens de cunho
moral-ético-religioso conduzido a sérios sofrimentos de ordem emocional que
escrevo essa matéria sem nenhuma preocupação. O cristão não deve negociar com a verdade. A
verdade não engessa, não mumifica, não paralisa, não normatiza, a verdade não
hipocritiza, a verdade não é travesti, ou seja, não se transforma em outra
aparência, a verdade é uma pessoa, digna de reconhecimento e isenta das fraudes
utilizadas em nome dessa verdade.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A verdade do
evangelho que é o nosso objetivo, isto é, informando sobre a graça de
Deus, tanto deturpada no seu sentido de abrangência. As mensagens moralizantes
têm ao longo dos tempos excluído o Senhor Jesus do contexto da Graça salvadora,
justificadora e santificadora. É contra aos que falam em nome de Jesus, mas que
agem buscando louvores para si, que a FPL , cujo cunho teológico é categoricamente
bíblico.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Maldosamente a graça e a lei têm sido mixadas, misturadas
criando grandes indefinições, por trabalharem com a culpa e trazendo grandes
transtornos de comportamento, problemas sérios de ordem emocional por exigirem
ao homem o que é impossível à sua natureza. Tais líderes por serem articulados
nas suas predicações visam usufruir inescrupulosamente a seu favor com ensinos
e pregações comerciais, culpabilizando e amedrontando os fiéis a fazerem o jogo
deles. Ou seja, se não fizerem como eles dizem o Reino dos céus ficará distante
e inalcançável.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Quando os gregos receberam o evangelho, converteram em
filosofia, quando na Europa foi recebido, transformaram em cultura e quando os
americanos receberam transformou em negócio e num demônio chamado moral. A
influência americana no Brasil foi determinante com sua missão, monopolizando o
pensar bíblico, num marketing da fé e da culpa.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A FPL predica
unicamente a GRAÇA de Deus indo de encontro aos princípios normativos do fazer
como justificação à salvação. Na FPL, as questões da homossexualidade e todo
tipo de marginalização é vista num diálogo teológico-bíblico-científico. Na FPL
nos preocupamos em revelar as razões das homofobias e o que está por trás
dessas perseguições aos homossexuais e quem são esses homofóbicos religiosos.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>A VISÃO DA FÉ REFORMADA
LUTERANA<o:p></o:p></b></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A FPL visa um evangelho voltado para dor e sofrimento,
tanto no aspecto objetivo quanto aquele que atingem profundamente a
subjetividade. As injustiças sociais fundamentadas na bíblia, cuja hermenêutica
(interpretação) tem por longos anos trazidos informações de um fundamentalismo
importado, que aqui no Brasil, se amalgamou como uma verdade que muitos
indoutamente abraçaram. A FPL visa o descondicionamento das inverdades que
foram aceitas como verdades sem que ninguém as questionassem por julgarem ser
de profunda lisura.<b><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<b>DEUS É HUMANO<o:p></o:p></b></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A Graça verdadeiramente libertadora vinda do Deus que foi
crucificado que se humanizou para ser como nós, homem, e que não teve por
usurpação de ser soberano, esvaziou de
si mesmo. Esse Deus andou com os marginalizados pela sociedade e ainda se
encontra no meio deles trazendo uma mensagem de esperança e amor isso porque
Deus só se revela no oposto. Tão humano como Deus só sendo divino.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Você pessoa de vida simples, vítima de uma sociedade
injusta e sem coração, aos empresários, juízes, promotores, defensores
públicos, médicos, pedagogos, professor e todos das mais variadas funções, que
percebem a manipulação do marketing da fé escreva-me: <a href="mailto:dml-47@hotmail.com">dml-47@hotmail.com</a> e vamos fazer contatos para interagirmos
as verdades abscônditas e libertadoras contidas nas Escrituras, num propósito de ENTENDER o conhecimento que
liberta, como disse o Senhor: <b>"E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará"</b> (João 8.32).<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A FPL se posiciona
contra a categoria ético-moralizante-religiosa. Essa tríade valoriza o homem em detrimento ao sacrifício de Jesus, dando a este a condicionalidade de perfeição. Quando as escrituras afirmam:
<b>"Enganoso é o coração mas perverso que todas as coisas quem o
conhecerá?"</b> que <b>"somos imundos e a nossa justiça como trapo de imundícia"</b>.
Se o coração do homem é bom e nele a sua justiça não for algo reprovável, a
Justiça de Deus na cruz a favor do homem foi categoricamente em vão. Ainda
afirma as escrituras <b>"Não há um justo se quer e nem quem faça o bem"</b>
<b>"Não há quem busque a Deus"</b>. Por isso afirmamos que a moral é um "demônio" porque valoriza o homem numa rejeição ao sacrifico feito de UMA VEZ POR TODAS
(Heb. 10.10,12,14,17,18 ). Não fazemos apologia contra a moral e a seu
princípio ético, todavia, nenhum ser humano poderá se sentir aceito por Deus
por ter bom comportamento, por não roubar, não adulterar (Lucas 18.9-14a) etc. A prática moral e o seu principio ético tem função horizontal, visa a interpessoalidade, a boa relação com o próximo, razão porque não somos o que fazemos, mas sim o que sentimos. Sentir é a causa o
fazer seu efeito.<br />
<br />
<b> A RESIDÊNCIA DO PECADO</b> <br />
<span style="line-height: 19pt;"><br /></span>
<span style="line-height: 19pt;">Todo pecado praticado é antecipado no coração. <b>“Do coração que procede as saídas da vida”</b>. Ainda que não cometamos os atos já
mencionados,</span><span style="line-height: 19pt;"> a nossa subjetividade, o nosso coração nos condena. Todo ser
humano por mais correto que seja em sociedade tem um malandro dentro dele. Caso
contrário os ateus que têm uma vida descente em todos os aspectos da vida deveriam
ser chamados também de cristãos. O pecado não é opção é uma habitação, uma morada. A essência do homem (Romanos 7.18). O pecado é força supra-individual. Fugiu ao controle do ser humano e se constituiu em poder. Lutero declara que o pecado não é algo no ser humano, é algo do ser humano. Continua ele em dizer que o ser humano costuma defender seus próprios interesses, mesmo quando aparenta submissa piedade. Quer afirmar-se frente a Deus, construir sua própria justiça (Filipenses 3.9).</span><br />
<span style="line-height: 19pt;"><br /></span>
A FPL entende que o cristão já morreu para o pecado (Romanos 6.2), mas que o pecado ainda não morreu para o cristão ( I João 1.10).<br />
<br />
<b> LUTERANISMO E CALVINISMO</b></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A FPL não quer dizer que ela seja calvinista, mas podemos
afirmar que este calvinismo tem uma relação um pouco aproximada com a teologia
luterana. Vejamos algumas diferenças entre calvinismo e luteranismo:<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A santificação em Calvino é um processo para os armnianos também. Isto é o cristão
tem de estar sempre se santificando. Como se a santificação fosse uma auto separação.
Confundem santificação com ética e
moral. Ora, para ser moral e ético ninguém precisa ser cristão e muito menos ir
à igreja.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Os calvinistas são fundamentalistas, os armenianos seguem na mesma direção. </div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Os luteranos veem a santificação como um ato. Em Cristo e
na sua morte e ressurreição fomos de uma vez por todas santificados (Hebreus 10.14).<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
O eixo da teologia calvinista é a glória de Deus. O eixo da
teologia luterana é a Graça. <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
O calvinismo olha constantemente para o céu (teologia das
nuvens) e a teologia luterana olha para
a terra, para o homem e para a sua dor e sofrimentos. No calvinismo as portas
estão abertas para quem tem, pois tudo quase se compra. O pródigo da parábola
enquanto tinha dinheiro para gastar, não sofria problemas de identidade, mas,
esgotados seus recursos, nada mais valia junto aos porcos. Que valem os pobres
desta terra, aquela gente que não tem para garantir negócios e lucros? Parece
que o valor da pessoa humana se define pela categoria de grupo a que pertence. <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Quanto à liberdade do cristão, em Calvino só é permitido o
que a bíblia permite. Já em Lutero é permitido o que a bíblia não proíbe.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Entre Lutero e Calvino o que há em comum, que ambos creem na
predestinação e na não existência do livre-arbítrio. Também creem na eleição. Uns foram eleitos para a salvação (Atos 8.1-3; Gálatas 1.15) e outros não (Romanos 9.11-14). Neste último Deus ama um feto e odeia o outro. Ama Jacó e odeia Esaú, que em muitas traduções está como "aborreceu". O verbo no texto grego do Novo Testamento é odiar: Sentimento oposto ao amor.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
E o que é a bíblia para a teologia luterana? A bíblia é a
testemunha de uma causa. Sendo esta causa maior do que a própria bíblia. E esta
causa é Jesus, o Cristo.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 19.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-31750439396265248362012-10-05T09:31:00.002-03:002012-10-05T09:56:25.887-03:00NÃO É DUELO, NEM DUALISMO É DIALÉTICA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5057116368227156268" name="4110762282144687630"></a><br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFQtqceAx2fEUyzgeHNX9kcpwRtMLOP6pfnJis54dX7v2WA_IDteBng_zUCYN5Evjj7Osu3NB42haAv-4dU8h8nKAOnwrlIyYT7LvqlrcKQTVPgs-H7taxW5QdUTQ5bKnGmLjG9askjDN_/s1600/pecado+(1).gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFQtqceAx2fEUyzgeHNX9kcpwRtMLOP6pfnJis54dX7v2WA_IDteBng_zUCYN5Evjj7Osu3NB42haAv-4dU8h8nKAOnwrlIyYT7LvqlrcKQTVPgs-H7taxW5QdUTQ5bKnGmLjG9askjDN_/s320/pecado+(1).gif" width="213" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Que diremos pois?
Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? Não por certo! Nós, que
estamos mortos para o pecado, como ainda viveremos nele"? (Rm 6.1).<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Porque aquele que está
morto está justificado do pecado" (Rm 6.7).<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Se dissermos que não temos
cometido pecado fazemo-lo mentiroso e a sua palavra [logos, Jesus] não está em
nós" (I João 1.10).<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como percebemos no verso de I João 1.10 nós cometemos
pecado e consciente. Logo, estamos vivos. E se negarmos que pecamos <b><i>o
logos</i></b>, o verbo divino (Jesus) não está em nós. A única condição dele
estar em nós é declararmos que temos cometido pecado. Então, o que é estar
morto e justificado do pecado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vivemos realidades tão ambíguas ao que concerne a
realidade interpretativa da bíblia, que percebemos ao longo dos tempos, que a
verdade do evangelho tem sido predicada de maneira tão inescrupulosa em vários
segmentos religiosos, cujas informações passam e os questionamentos não surgem,
nada é interrogado, porque após a leitura do livro negro ou de multicores feita
pelo líder na nave eclesiástica, o ambiente fica com “auras” pelo o que foi
lido e a "autoridade" do templo é vista como a voz de Deus, que na
maioria das vezes não o é. Neste parágrafo "apelamos", isto é,
queremos convidar aos que tem lido as matérias deste BLOG mais uma vez à
reflexão. Esta visa tão somente mostrar algumas impossibilidades da vida, que
tem sido declarada como possíveis. É feita uma brincadeira sem escrúpulos de
PIC SE ESCONDE e nas nuvens, onde tudo é muito nebuloso, ofuscando a visão
daquilo que deveria ser visto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">MORTO MAS
VIVO PARA ELE<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Como pode alguém que está morto para o pecado estar
vivo ainda para pecar? Em Romanos 6.3 encontramos a forma verbal composta <b><i>"fomos
batizados </i></b>em Cristo" cuja significação no texto grego transmite a
ideia de uma ação sofrida pelo sujeito, e este sendo passivo, é também uma
efetivação de algo que jamais se repetirá. A locução <b><i>"em Cristo"</i></b>
cuja preposição é "em", esta no grego do Novo Testamento significando
um estar nEle. A preposição <b><i>eis</i></b> este enfatiza o sepultamento do
pecado. Estamos constatando que o túmulo que hoje está vazio "já estivemos
nele". Como? Vejamos o que diz Efésios 2.6: "<b><i>e nos ressuscitou
juntamente com ele e nos fez assentar em lugares celestiais em Cristo
Jesus"</i></b>. A informação lógica do versos não se duelam, nem dualizam,
mas transmite a síntese dialética de textos que são apresentados como
realidades não metafísica exigidas pelas imprudências exegéticas e
hermenêuticas hoje com suas multicores, razão das várias versões tendenciosas e
de doutrinação política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Voltemos aos textos de Romanos 6. Tanto no batismo
da sua morte como na ressurreição, teve entre elas uma cruz. O verso 6, diz-nos
que <b><i>"o nosso velho homem foi crucificado"</i></b>. Sofrendo a
ação do verbo (crucificar encontra-se na voz passiva), a natureza adâmica foi
eliminada de uma vez por todas, não existindo nada, absolutamente nada para se
fazer. <b><i>"Pois quem morreu está justificado do pecado" </i></b>v.7
Aqui, Justificado no grego significa algo que aconteceu em tempo passado, cujo
efeito permanece para sempre. Isto quer dizer justificado do pecado de uma vez
por todas. O nosso passado de pecado, o nosso presente pecaminoso (<b><i>"se
[no presente] dissermos que não pecamos, Deus é mentiroso..."</i></b> I
João 1.10) e o futuro estão resolvidos em Deus. A Expressão <b><i>"do
pecado"</i></b> ainda no v. 7 tem uma preposição grega <b><i>apó</i></b>
que informa <b><i>a origem de, de onde parte,</i></b> isso para declarar que a
justificação tem seu efeito inicial onde se originou o pecado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vejamos o que nos diz Hebreus 10.12 <b><i>"Jesus,
porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados,
assentou-se à destra de Deus"</i></b>. A locução <b><i>"pelos
pecados"</i></b>, neste verso, vem acompanhado da preposição grega <b><i>hyper</i></b>,
e esta deve ser imaginada acima de um círculo. Esta preposição apresenta o
maior teor de significação entre as preposições gregas ao que concerne a
resolução absoluta dos pecados para sempre, consequentemente à salvação. A preposição<b>
<i>hyper</i></b> está sobre o círculo imaginário, com o sentido de estar no
lugar de alguém, com função de substituição. A suficiência do perdão pelos
pecados de muitos está metafisicamente resolvida em <b><i>hyper</i></b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">MAKE-UP</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></i></b>
<b><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">"Se dissermos que não
cometemos pecado fazemos de Deus um mentiroso e a sua palavra (logos, Jesus)
não está em nós"</span></i></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> (1 João 1.10). O verbo para "<b><i>cometer
pecado</i></b>” expressado no texto grego é de uma ação continuada no presente
tendo seu início em tempo passado, que não nos permite a hipocrisia de negarmos
que somos pecadores contumazes. Torna-se necessário saber que o pecado acontece
no interior do homem, na sua subjetividade. Logo, todo pecado ocorrido na
esfera objetiva, exterior é um efeito nunca uma causa. Não é necessário
acontecer nada fora para se caracterizar pecado. Ele está dentro. Os
sentimentos advogam a favor do pecado. O pecado é o nosso desejo apologético
escondido, agasalhado na endogenia da alma duelando com a nossa<i> <b>make-up</b></i> cristã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Vimos anteriormente que tudo já foi resolvido em
Cristo a favor dos que creem, mas não estamos resolvidos em nós mesmos. Como a
dialética visa à síntese, depois de considerar a tese e a antítese, o que ela
tem a nos dizer parece estar na frase latina dita por Lutero: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br />
<b><i><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></i></b>
<b><i><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">pecca fortiter, sed fortius fide et gaude in
Christo<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5057116368227156268.post-68434820785822427202012-09-17T15:55:00.003-03:002012-09-17T16:01:18.849-03:00BARBIE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinuoeypy_jBGEiIiuwz9o48jN_vIT_xfc2FO9s0_bbgq7mCmfE3aymBq-X9k4jzuuc5Ryv5y34zHgclRBoJbEm1DsRELA0T6KWB9CtKAXEYlZ27vyLyzx7F0DNdDV2OtdXT4v34Lq3WBc8/s1600/barbie5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinuoeypy_jBGEiIiuwz9o48jN_vIT_xfc2FO9s0_bbgq7mCmfE3aymBq-X9k4jzuuc5Ryv5y34zHgclRBoJbEm1DsRELA0T6KWB9CtKAXEYlZ27vyLyzx7F0DNdDV2OtdXT4v34Lq3WBc8/s320/barbie5.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="line-height: 150%; text-align: justify;">O artigo que nos
propusemos a escrever visa falar sobre o sentimento que tem atingido muito as
criança e adolescentes, assim como, aos adultos-criança-adolescentes, a partir
da boneca Barbie e o mal que esta foi e tem sido até os dias atuais para muitos
ao que concerne a síndrome do consumo.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O brinquedo,
boneca, foi o primeiro inventado e usado em rituais de magia negra. O boneco
era espetado com uma agulha para que o desafeto fosse atingido com dores. Há uma
magia econômica que conduz as faixas de idade acima mencionadas ao sentimento
incontrolável de consumo. Há um “feitiço” no marketing que determina o
comportamento de muitos. A pessoa enfeitiçada deixa de ter pensamentos próprios.
Ela pensa na boneca que “dá as ordens” e faz tudo para obedecê-la. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A Barbie é uma
boneca sempre incompleta, invadida por um sentimento de profunda tristeza. Sendo
esta a estratégia do modelo econômico, fazer com que as pessoas se sintam
insatisfeitas com o que tem e assim, crie uma ávida ansiedade para adquirir,
desconsiderando aquilo que um dia trouxe alegria e continua ainda ali. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A menina está
sempre pedindo, pedindo, quer porque quer. Sem limites! <i>“Por favor, compra mamãe”</i>. <i>“Compra
papai!”</i> Quando a falta de limites é atendida, percebe que os pais ficaram enfeitiçados, muitos se enrolando em dívidas,
porque a Barbie é muito poderosa. Ela enfeitiça o olhar das crianças e hipnotiza
os pais com as repetições: <i>“compra, compra,
compra, compra”</i>. Condicionados pelos pedidos ininterruptos a mãe ou o pai
cede à estratégia que o capitalismo produz: A imperativa vontade de ter e “fazer
a diferença” através daquilo que possui. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Começa então
aquelas humilhações de uma criança para outra: <i>“Eu tenho você não tem”.</i> </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
As roupas da
Barbie, a banheira, o secador de cabelo, o make-up da Barbie, o guarda-roupa, o jogo de sala de estar, a cozinha, a cama,
dois maridos um moreno e um loiro que podem ser alternados, etc. A Boneca da
insatisfação. Possuidora de profundos conflitos de desejos, sempre à busca do
constante objeto de prazer, sem saber na verdade qual é, a Barbie experimenta
total incompletude em sua existência com tantas coisas conquistadas. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Barbie é um produto
de um capitalismo que consegue de maneira muito habilidosa alcançar o seu
objetivo: Uma boneca que dá ordem aos pais. Caso contrário eles “sentirão as
agulhadas” da magia.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Será que o
modelo capitalista teria a coragem de criar para a Barbie um cemitério
particular, onde ela pudesse ser enterrada com todos os seus pertences, declarando
que tudo que ela conquistou nunca lhe trouxe satisfação permanente? A menina pensa
os “pensamentos” da Barbie. Não me sento feliz. Só serei se eu tiver. O único
jeito é comprar. <i>Pai, mãe compra, compra,
compra, compra, compra.</i> Essa história tem se repetido porque os pais não
estabelecem limites não percebendo que eles são alvos de manipulação de um
capitalismo impiedoso, ainda que não seja com a Barbie, todavia, ela é a grande
referência. </div>
</div>
Djalma de Moraes Lemoshttp://www.blogger.com/profile/12090560015277568148noreply@blogger.com